Blame...

7 0 0
                                    

Os garotos ainda procuravam pelo resto dos amigos, Jeongin por um momento pensou em Changbin.

Mas logo esqueceu dele, estava sendo difícil encontrar os outros e isso estava começando a deixá-los com medo de que algo havia acontecido.

- olá novamente... - a voz da criança foi ouvida, ela parecia triste.

- Kiri!!! - Minho e Seungmin a chamam.

- o que houve!? Eu senti um dos rituais sendo concebido!!! - Minho pergunta desesperado e os meninos estavam confusos.

- Seo... ele não está nem um pouco pronto... mas iniciou sua partida... - ela explica lamentando.

- não... NÃO!!! - Minho soca o chão com raiva.

- ele vai acabar tendo calamidade... vai ser devastador... mas ele desejou isso... - Kiri explica sumindo.

- eu vou achá-lo antes que seja tarde... - Minho diz a ela.

- e os outros? - Jeongin pergunta.

- vocês podem ir, eu não estou sozinho... nunca estarei. - Minho diz, mas eles não queriam o deixar.

Os 6 decidiram ir com Minho, eles começam a procurar por Changbin, qualquer pista que levasse eles até ele.

♥︎♠︎

Changbin se encontrava desnorteado, seu ouvido sangrava e ele chorava sem parar, Kiri o achava tão deprimente quanto Seungmin.

- eu não queria... eu sinto muito... - Changbin dizia repetidamente, chorando e se afogando em mágoas, sendo atormentado por seu passado e pelos espíritos que até então diziam seus erros.

A culpa que ele sentia era enorme, seu pai o odiava e sua mãe faleceu, ele sentia que tudo seria diferente se ele não tivesse nascido, que se ele não tivesse sido tão problemático nada teria acontecido.

Seu coração se encheu de mágoas e ele chorava em um altar, ele tinha em suas mãos um caco do espelho quebrado.

Ele tinha um amor escondido de Jeongin, ele o amava por isso não queria o aceitar como irmão, mas era difícil o entender.

Enquanto pensava em Jeongin, sabia que esse o odiava e tinha razão em odiar, ele era o motivo de toda a desgraça que aconteceu em sua vida.

Changbin cortou seus pulsos com o pedaço quebrado de espelho e deixou seu sangue cair sobre o altar iniciando seu ritual, ele estava disposto a morrer.

Seu corpo foi ficando mais fraco e ele ainda chorava, ele caiu sobre o altar perdendo os sentidos.

Seu corpo relaxou e seu coração batia fraco, Kiri se lamentou ao ver que este sacrifício não quis fugir e sim aceitar seu destino, Changbin iria morrer de qualquer forma, dentro ou fora do templo, era só questão de tempo.

♥︎♠︎

Os meninos finalmente acham o altar onde Changbin estava e ficam paralisados, correndo até o mesmo.

- Changbin!!! - Minho grita tentando o acordar, mas se lembra que ele não escuta, ele começa o sacudir.

Seungmin rasga a camiseta e estanca o sangue, Bang Chan verifica se ele ainda tem pulso.

- ele ainda está vivo. - Bang Chan diz aliviado, Soobin se aproxima e tenta o curar.

- é difícil... - Soobin diz ficando fraco.

- não se esforce... - Huening Kai diz a ele.

- me devolva... - Minho diz socando o altar. - não leve meus amigos... não termine o ritual... o deixe viver, por favor. - Ele diz chorando.

Jeongin toca o rosto de Changbin e sente sua pele gelada, ele sente um pouco de culpa ao deixá-lo sozinho.

Aa tochas do altar se acendem e revelam que o ritual foi bem concedido, Minho se vê desesperado.

Ele bate no rosto do outro para tentar o acordar, mas ele sequer reagia, todos olham confusos.

- não, eu não consigo aceitar... - Minho começa a chorar, sabia que Changbin morreria, já que o ritual foi bem concedido.

Jeongin olhava para o mais velho que estava com o corpo no chão, seu corpo estava pálido e frio, relaxado e ele estava com a respiração lenta, iria morrer a qualquer momento.

- a culpa que ele sente é deprimente... - Kiri diz baixo.

- existe alguma probabilidade de salvá-lo Kiri? - Minho pergunta desesperado.

- existe... mas ela é uma probabilidade difícil de se manter... - Kiri diz negando com a cabeça.

- e qual seria...? - Seungmin pergunta hesitando um pouco.

- deixe o ritual e o coloque no altar, foi uma decisão dele se sacrificar... - Kiri ordena e não explica sobre a probabilidade de ele sobreviver.

-Kiri... - Minho a chama ainda chorando.

- esse garoto tem a alma da calamidade... estamos condenados de qualquer forma... desespero, desamparo, perda e abandono... sentimentos que só o afogam e deixam ele em uma profunda depressão, ele merece descansar em paz... - Kiri diz se afastando e Minho entende o que ela quis dizer.

Minho pega Changbin nos braços o colocando sob o altar, ele vai até o lado de trás do altar tirando uma adaga de lá, ele iria realizar o ritual da sucessão, ele se prepara para matar Changbin.

- espera!!! - Jeongin grita assustado. - você vai matá-lo...!?

- é o ritual da sucessão... os sucessores de todos os tempos matam os sacrifícios de cada ritual... - Minho explica agradecendo a Deus que Jeongin tenha o parado.

- não... eu não quero... - Jeongin diz puxando o corpo de Changbin. - não quero que ele morra... - ele começa a chorar...

"Me desculpa Changbin..."

O corpo de Changbin começa a voltar ao normal e ele começa a acordar, o que deixa todos felizes e Minho aliviado por não ter que matá-lo.

Changbin se afasta um pouco de Jeongin, ele estava a ponto de chorar novamente, Jeongin tenta se aproximar, mas ele se nega e tenta correr, mas Minho tampa sua passagem o abraçando.

- Jeongin aconteceu algo que precisamos saber...? - Christopher pergunta olhando sério para o mais novo.

Depois da explicação do mais novo sobre o que aconteceu, ninguém ficou contra ninguém, eles entenderam o lado dos dois, mas Changbin continuou afastado de Jeongin, que tentou se aproximar, mas nem o olhar do mais velho ele recebia.

Este que só olhava para o chão e andava sem ânimo, como se estivesse triste pelo ritual não ter dado certo.

Eles continuam procurando pistas e um espelho é visto por Changbin que antes de se ver criança novamente, seus olhos foram tampados pela mão de Jeongin, ele não disse nada achando que era Minho, ao perceber ser Jeongin tentou não se afastar, mas também não se aproximou.

Ele sentia tanta culpa.

A Love That HurtOnde histórias criam vida. Descubra agora