Writing's On The Wall

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Como não conseguiu encontrar o pai, Mon deixou uma mensagem a ele: Olá, papai. Estou apenas saindo para ir ao consultório do médico, e queria dizer que o meu check-up foi bem.

Consegue acreditar que minha gravidez está quase no final?

Vou me encontrar com Carolena para jantarmos no Emilio, depois iremos a um concerto para ver Aida.

Seu jantar está no congelador; não deixe de comer.

Essa era uma noite em que ela não iria falar com Sam pelo Skype. Na véspera ela revelara seus planos à princesa. Sam não ficou muito feliz sobre o fato de ela se sentar e assistir a uma ópera a noite inteira, mas Mon prometeu que não iria se cansar durante o dia.

Jim forçara Mon a encarar o fato de que ela estava desesperadamente apaixonada por Sam. Quando a havia beijado antes de deixar o apartamento, Mon teve de reunir toda sua força vontade para não retribuir o beijo.

Aquele beijo tinha sido de afeição, e não paixão. Era a maneira da outra tentar confortá-la. Ela a amava por isso. Amava-a do fundo da alma.

Durante a última cena de Aida, Mon chegou perto de desmoronar. Quando o tenor gritou que nunca mais iria ver a luz do dia, nunca iria ver Aida novamente, ela disse a ele que iria morrer com ele. Enquanto eles caíam nos braços um do outro, Mon soluçou.

Lágrimas rolaram pelo seu rosto porque ela podia imaginar um amor assim.

Era a maneira como se sentia por Sam.

Antes de muito tempo ela teria o bebê e depois iria embora para sempre.

Pensar naquele adeus era torturante.

No caminho de casa, na limusine, Carolena a provocou dizendo que agora ela estava cheia de hormônios.

Mon atribuía seu transtorno à gloriosa música e às vozes, mas ambas sabiam que era muito mais do que isso.

Rupert estava ao computador quando ela chegou ao apartamento.

Ele ergueu a cabeça.

— Como foi a ópera?
— Fantástica.
— Parece que você esteve chorando.

Ela sorriu para ele.

— Vamos lá, papai. Você sabe que Aida é um melodrama.

Ambos amavam ópera.

— Sua tia me telefonou hoje. Eles encontraram uma casa para nós próxima deles e mandaram um e-mail com fotografias. Dê uma olhada e me diga o que acha. Gostei dessa mais do que as outras que ela tem mandado.

Mon se aproximou e parou perto dele para verificar a foto.

— É uma casa adorável. Eu amo o estilo Liverpool. Vamos alugá-la.

A resposta dela pareceu agradá-lo. Rupert se virou para encará-la.

— Você contou ao Dr. DeLuca sobre os nossos planos?
— Sim. Ele disse que não tem problema algum em voar de volta para a Inglaterra uma semana após o parto, desde que eu não tenha complicações. Uma vez que Sam irá nos colocar no jato real com um médico a bordo, o Dr. DeLuca ficou mais tranquilo.
— Ótimo.
— Ele me disse outra coisa. Embora ele espere que eu complete os nove meses, eu não devo me preocupar se começar o trabalho de parto mais cedo. O bebê pode nascer a qualquer momento a partir de agora. Ele afirmou que está tudo certo. Fiquei feliz pela por ele ter me tranquilizado. Minha gravidez tem sido tão livre de problemas que é confortável saber que, se houver uma complicação agora, o bebê vai ficar bem.
— Isso me tranquiliza também.
— Papai, você está mudando de ideia sobre deixar Anilpin?

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