Like I Do

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— Estou muito feliz por você. Obrigada pelo convite. Pretendo ir à igreja vê-lo se casando.

Tanto ela quanto o pai tinham sido convidados, mas Mon não sabia se Rupert conseguiria tirar uma folga. Piero caminhou até a beirada da piscina e se agachou.

— Obrigado mais uma vez pelo almoço. Isabella sempre quis vir ao palácio e ver onde eu trabalhava.
— É um lugar lindo porque você e a equipe do seu pai mantêm os jardins perfeitamente cuidados.
— Grazie.
— A propósito, você não deveria já ter encerrado o expediente hoje?
— Tive aula na faculdade o dia inteiro, então estou compensando.
— Sei como é. Você e Isabella já encontraram um apartamento?
— Há dois dias. Quando tudo estiver pronto, você poderá ir nos visitar para um jantar.
— Isso seria adorável.
— Buonasera, Piero!

Ao som da voz macia de Sam, Mon sentiu o coração acelerar.

Ela se virou na água ao mesmo tempo em que Piero se colocou em pé.

— Alteza! É bom tornar a vê-la. Bem-vinda ao lar.
— Obrigado. Você parece bem.
— Vossa alteza também. Quero aproveitar para dizer o quanto lamento pela princesa. Todos ficaram muito tristes.
— Aprecio essas palavras gentis.

A julgar pelo que Mon conhecia de Sam, a outra quase sempre ia nadar no mar à noite, e fazia seus mergulhos matinais na piscina.

Portanto, não deveria estar ali, flagrando-a em uma mentira. Sam parecia incrível com o maiô profissional preto e com a toalha jogada ao redor dos ombros.

Ela encarou os dois.

— Não deixem que eu os atrapalhe.
— Eu estava de saída. Scusi, alteza.

Piero fez uma reverência a Sam e caminhou de volta para as flores, a fim de apanhar suas fermentas antes de deixar o pátio. Mon se dirigiu para o outro lado da piscina retangular, procurando por uma desculpa para não ter saído com Carolena. Ela ouviu um som, e em segundos Sam emergiu na superfície próximo a ela. Seus olhares ficaram aprisionados por um instante.

— Por que me disse que tinha planos com Carolena quando é óbvio que queria se apressar para vir para casa depois do trabalho para estar com Piero? Peço desculpas se interrompi algo entre vocês dois. Ambos pareciam estar apreciando um ao outro.

Mon sentiu o coração perder uma batida.

Vindo de outra pessoa, ela poderia perdoar a cena de ciúme. Mas isso era absurdo.

— Antes de o trabalho terminar, Carolena me disse que iria a um encontro com o amigo do primo. Sendo assim, decidimos fazer algo amanhã à noite, se tudo der certo.

Isso era parcialmente uma mentira também, mas ela iria transformá-la em uma verdade
se fosse possível.

— Você e Piero são amigos há muito tempo?
— Alguns anos. Ele fala mentonasc e tem sido um grande professor para mim. Em retribuição, eu o orientei em seu primeiro ano de direito, mas Piero não precisou de muita ajuda.

Sam ergueu as sobrancelhas, surpresa.

— Ele vai ser advogado?
— Essa tem sido a esperança dele desde muito jovem. Piero foi influenciado pelo pai para ter uma boa educação. Eu o ajudei a rever decisões de apelação da corte e analisar as decisões dos juízes. Piero é brilhante.

Sam parecia perplexa.

— Estou impressionada.
— Há seis meses ele ficou noivo e vai se casar na semana que vem. Conheci sua noiva outro dia, e nós almoçamos aqui. Os dois me convidaram para o casamento. Estou feliz por eles.

Sam passou os dedos no cabelo.

— Pelo visto muita ciosa aconteceu por aqui, debaixo do meu nariz, das quais eu nada soube.
— Você tem muito a fazer administrando o país. Como poderia saber de tudo? Não se esqueça de que eu vivi no palácio por anos e sou amiga de todos os empregados aqui. Quando eu era mais jovem, os jardineiros me ajudaram a encontrar o gato da minha mãe, que saiu de noite e não queria voltar para casa.

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