Trying Not to Love You

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— Houve alguém importante em sua vida? E se houve, por que você não se casou com essa pessoa?

Sim. Estou olhando para você agora.

Um calor subiu ao rosto dela.

— Tive alguns namorados, mas na faculdade eu levei meus estudos a sério. O curso de direito não deixa muito tempo para uma vida social quando se está trabalhando para um juiz que espera que o atendamos 120 horas por semana.
— Isso soa como um de meus dias normais.

Ela sabia que Sam não estava brincando.

— Você e eu nunca discutimos isso antes, Mon, mas estou curiosa sobre uma coisa. Não a incomoda saber que não será a mãe do próprio filho antes de gerar o filho de outro alguém?

Mon suprimiu um gemido.

Se ao menos Sam soubesse o quanto ela sonhou, em seus anos de adolescência, em se casar com a Anuntrakul e ter um filho da mesma...

Desde aquela época, a história tinha sido feita, e ela estava carregando o bebê de Sam na vida real.

Mas não era dela, e aquele sonho viera com um preço. Como poderia estar se sentindo dessa maneira quando Sam era proibida para ela?

— Bem... O desejo de ser mãe sempre esteve enraizado em mim. Nunca duvidei de minha habilidade em ser uma boa mãe. Apesar do fato de mamãe ter morrido cedo, tive uma infância feliz. Ela era uma mãe maravilhosa. Carinhosa, Engraçada e Ainda assim, nunca vi o fato de criar um filho como meu único objetivo.

Mon deu uma pausa.

— Sempre enxerguei a maternidade como o resultado de um relacionamento amoroso com alguém assim como meus pais tiveram.
— Seu pai foi um homem de sorte por ter inspirado um amor tão grande em sua esposa e sua filha.

O comentário soou triste.

— Nitta a amou da mesma maneira.
— Sim.
— Assim como seu filho irá amá-la.

Os fogos começaram, iluminando o céu noturno em um bombardeio de cores, mas Mon não podia apreciar o evento por causa de certa tensão entre elas que não estava ali mais cedo. Ela se sentia caminhando em uma corda tão fina ao redor de Sam que seu corpo se transformara numa pilha de nervos.

— Talvez sair para jantar não tenha sido uma boa ideia para você, alteza.
— O que aconteceu com Sam?

Ela limpou a boca com o guardanapo.

— Quando foi à última vez que você a trouxe aqui? Quer conversar sobre isso?

O rosto da alteza pareceu ter ganhado uma sombra.

— Nitta nunca veio até aqui comigo.
— Entendo.

Ela se perguntou por quê.

— Todavia, sair em uma noite como esta deve despertar lembranças.

Sam tocou a taça que ainda estava cheia de vinho.

— Hoje, como eu abri o festival, você pode sentir a primavera no ar. Pode sentir isso esta noite. Isso requer um novo começo.

O olhar alheio pareceu penetrar-lhe a alma.

— Você e eu estamos juntas em uma jornada que nenhuma de nós jamais experimentou. Quero deixar o passado para trás e apreciar o futuro que está se abrindo.
— Com o seu bebê prestes a nascer, será um futuro glorioso.
— Ainda teremos que passar por alguns meses, e eu quero que você seja capaz de apreciá-los. Quero ajudá-la, Mon. Como isso soa para você?
— Este jantar com você já é algo maravilhoso. Obrigada por uma noite tão incrível.
— Por nada. Eu quero que apreciemos ainda mais.
— Não podemos Sam. As pessoas próximas a você irão notar e haverá intrigas. Se eu a irritei de novo, sinto muito.

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