Capítulo 14 - Não beba.

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Izuku estava trabalhando em seu bar como de costume. O acampamento de férias da UA se iniciava hoje então Ten-chan, Dabi e o resto do pessoal estariam fora pelos próximos três dias e não havia nenhum trabalho que ele pudesse fazer nesse meio tempo devido a Mori estar ocupado tirando o tal Dazai de Tártaro.

Bem, Izuku não estava realmente entediado. Ele ainda cursava o Ensino Médio na Soumei, além de fazer seus cursos extracurriculares e, claro, seu próprio café noturno.

Pensando assim, ele estava bem ocupado, mas nenhum deles tinha a adrenalina que os trabalhos de Mori o davam. Nenhum deles o dava o conforto que o pessoal da LOV o dava, ou o treinamento de Ten-chan, que ele insistiu em dá-lo depois que ele disse que não sabia lutar.

Sendo uma pessoa intelectual que prefere o conhecimento a esportes, ele nunca pensou que sentiria falta de estar em campo.

Mas, bem, aqui estava ele. Se lamentando por não se mover o suficiente.

Izuku suspirou, ele havia acabado de fechar o café. Porta trancada, janelas fechadas e ambiente completamente limpo. Ele estava pronto para ir para a casa, mas seu corpo não se moveu de seu lugar apoiado atrás do balcão.

Midoriya olhou para a garrafa de Vodka posta à sua frente, ao lado dela, alguns morangos que sobraram e a máquina de café não muito longe.

Ele encarou esses objetos por alguns segundos antes de ceder a seus impulsos e fazer um drink para si mesmo. Movimentando-se com maestria pelo ambiente familiar, Izuku pegou o copo medidor despejando o álcool em cima dele, mas mesmo quando o recipiente encheu, ele observou o líquido transparente escorrer pelas bordas até o copo por alguns segundos antes de finalmente remover a garrafa dali e terminar despejando todo o resto da bebida do medidor.

Nos instantes seguintes ele completou o drink.

Sem hesitação alguma ele bebeu, a sensação quente do álcool queimando sua garganta por dentro o fez relaxar. O leite condensado fazendo pouco efeito contra a grande quantidade de Vodka colocada.

Izuku abriu seu telefone, digitando um número que ele havia adquirido recentemente. Ele apertou o botão de chamada e ligou, apenas alguns segundos depois houve o som de uma voz do outro lado perguntando quem era.

Izuku sorriu travesso, bochechas coradas devido a seu estado embriagado — Giran certo? Aqui é Izuku Midoriya. Quero pedir algo a você. —

A próxima coisa que ele se lembra de fazer era estar na porta da frente da base do Shie Hassaikai

Ele queria se movimentar, então nada melhor do que invadir uma Yakuza classe B não? Izuku admite que pode ter sido um pouco influenciado pelo álcool, mas deve ficar tudo bem.

Izuku checou seu moletom, se recusando a usar seu traje já que ele era "especificamente para espionagem", em suas palavras, e Giran não conseguiria um adequado para ele em apenas alguns minutos. Mas Midoriya estava carregando algumas armas consigo, apenas isso dever servir.

Izuku estava sendo imprudente e sabe disso, ele não planejou o que fazer ao chegar lá. Ele queria experimentar a adrenalina, então pela primeira vez na vida Midoriya seguiria o caminho do improviso.

O adolescente andou calmamente até a entrada, sendo parado pelos dois únicos guardas que estavam de plantão naquela noite.

— Diga a seu chefe que Izuku Midoriya quer falar com ele. — Izuku não pensou muito, falando a primeira coisa que veio a sua mente.

Ele estava com o capuz levantado e cabeça abaixada, a luz natural da Lua não era o suficiente para iluminar seu rosto, e mesmo assim seus olhos verdes eram brilhantes e visíveis.

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