Han estava melhorando de tudo o que aconteceu. Estava alegre, risonho, carinhoso, estudioso. Mas, tinha um porém.
Jisung estava a uma semana na minha casa.
Eu e minha mãe estávamos cuidando dele, porque nós sabemos que ele ainda não está bem mentalmente.
E não sabemos se algum dia ele vai ficar bem novamente.
Percebemos que mais de três dias afastados dos seus pais, lhe fez bem. Eu acreditava que o problema de Han era só seu pai, mas na verdade, era os dois.
Sua mãe amava Han, mas não o defendia, porque acreditava no Sr. Han.
Sr. Han não gostava de Jisung, porque, de acordo com ele, Han não passava de um "viadinho patético"
Han não tinha uma boa estrutura familiar.
Querendo ou não, eu preciso conversar sobre sua família e o que posso fazer para ajudar. Mas eu não tinha coragem. Tenho medo de desencadear algum gatilho nele.
Após tudo que aconteceu no hospital, enfermeiras o encaminharam para um psicólogo, por mais que sua mãe insistiu que ele não precisava de um.
A mãe de Han acreditava que Jisung só estava fazendo drama, e que ele tinha uma saúde mental ótima, e que não precisava de acompanhamento.
Mas as enfermeiras conversaram com o gerente, e ele concordou que Han precisava. Mas sua mãe fez um escândalo, que fez a mesma perder o emprego.
Mas Han não sabia disso, só eu e minha mãe.
Muitas vezes eu lido com crises de raiva de Jisung, ele grita, chora e muito mais. Mas eu nunca falo nada, só olho ele. O que o faz perceber que ele está surtando por nada, e logo, cai no choro.
Essas semanas tem sido difícil pra ele. Acho que ele não sabe, mas eu vi todas as vezes em que ele chorava escondido no banheiro, rezando para que seu pai goste dele.
Ele limpava seu rosto, e saía do banheiro sorrindo. Mesmo sendo nítido seus olhos inchados.
- Ji - Chamo a atenção dele, que estava deitado no meu ombro enquanto estávamos sentados no sofá da minha sala, assistindo algum filme de animação.
- Oi? - Ele responde calmamente.
- Não quero parecer grosso, e nem inconveniente, mas quero saber se você vai voltar pra sua casa. - Digo enquanto mexo nos botões do controle remoto, tentando controlar meu nervosismo.
Eu ficava extremamente nervoso em tocar nesse assunto com Han, quem sabe eu não posso ativar um gatilho nele?
Ele ficou em silêncio, mas logo depois eu começo a ouvir resmungos, e quando olho, ele estava chorando.
- Min, é um assunto delicado pra mim. - Ele limpou seus olhos
- Eu sei mas-
- Eu quero ir lá em casa, ver como estão meus pais. Mas tenho medo ainda, quem sabe meu pai não pode repetir o que ele fez comigo? - Seu choro parava lentamente - Minha mãe ainda está brava comigo.
- Posso te levar lá. - Ofereço - Vamos lá conversar, se eles demonstrarem agressividade, voltamos pra cá.
Ele concordou com a cabeça, então se levantou e colocou um sapato, e limpou suas lágrimas. Peguei a chave do carro e fomos pra lá.
Vejo sua perna tremendo durante o trajeto todo. Então eu apenas falei para ele ficar calmo.
Quando chegamos, ele ficou parado na frente da porta, pensando no que iria fazer.
Até que ele tomou coragem e apertou a campainha.
Ouço o barulho da porta se destrancada, e logo mostra uma mulher com escuras olheiras e pele pálida.
- Mãe? - Han demorou pra reconhecer que era sua mãe. Porque aquele rosto que tinha tanta vida, estava morto.
- Oi Sra. Han - Cumprimento a mesma.
- O que estão fazendo aqui? - Ela perguntou.
- Mãe, eu estou na casa de Minho a mais de uma semana, você já não acha que eu preciso voltar pra cá?
- Não, não acho.
- Quem está aí? - Ouço a voz de um homem, que reconheço ser a de Sr. Han - Ah, só esse viadinho aí.
- Pai? - Han fala com sua voz chorosa.
- Não me chame de pai, sua "bixa".
Han olhou para seu pai com uma cara enfurecida, eu sabia que ele ia estourar de raiva ali, então segurei o braço dele.
- Pai, por favor, eu preciso voltar pra casa.
- Nunca! - Sr. Han saiu para fora, tentando avançar em Jisung. Porém, a senhora Han o segurou e impediu ele.
- Você não é mais nosso filho, Han Jisung. Você está nos decepcionando demais, sabia? Nós te demos de tudo, e você nos agradece virando isso?
Jisung estava estático, não sabia o que falar.
- É sério isso, senhora? O Han sempre faz de tudo pra agradar vocês, e vocês o agradecem assim? Expulsando ele de casa?
- Ele nunca nos agradou mesmo. - Disse o Sr. Han.
Essa foi a chave para Han cair no choro
Eu segurei ele, e levei ele até o carro.
- Eu já volto - sussurrei pra ele
Volto para conversar com seus pais.
- Agora que vocês tomaram a escolha de vocês, por favor, me deixem pegar as coisas deles. Ele vai pra longe de vocês, onde ele merece ser feliz, sem ter duas pessoas horríveis como vocês para acabar com sua vida. Espero que tudo que vocês fizeram para Han, volte pra vocês, pior. E aparentemente, já voltou, né Sra. Han? Perder o emprego não é fácil. E agora você Sr. Han, espero que você aguente a polícia atrás de você.
Passei por eles e subi até o quarto de Han, peguei suas roupas, livros, produtos e outros pertences. Coloquei tudo em uma mala que achei em seu armário e coloquei no carro, e fomos embora.
💭
oii gente
2 meses sem att, desculpa mesmo :(
esse possivelmente eh o penúltimo capítulo!! muito obrigada por tudo.
votem caso vocês gostarem.
🤍