O Imortal

Capítulo 5 - A loja

Atualmente Izuku está entrando no Ensino Médio, o primeiro dia de aula dês da abertura de seu mais novo café noturno.

Por que noturno?

Simples, os horários de aulas são todos matinais e os cursos extras praticados pelo mesmo ocorrem até as quatro da tarde, sendo assim o café abre as seis e fecha as três da manhã

Não é como se ele fosse morrer por ter uma parte do sono privada de si mesmo

Izuku não admitiria, mas sem Sumehiro na escola ele se tornou um pouco antissocial. Apesar de nunca ter sido xingado ou desprezado novamente a única pessoa no qual ele realmente conversava era ela, havia Iida mas eles nunca trocavam mais do que apenas algumas palavras. Após sua saída para a Shikeitsu, Midorya se encontrou completamente isolado do resto da escola

[...]

23:44

Mais tarde naquele mesmo dia, Izuku estava trabalhando em seu humilde café. O espaço era retangular, um grande balcão ocupava o centro enquanto cerca de 12 mesas estavam espalhadas pelo resto do local. As prateleiras por trás do balcão estavam repletas de diferentes tipos de café assim com diferentes tipos de bebias alcóolicas e os petiscos eram preparados de antemão por ele mesmo. Havia também alguns doces e salgados dentro de uma vitrine exposta no balcão

Apenas três mesas estavam atualmente ocupadas quando o som estridente de um pequeno sino o alertou da entrada de um novo cliente

— Seja bem-vindo a Imortalis Coffee — cumprimentou, a pessoa não falou uma palavra, ela apenas olhou ao redor observando o local minuciosamente. Quando seus olhos passam pela ala de bebidas ele fez uma expressão confusa e interessado? Acho que foi isso

— Boa Noite — Disse enquanto se sentava em uma das cadeiras colocadas ao lado do balcão. O homem era bastante alto e tinha um físico esguio. Ele possui cabelos pretos liso na altura do queixo penteado para trás, deixando franja em cada lado do rosto. Ele veste uma camisa roxa de botões, gravata preta, calça preta, sapatos pretos e um longo casaco branco. Deixando-o com um visual parecido com o de um médico — Por qual motivo você possui uma sessão de bebidas jovem? — indagou

— Haha, você não é o primeiro a me perguntar isso... — Midorya respondeu em um tom de voz envergonhado — 79% das pessoas que saem anoite vão para um bar beber ou algo do tipo, mas eu sou apaixonado em café então abri esse negócio, resumindo, foi uma mistura de meus próprios gostos — explicou calmamente terminando de enxugar um copo prontamente pegando outro para repetir o processo

O homem pareceu profundamente interessado no assunto então a conversa fluiu distraidamente, o homem disse que seu nome era Ogai Mori e disse também para ele ficar de olhos abertos com os clientes no qual ele receberia de agora em diante, apesar de ele não entender o significado disso

E ele não entenderia por um bom tempo...

— Midorya, que horas você fecha? — Mori perguntou

— As 3:00 A.M., por quê? —

— Ah, nada de mais — 

[...]

Três meses depois:

Recentemente as coisas começaram a ficar interessantes para o menor, seu número de clientes aumentou significativamente, ele temia que teria que aumentar o tamanho do local em breve, não se sabia ao certo se essa nova movimentação tinha a ver com Mori mas tinha a impressão que sim

Entretanto não era esse o motivo da vida do esverdeado estar tão animada, mas sim que as pessoas que apareciam pareciam ser importantes, já que sempre estavam falando sobre negócios ou estratégias. O assunto interessou bastante o menor então agora sempre que podia estudava sobre melhores maneiras de investir e os pontos fortes e fracos da maioria das empresas

— Midorya! Me vê mais um café com tequila! — chamou um dos clientes, que por algum motivo sempre aparecia as 1:30 da manhã acompanhado de três pessoas

— É para já —

Quando terminou o preparo e seguiu em direção a mesa para entregar o pedido, Izuku acabou ouvindo algo interessante e não conseguiu conter sua resposta automática

— Isso não é bem verdade, as próprias asas do Hawks é sua fraqueza — Disse colocando o pedido a mesa, os quatro se entreolharam antes de pedir para o menor continuar com seu raciocínio

— Bom, sempre que Hawks usa suas penas como projéteis, elas diminuem progressivamente, deixando assim o herói, praticamente vulnerável. Então todas as vantagens que a peculiaridade oferece, como voo, agilidade etc., são destruídas. Se ocorrer algo que o force a usar as penas... — Midorya não ficou ali por mais tempo, terminando de recolher os copos sujos ele partiu para atrás do balcão e começou a lavar a louça

Foi por esse mesmo motivo que ele não ouviu os homens começarem a murmurar — O chefe tinha razão, esse jovem pode ser bastante útil —

— Você realmente duvidou do chefe? — zombou o outro

— Nunca se sabe, ele é um adolescente afinal... Agora, ficou sabendo do ataque a Yuuei? Parece que um aluno morreu —

[...]

Um mês depois:

Izuku estava animado, ele foi obrigado a aumentar o espaço de sua loja pois muitas pessoas começaram a vir no horário da madrugada e muitos pediam dicas a ele, coisas como "Oque você faria se Mirko começasse a te atacar?" ou "Como você lidaria com Air Jet?"

Ele respondeu todas obviamente, dês de que continuassem dando lucro a seu - não mais pequeno - negócio, não via problemas em não as responder. Houve uma vês que alguém o questionou sobre isso enquanto ele fazia algumas compras em seu dia de folga, mas sua resposta foi "Você não está consumindo nada da minha loja nesse momento então não há motivos para respondê-lo, senhor."

Agora Izuku estava alegremente se preparando para fechar, o último cliente foi embora a menos de cinco minutos atrás, apenas terminar de higienizar as mesas e ele poderia ir para casa dormir, isso se Ogai Mori não houvesse entrado na loja com um visual que Izuku não imaginou que veria.

O porquê desse pensamento?

Simples, ele estava usando um terno elegante, que consiste em uma camisa branca de botões, um paletó preto listrado, sapatos pretos e calças pretas. A camisa tem uma gravata listrada roxa e branca. Por cima dele, ele usa um sobretudo preto e um lenço marrom longo, quase na altura do joelho, que ele deixa pendurado sobre os ombros desamarrado. Além de um par de luvas brancas. Ele parecia ser o líder de alguma empresa altamente lucrativa, mas Izuku duvidada que realmente fosse isso

Midorya não pode deixar de ficar surpreso

— Boa Noite, Midorya — disse sentando-se em uma das cadeiras do balcão

— Boa Noite, Mori — respondeu ao sair de seus pensamentos, indo para trás do balcão — Oque faz aqui? Acabei de fechar. —

— Eu sei, apenas quero uma resposta simples. Midorya, se eu te pedisse para reunir algumas informações... confidenciais... você faria? —

O menor suspirou pensativo, por que ele precisaria de informações confidenciais? E por que perguntaria justamente para ele?

— Por que eu exatamente? Pela sua aparência eu acho que você tem um pessoal específico para isso — indagou com uma curiosidade genuína

— Você está certo, em partes, mas meu pessoal é bastante conhecido, qualquer pessoa que eu mandasse saberia que eu estaria por trás. Preciso de alguém que não tenha ligação com ninguém e você se encaixa perfeitamente no papel. Claro não pretendo fazer de graça, você também ganharia alguma coisa — explicou calmamente, apesar de poder ser identificado um tom persuasivo em sua voz

Midorya entrou em seus próprios pensamentos novamente, por um lado, ele não queria se arriscar seja lá que tipo de trabalho for esse, mas por outro, ele ficou intrigado com o que quer que seja a recompensa por isso

...

— Que tipo de ganhos eu teria exatamente? — questionou

Mori sorriu