Agradecimentos para senhora madre

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"Dylan! Presta atenção cara."

A voz de Levi ecoava na cabeça de Dylan, Enquanto ele, que há alguns segundos divagava, mexendo sua colher no seu prato de comida sem levá-la à boca, recobrava sua consciência no lanche de um dia seguinte ao ocorrido entre os dois garotos. Entre Dylan, e um menino antissocial do orfanato. Levi, olhando indignado, resmungava:

"Você está agindo assim desde ontem, e tudo bem, só acho que não devia se preocupar muito com ele, afinal, ele é como nós."

Enquanto Dylan, que após ouvir aquela sentença, franzia a testa e dizia com tom firme para seu companheiro de quarto e melhor amigo naquele orfanato:

"Não. Ele não é como nós e você sabe disso. Ele é como todas as crianças que estando sob a gusrda de Senhora Madre, sumiram. Eles sempre chegam dessa mesma forma repentina, e então somem do nada? Você nunca se perguntou se realmente eles são adotados tão rápido assim?"

Levi, que levava a colher para sua boca enquanto olhava para baixo, pensando no que Dylan agora tinha dito, se calava, notando o ponto de razão que Dylan tinha em suas palavras. Talvez eles tivessem muita sorte de Senhora Madre os deixar sob tutela de Janette.

O anúncio do fim daquele lanche era feito. Os garotos que levantavam após terminar de comer, iam para a área de lazer. Enquanto Levi, se dirigindo a Dylan, dizia:

"Eu entendo sua preocupação. Olha, o que vou te dizer agora vai ser arriscado e repentino, mas irá acabar com essa preocupação que você tem. Ouvi uma conversa entre as Irmãs. Aquele garoto que você tanto preza vai ser adotado amanhã de manhã. Você perguntou se eu não acreditava no que eles diziam sobre as adoções, certo? Assim você vai poder testemunhar."

Levi explicava sobre um plano arriscado que tinha em mente. Tal plano consistia no fato de que Dylan, na hora da ducha matinal, não iria para seu quarto. E Levi, fingindo ter uma dor infernal e se sentindo doente, atrairia completamente a preocupação de Janette, que os tinha sob vigia, levando Levi para a enfermaria. O curto tempo de minutos seria o suficiente para Dylan, que conhecia bem aquele orfanato como a palma de suas mãos, tentar testemunhar a suposta adoção do garoto pelo qual ele estava tão preocupado com sua situação.

E assim eles mantiveram seu plano de pé, enquanto passavam seu dia de forma normal, como dois garotos órfãos fazem. Eles novamente faziam a rotina de estudar, tomar uma última ducha antes de voltarem para seus quartos e então se prepararem para dormir. Eles concluíam suas um pouco repetitivas tarefas diárias. Enquanto iam para seus quartos, dando boa noite para os outros garotos que encontravam no caminho, que logo logo também estariam em suas camas, conforme a catedral teria suas velas apagadas. Os garotos que estavam deitados já em silêncio, nos indicavam a forma como rapidamente adormeceram.

Somente para que a cena que ia mudando com o passar dos segundos, nos revelava o dia seguinte que chegava, na forma de uma manhã como todas as outras naquele orfanato. Monótona e com as mesmas tarefas e afazeres. Porém, com um único adicional, um plano que seria posto em ação no exato momento. Dylan, que saía juntamente de seu amigo daquele quarto, ia para a ducha, eram guiados pela figura que estava na sua frente, a querida irmã Janette. Eles teriam apenas uma chance. E aproveitando do momento oportuno, Levi que não perdia tempo, caia de joelhos no chão, colocando a mão em seu estômago, mais próximo dos seus rins para ser preciso, e atuava com um gemido que parecia indicar dor naquela parte de seu corpo. Janette não pensava duas vezes em perguntar:

"Levi? Você está bem?"

"Está doendo. Está doendo muito."

Ele sabia muito bem como fazer aquilo. Ele até mesmo surpreendia Dylan, que se não soubesse que aquilo era uma farsa, seria enganado.

The crows who cryOnde histórias criam vida. Descubra agora