Capítulo 16 - Sentimentos... Ugh.

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[...]

Izuku observou Eri e Kota se enturmar. Eles estavam hesitantes no início, ainda tímidos, desconhecidos. Mas bastou alguns minutos para que ambos virassem melhores amigos.

Se apenas Ten-chan e Dabi parassem de surtar.

— Eu já disse que estou bem. —

— Você derrubou a porra de um prédio subterrâneo em cima de você mesmo! — Dabi gritou, andando de um lado para o outro sob os olhares de todos, exceto as crianças que estavam muito ocupadas em seu próprio mundo.

— Eu percebi que você não tinha autopreservação quando me chamou para dormir em sua casa. Eu! Um completo estranho que você encontrou em um beco algumas horas antes. — disse, dando meia volta — Mas eu ainda tinha esperanças de que você só teve pena de mim. Mas nãããão... Agora você invade uma Yakuza e quanto está bêbado, e explode o esconderijo subterrâneo com você ainda dentro! Tem noção do perigo? —

Ao final de sua fala, Dabi estava ofegante, olhos um pouco arregalados encarando Midoriya fixamente. Este que estampava um sorriso sem graça no rosto, mesmo obviamente não estando nem um pouco arrependido do que fez.

— Eu entendo que o que eu fiz foi um pouco louco, mas- — Izuku começou

Um pouco?! — Tenko e Dabi exclamaram em indignação simultaneamente

— Muito louco — Izuku se corrigiu. — Mas veja pelo lado bom! Aquela Yakuza que estava incomodando vocês não existe mais, eu salvei uma criança de abusos terríveis. Certo, eu estava bêbado, mas estou bem agora! —

Houve um momento de silêncio em que todos os quatro integrantes da LOV apenas encararam Midoriya.

Antes de Toga terminar seu delicioso suco de... provavelmente era apenas sangue que Kurogiri colocou em um copo para ela, e abrir a boca pela primeira vez desde que Izuku começou a explicar por que havia uma criança no QG. — Por que você colocou sua própria segurança por último? —

Dabi e Tenko finalmente se tocaram desse fato.

Izuku não gostou do brilho de advertência que ele recebeu.

Ele pode ser menor de idade, mas ele não era mais uma criança! Pelo amor! Ele era emancipado! Ele não precisava ser repreendido pelos seus amigos

(A última palavra soou errada em seus pensamentos, como se não fosse o suficiente para explicar os sentimentos que seu coração nutria pelas duas pessoas a sua frente. Mas seu foco estava em outro tópico no momento. Então a sensação estranha foi ignorada)

— Ok! Chega. Izuku, você está se mudando. Não acho que posso deixar você sem supervisão. — Tenko disse, com a mão em frente ao rosto muito parecido com a imagem de um pai que já está no limite das palhaçadas de seu filho encrenqueiro.

Exceto, que Izuku não era seu filho. — Sinto muito, não vou fazer isso. — disse firme.

Tenko o olhou com ferocidade, pronto para revidar. Mas Izuku o cortou antes que uma palavra pudesse sair de sua boca.

— Esqueceu que, na lei, minha mãe ainda está viva? Só mantenho aquela casa por causa disso, ou eu já teria me mudado para aquele quarto confortável que eu fiz em cima do meu café-bar. É muito mais aconchegante e muito mais seguro. —

Shigaraki suspirou em derrota, pois sabia que seu Izuku estava certo. Eles não podiam fazer nada com a casa sem levantar suspeitas sobre Inko Midoriya.

— Espera. O que? — Toga perguntou confusa. Ela se sentiu fora do tópico assim que a mãe de Izuku foi mencionada. E ela não era a única, Dabi também não parecia estar por dentro da conversa.

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