Capítulo 13 - New York.

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CAPÍTULO 13

NEW YORK.

  A forma como os olhos de Stela se arregalaram e ela começou a tremer me fez sentir-me inquieto e com vontade de matar alguém. Com toda certeza eu faria isso.

— O que aconteceu? — perguntei quando ela se levantou sem rumo e foco. —

  Ela não queria me encarar, se afastava de mim de todas as formas.

— Stela. Eu preciso que fale comigo! — minha voz autoritária a fez parar e finalmente me encarar.

  Seus olhos estavam marejados, suas bochechas vermelhas e seus lábios apertados.

— Tudo bem, Tia, eu vou. — Quando enfim ela desligou o celular. Stela caiu no chão. —

  Passei meus braços pelo seu corpo pequeno, a trazendo para mim.

— Ele tirou fotos minhas. Ele está me vendendo! — gritou em meio aos soluços. —

  Engoli em seco quando ouvi suas palavras. Eles foram rápidos demais, "O filho da puta está desesperado." Mas eu estou mais desesperado, mais desesperado em matá-lo.

— Tudo bem princesa, eu vou resolver isso.

  Ela começa a negar freneticamente, apertando suas mãos em meus braços.

— Não! Por favor... Não quero que se machuque Benjamin. Eu já machuquei alguém, eu não quero que você também sofra.

S  eu desespero me faz mais ciente do que eu pretendia. "Vou matar esse cara."

— Até parece que eu vou ir embora. Parece?

  Seus olhos grandes se fixam em meu rosto e suas mãos pequenas e quentes apertavam os meus braços. Ela estava apavorada, e vê-la assim me deixava mais ciente de que precisava protegê-la com minha vida.

— Não... não parece.

  Seguro suas bochechas e aproximo o seu rosto do meu.

— Eu vou conseguir um avião. Vamos para New York, e enquanto estivermos lá, eu cuido disso e você não vai precisar se preocupar.

  Stela morde o lábio inferior me fazendo perder o foco. "Não faça isso. Não agora, princesa."

— Porquê precisamos ir pra New York? Porque eu apenas não fujo para outro lugar? A-acho que essa seria a melhor opção para mim. — sussurra tentando se afastar de mim. —

  Respiro fundo e cruzo os braços.

— Eu não vou te deixar sumir sozinha.

  Sentado no chão eu a observo se levantar e caminhar de um lado para outro.

— Acho que você não tem que deixar. Olha, Benjamin. — ela para e começa a gesticular com as mãos. — Isso aqui é sobre mim. Sobre minha vida. Não dá pra você simplesmente me dizer o que fazer... poxa...

  Minha mente fica em branco. "O que porra eu estou fazendo? No que merda eu estou pensando? Por que caralhos eu estou querendo ditar as regras aqui?"

A Mercê De VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora