Hired To Kill [CONCLUÍDO]

19 - new beginning

Fraqueza. Era o que eu sentia no momento.

Meus olhos que pesavam toneladas estavam fechados e meu corpo estava todo dolorido eu não tinha forças para me mover. Até respirar doía.

Eu pedi tanto pra morrer, será que meu pedido foi atendido?

Mas eu devo ter ido para o lugar errado, já que no céu não era pra eu sentir nada além de sentimentos bons e paz?. Será que fui tão ruim assim para ir para o inferno?

Mas espera, pessoas mortas não respiravam, não é? Óbvio que não, que pergunta é essa Camila!?

Me esforço um pouco para abrir os olhos. O lugar estava escuro e logo senti meu peito se contrair de uma maneira muito ruim.

Lembranças e acontecimentos vem em minha mente como bomba destruindo tudo o que eu sonhava e acreditava para meu futuro e minha vida. Saber que passei por isso e posso ainda estar passando, só me fazia refazer minhas súplicas e ter meus pedidos atendidos.

Deus, por favor me leve!

Flashback on

Desço do avião sendo segurada por dois homens. Um de cada lado do meu corpo. Como se eu pudesse ter a chance de fugir, mal sabiam eles que eu só tinha forças pra respirar ultimamente.

Marco seguia mais a frente, nos guiando. Só de olhar para sua cara ou sentir seu cheiro me embrulhava o estômago.

Fora as lembranças que me atormentavam.

Eu não fazia ideia de quanto tempo se passou desde que meu plano de fugir deu errado mas, eu contei todas as cinco vezes que ele abusou de mim.

Tenho certeza que os abusos pararam porque eles já tinham o plano de me trazer pra cá e Xavier poderia não gostar do meu estado. Aliás eu não faço ideia de onde estamos mas, o lugar é muito gelado e com muita neve.

Eu vestia uma roupa simples e não condizia com a temperatura do lugar.

Assim que entramos no carro ainda próximo a pista do aeroporto, meus pulsos foram presos por uma abraçadeira de plástico. Aquilo apertava e doia muito. Tanto que assim que o carro parou, em menos de uma hora, meus pulsos estavam marcados e um pouco vermelho.

Quando sou retirada do carro, meus olhos batem em Xavier a uns metros a frente que vestia o mesmo terno de sempre e por cima um sobretudo preto para lhe deixar mais quente. Ele estava parado em frente a uma casa, quer dizer parecia mais uma cabana?  Um depósito para madeiras? Não sei bem. Só sei que era bem pequena.

-Irmãzinha, fiquei sabendo do que aconteceu. - ele sorri e os mesmo dois seguranças me levam próximo a ele.

-Ficou? - meus olhos foram direto para Marco que me olhava imparcial. Ele não teria tido a coragem de falar dos abusos para seu chefe, teria?

-Meu fiel escudeiro me contou que tentou fugir e quase deu certo. - merda! Era claro que ele não contou - Olha, confesso que não esperava por isso. Mas agora você vai aprender a dar valor nas chances que te dão. Porque eu te dei a chance. Eu estava disposto a abrir um pedacinho do meu coração a você irmãzinha.

O tom da sua voz fez o medo me dominar.

-O que... O que você vai fazer? - olho pra ele assustada e sou praticamente arrastada para dentro da cabana - Me solta! Não! Eu não quero entrar... Não!