Desde de a conversa que Han teve com seus pais, ele não está falando tanto comigo. Acredito que, essa conversa tenha sido pesada demais.
Eu falo qualquer coisa pra ele, e ele responde apenas balançando a cabeça, afirmando ou negando, dependendo da pergunta, ele até responde, mas em poucas palavras.
Ele acaba dormindo no meu quarto, e muitas vezes eu sinto ele acordado até altas horas da noite.
Ele sempre está pensando em algo.
Ele falava com os outros meninos normalmente, mas comigo, não muito frequentemente.
Após semanas dele convivendo assim comigo, decidi conversar com ele.
Quando conversei com ele, ele disse que não estava me ignorando, que eu estava ficando louco. Mas eu sei que não estou ficando louco, eu estava vendo ele entregando suas mentiras pelo seu olhar.
- Han - chamei a atenção dele - Eu não estou ficando louco. Você sabe bem do que eu estou te falando.
- Não sei.
- Han, você quer se afastar de mim? - Han me encarava paralisado.
Logo em seguida ele começa a chorar igual uma criança. Pedia desculpas falando que sentia um tolo, mas ainda não havia me falado o motivo de seu afastamento.
Não questionei sobre, ajudei ele a parar de chorar e trouxe um copo de água. Após alguns minutos, ele se acalmou, então, eu acabei perguntando novamente, por impulso.
Eu sabia que ele poderia chorar novamente, mas estava muito curioso e acabei agindo no impulso.
- Não estou me afastando de você. - Ele disse enquanto brincava com os aneis que estavam em seus longos dedos.
- Não foi isso que você disse enquanto chorava.
Ouvi ele engolindo seco, e logo parando de brincar com os anéis. Ele encarava seus pés enquanto parecia formular uma resposta.
- Eu não sei. - Ele começa a tremer sua perna por ansiedade.
- Han, fala comigo. Você tá guardando tudo pra si e está se proibindo de expressar e falar.
- Não estou não. - Suas pernas tremiam mais.
Me sento ao seu lado colocando minha mão sobre sua perna e fazendo um leve carinho com o polegar.
- Hanji, você precisa se permitir a falar o que sente, se não, você vai guardar tudo para si, o que vai te fazer mal no futuro.
- Eu não consigo, Min.
- Você está se afastando por que está com medo de criar laços comigo e eu te machucar?
Han se levanta falando que quer ir ao banheiro, então respeito ele. Mas logo em seguida, dava pra ouvir seu choro.
Vou em direção ao banheiro e bato algumas vezes na porta.
- Hanji, conversa comigo.
Ele abre a porta, revelando um moreno de olhos inchados por conta do choro.
Ele me abraça, encostando sua cabeça em meu ombro, e molhando minha blusa por conta de suas lágrimas.
- Eu sou um burro, Minho. Você faz tudo por mim, e o que eu faço é me afastar e te deixar preocupado. - Ele falava enquanto chorava.
Não respondi, puxei ele até meu quarto e coloquei ele sentado sobre a cama e dei outro copo de água para ele.
Ele se deitou, e em seguida eu me deitei ao seu lado, fazendo um leve carinho em seus cabelos.
Percebia que ele estava quase dormindo, quando ele se virou pra mim e disse em um sussurro:
- Eu sei que eu vou me apaixonar por você.
E logo em seguida adormeceu.
Estava sonolento também, então, acabei nem prestando atenção no que ele havia dito.
Acordo durante a madrugada, com o Han acordado também. Ele se virou pra mim e sorriu, e logo deitou em cima do meu peito, me abraçando.
Abracei ele de volta e fiz carinho no seu cabelo.
- Você está bem? - Pergunto sussurrando para ele.
- Melhor agora.
Fiquei feliz em ver que agora pelo menos ele estava conversando comigo.
Eu amo Han Jisung, eu não me vejo mais sem ele.
Assistimos a um filme e depois adormecemos novamente. No dia seguinte, era um sábado, então poderíamos aproveitar.
Chamei ele para sair até uma praça perto de minha casa. Durante os sábados tem música, venda de acessórios e muito mais.
Aproveitamos o dia todo lá, ele conversava, ria, fazia brincadeiras, ele estava voltando a ser o Han que era.
Gostaria que ele soubesse o quanto eu amo ver ele bem.
Ele é o sol da minha vida.
Após voltarmos pra casa, estávamos sozinhos. Decidimos assistir a um filme.
- Esse filme tá entediante - Ele diz
- Concordo - pauso o filme - quer fazer o que?
- Não sei, conversar?
Começamos a conversar sobre diversos assuntos, desde assuntos de escola até fofocas de pessoas que conhecemos.
Esse foi o dia. A noite, ele se deitou comigo e ficou me encarando, encarei ele de volta, comecei a perceber os detalhes de seu rosto. Seus olhos, sua boca, seu nariz. Quando percebi, estávamos cada vez mais próximos um do outro, mais, mais e mais...
Até ouvirmos uma batida na porta, nos interrompendo.
- Meninos, a janta está pronta.
Han levantou em um pulo, imagino que ele estivesse envergonhado pelo o que recém tinha acontecido.
💭
volteiiiii
