Skyfall

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Depois de se dedicar a um dia cheio de trabalho, Sam apanhou o celular e saiu para uma corrida na academia do palácio, para se exercitar.

Após um treinamento pesado, retornou para a suíte a fim de tomar um banho e fazer skin care. Seu celular tocou quando vestia a camisa polo.

Sam tinha pedido ao segurança para alertá-la quando Mon chegasse a casa depois do trabalho. Movendo-se rápido, alcançou a porta da suíte antes dela.

Queria pegá-la de surpresa.

No segundo em que Mon surgiu e a avistou parou, o que fez com que o tecido do seu vestido verde contornasse suas pernas por um momento.

— Há quanto tempo você está esperando aqui?
— Acabei de chegar. Vou ajudá-la a embalar suas coisas e teremos nosso último jantar aqui na varanda. Logo, alguns homens da segurança estarão aqui para apanhar seus pertences.
— Não, Sam. Eu...
— Não?

Ela parecia estar em conflito.

— O que eu quis dizer é que estou virtualmente a meio caminho dessa gravidez e tudo foi bem até agora. Você não precisa mais me ajudar!
— Eu quero. Há uma diferença, sabia? Desde que você é a única pessoa neste planeta que vai fazer meu sonho se tornar realidade, me negaria o privilégio de mostrar minha gratidão?
— Mas você faz isso o tempo todo.

Ela respirou fundo.

— Eu estive fora do país ou ocupada com negócios a maior parte do tempo, então esse argumento não vai bastar. Tudo o que você tem que fazer é me dizer que não quer a minha companhia e eu me afastarei.

Os olhos dela cintilaram.

— Eu sempre apreciei sua companhia, mas...
— Mas o quê?
— Nós conversamos sobre isso na limusine. Por enquanto, é melhor que você e eu permaneçamos longe uma da outra.
— Melhor para você ou para mim?
— Para todos! No começo, nós sabíamos que haveria intrigas. Com a morte de Nitta tudo mudou, e eu tenho certeza de que o rei está desconfiado disso. Você tem que saber isso, Sam.

Ela estava apenas dizendo a verdade.

— O fato de eu voltar a viver com o meu pai irá acalmar a situação que vem sendo construída, mas você não deveria estar aqui me ajudando.
— Nós já discutimos isso.
— E vamos continuar discutindo enquanto você não ouvir a voz da razão!
— Você tem um temperamento forte. Essa é a primeira vez que me dou conta disso.

O rosto dela ficou completamente enrubescido.

— Eu não quis ser desrespeitosa.
— Em vez de ficarmos aqui nesse bate-boca, por que não abre a porta e nós começamos a fazer suas malas?
— Seja razoável.
— Estou oferecendo meus serviços para ajudar. O que há de mais razoável do que isso?
— Esse não é o seu trabalho!

A única pessoa que ousaria falar assim com Sam era o rei, seu pai. Mon ficava ainda mais atraente quando mostrava esse lado destemido.

— Qual você pensa que é o meu trabalho? Sentar em meu trono dourado o dia inteiro e ordenar que os meus assuntos sejam resolvidos para mim?
— Sim!

Mas no minuto em que ela disse isso, Sam poderia dizer que Mon ficou embaraçada, e irrompeu em uma gargalhada que preencheu o corredor. No segundo seguinte, ela começou a rir com a princesa.

— Você é cruel, Sam...
— Minha mãe costumava me dizer a mesma coisa. Abra a porta e deixe-me entrar. Depois de um treinamento pesado na academia, estou morrendo de vontade de beber uma limonada.
— A porta está aberta.

Declarou em um tom tranquilo de voz.

— Eu apenas tranco à noite, mas não há necessidade de fazer isso, porque você contratou seguranças que estão tão longe de mim quanto a minha sombra.

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