22# - Dark Vlad - Parte 3: Um Falso Pingo de Esperança

6 1 0
                                        

Arrependimento.
Uma palavra que eu considero superficial, já que todo santo dia, pessoas de vários lugares do mundo usam ela como um botão mágico para fazer cada um de seus pecados simplesmente desaparecer.

Essa palavra só ganha valor quando a pessoa estiver disposta a mudar não só o jeito de viver, tal como a forma de ser, caso contrário, é igual ao carvão queimando que depois de um tempo vira cinzas e desaparece, e a pessoa volta de novo ao pecado, causando um ciclo interminável.

Então guardem as seguintes palavras: Arrependimento e Remorso.

___________________///___________________

- Agora morre, seu merda! - gritei enquanto movimentava a minha espada contra Vlad que esquivava com dificuldades, e tentou se afastar até onde o sol não pegava, mas Alfred puxa ele pela sua capa e dá um soco bem no meio da sua cara - Parece que o jogo acabou virando contra você.

- É indignante ver você festejar por uns meros minutos de vitória - Respondeu Vlad limpando o sangue da sua boca - Posso prometer que no final de tudo o teu castigo será bem pior do que o ingrato de seu irmão.

- Cala a boca! - apontei a arma bem na cara dele e premi o gatilho, mas a munição havia acabado, então dei um breve grito e ataquei com a minha espada. Devo dizer que foi o meu pior erro naquele momento, já que Vlad agarra na espada e dá um chute no meu pé fazendo eu dar de caras com a parede e a mesma girou me fazendo cair num buraco até uma sala com um completamente escura - Não, não, não...

Aos poucos, o medo tomava conta de mim enquanto eu vasculhava a minha mochila em busca do meu celular, e logo que liguei a lanterna, vi que estava em uma sala ampla com várias estantes cheias de livros de todo o tipo.

- Uma biblioteca? - Andei até na mesa no centro que estava com livros espalhados e havia uma espécie de diário aberto, não foi preciso ser um gênio para saber que tinha sido escrito pior Vlad - Que porra é essa?

"Querida Josefina,

Me perdoe

Me perdoe por tudo

Me perdoe por ter ido atrás de uma ambição claramente impossível

De ter sucumbido a maldição e ter abandonado vocês

Por não estar do seu lado quando lutavas contra a tuberculose

De não ter ido ao seu funeral de tanta vergonha que sentia

Principalmente por não ter participado no crescimento do nosso filho, Alan

E por fim, por transformar o nosso querido filho naquela aberração monstruosa

Tudo devido ao meu ego facilmente quebrável

Eu sei que nunca voltarei a ver você, mas quero que saibas que eu nunca deixei de te amar.

Do seu querido marido

Antonie" 


O texto havia preenchido alguns dos buracos de dúvidas que eu tinha, mas felizmente ainda haviam mais paginas para ler, e quando eu estava prestes a fazer isso, oiço um pequeno gemido de dor, mas parecia não humano.

Então agachei entrando por baixo da mesa, e apontei a lanterna para o chão e esperei.

- PAI!!! - Uma voz bem anormal ecoou pela sala, e junto, sons de algo ser arrastado ficava cada vez mais alto, e quando eu levantei um pouco a lanterna, tive de impedir qualquer som de espanto vindo de mim - PAI!!!, EU SEI QUE VOCÊ ESTÁ AQUI!

Soul HunterOnde histórias criam vida. Descubra agora