O Imortal

Capítulo 11 - EraserHead odeia seu emprego

[...]

Aizawa Shouta estava em seu horário de trabalho como um Pro Hero.

E, olhando para a papelada a sua frente, ele tinha certeza de que a pessoa por trás do assalto do Shopping há algumas horas era Shigaraki. Quem mais poderia ter uma individualidade de "Decadência"?

O problema estava em decifrar quem era o garoto ao seu lado. Com o capuz e a máscara, a única coisa visível era seus olhos verdes incrivelmente vibrantes. Ele teme que esse garoto seja o mesmo que impediu Stain de matar Iida.

Normalmente, com a tecnologia atual, seria possível realizar o reconhecimento facial apenas pelos olhos. Porém os equipamentos da polícia não encontraram nada. Era como se ele não existisse. E Nezu não se envolveria no caso. Não enquanto não envolvesse a UA diretamente.

Aizawa já estava em sua quinta xícara de café tentando, inutilmente, fazer o reconhecimento facial mais uma vez.

— EraserHead. Faça uma pausa. Isso não vai funcionar milagrosamente depois das primeiras falhas. — comentou Tsukauchi, exausto. Ele não estava muito diferente do outro homem

— Eu não posso. Esse... garoto colocou a segurança dos meus alunos em risco. E a confiança do povo na UA está decaindo pela morte de Tsuyu. Qualquer pista dele deve ser aproveitada — retrucou

Tsuyu Asui era uma de suas alunas. A única no qual ele não conseguiu salvar. Shigaraki a desintegrou na frente de Mineta. Que agora está traumatizado, e ele teme que nem mesmo a terapia funcione. Foi uma morte muito brutal para que um adolescente jovem como ele consiga suportar. Até mesmo Aizawa foi extremamente afetado pela cena. E ele já havia visto coisas muito perturbadoras.

— Eu sei Eraser, acredite. Mas isso não está nos levando a lugar algum. Você ao menos sabe onde conseguir algum tipo de informação? — perguntou Tsukauchi não tirando os olhos da pilha de papeis a sua frente.

— Não eu nã- — Aizawa se interrompeu. Repensado sua resposta. A imagem de um garoto de cabelos verdes administrando um bar completamente sozinho cercado por vilões veio a sua mente. Os olhos dele também eram verdes, mas um verde fosco e apagado. A possibilidade de eles serem a mesma pessoa foi descartada imediatamente. E, com o horário que ele trabalha, provavelmente estaria dormindo na hora do roubo e ele era jovem demais para realizar, ou sequer pensar em algo como aquilo.

Mas ele viu como o ambiente era. Um café-bar completamente neutro onde várias negociações pacíficas ocorriam ao mesmo tempo. Se ele quiser respostas ele encontraria algo lá.

— Na verdade, Tsukauchi, eu conheço um lugar. — Eraser disse se levantando, ajustando suas bandagens ao redor de seu pescoço para sair — Não espere que eu volte antes das três da manhã —

Tsukauchi apenas o olhou sair pela porta pensativo. Sua individualidade registrando tudo o que saiu da boca dele como verdade. E desde que ele traga alguma informação útil, Tsukauchi não se importa.

Mas... Ele ainda acha que Eraser deveria cuidar de sua própria saúde as vezes, ele pode ser incrivelmente imprudente

[...]

Izuku Midoriya lavava os copos no piloto automático, completamente exausto. As bolas roxas abaixo de seus olhos eram nítidas. Ele não se lembra da última vez que se sentiu assim.

Na verdade... ele nunca se sentiu tão cansado assim. Nem mesmo quando criança após um dia agitado.

Ele sabe que se empurrou aos seus limites (os quais ele descobriu que eram muito baixos) há apenas algumas horas atrás. Mas isso não o impediu de ir trabalhar.