Princess of My Heart

My Love Mine All Mine

Sam terminava de dar um último mergulho, e Mon subiu as escadas para deixar a piscina. Por um momento pôde contemplar o adorável corpo dela.

Seu coração bateu com mais força em ver que o ventre dela não estava tão plano quanto se lembrava, mas mesmo assim não se poderia dizer que estava grávida. Mas isso não importava.

Sam sabia. No dia em que Mon deu aquele panfleto, Sam o estudou e aprendeu que a barriga dela iria provavelmente começar a aparecer em 12 semanas. Nitta perdera o terceiro bebê delas nesse ponto, então a princesa nunca vira a mulher parecer realmente grávida. Sua empolgação aumentou ao imaginar Mon em outro mês. Uma vez que não era a pessoa mais paciente, a espera seria difícil.

E quanto a ela?

Mon era quem iria passar pelas dores de parto que levavam uma mulher próxima da morte. A paciência dela teria que ser infinita. Sam se viu fazendo a mesma pergunta à rainha: o que Mon ganhava com isso? Sam ouvira a explicação dela muitas vezes, mas no momento estava em uma posição muito diferente do que no Natal, quando elas conversaram sobre Mon ser mãe de aluguel. O foco, na ocasião, não fora o mesmo do passado.

Nesse momento, no entanto, não estava mais desesperada por ela e Nitta.

Agora, se perguntava como aquela mulher notável, que poderia ter qualquer pessoa que quisesse se dispusera a passar por tudo aquilo. Embora elas tivessem discutido tudo antes do procedimento, nada parecia tão real quanto no passado.

Aquelas mesmas questões a estavam perseguindo agora de forma nova e profunda. Uma onda fresca de culpa lhe atacou. Sam precisava explorar seus sentimentos mais profundos com o Dr. Greco, porque estava preocupada com o bem-estar de Mon.

Ela não poderia estar com outra pessoa romanticamente até que o bebê nascesse. Isso significava afastar qualquer casamento possível.

Para o seu desalento, o pensamento de vê-la se casando não lhe trouxe alegria.

O que havia de errado consigo?

Mon vestiu seu roupão branco sobre o biquíni verde, e elas se sentaram para jantar.

— Esse melão está tão doce que eu mal posso acreditar.
— Ouvi dizer que isso é ótimo para você.
— Está me mimando, sabia?

Sam segurou o copo d’água com mais força.

— Essa é a ideia. Você está fazendo algo que ninguém poderia esperar que fizesse.

Um brilho de mágoa surgiu nos olhos dela.

— Não há nada de extraordinário nisso, Sam. Foi uma escolha minha.
— Mas você nunca esteve grávida antes. Minha esposa e eu fomos completamente egoístas.

Nitta, porque queria muito ter um filho.

Sam, porque queria que Mon fosse a mulher, se elas decidissem passar por isso. A tempestade perfeita...

Após sorver o restante da água, lançou mais um olhar para ela.

— Embora eu saiba que você nunca irá admitir isso para mim, você deve ter se arrependido de sua decisão a cada dia desde que o procedimento foi feito.

Mon baixou o garfo.

— Pare Samanun! Você sabe que o real motivo de eu ter feito isso, e não poderia estar mais errado sobre os meus sentimentos agora. Por que não seguimos o conselho do Dr. Greco e nos libertamos da culpa? Vamos concordar que, embora esse seja um caso inédito, é algo maravilhoso que irá lhe dar um filho. Precisamos manter esse objetivo em nossas mentes.

Sam respirou fundo.

— Está bem. Mas eu tenho que lhe dizer que você é a alma mais corajosa que já conheci.
— Você quer dizer depois da sua. Não vamos nos esquecer de que foi você quem mergulhou naquela caverna procurando por mim durante uma das tempestades mais ferozes que já vi desde que me mudei para Anilpin. Não foi o salva-vidas que executou esse feito. A primeira tarefa deles é proteger você. Em vez disso, eles deixaram que você arriscasse sua vida para me salvar. Se meu pai não estivesse tão devastado por ter perdido a minha mãe, na época, aqueles homens teriam encarado severas penalidades.
Assim, posso dizer que estamos quites.
— Certo.