Hired To Kill [CONCLUÍDO]

22 - My Hands Are Covered In Blood

Flashback on

Pov Camila

Essa velha me bateu forte. Tão forte que sentia minha cabeça latejar.

Mas isso não iria ficar assim.

Essa desgraçada me enganou. Ela me fez ter sua confiança e estava tramando pelas minhas costas.

Ela iria me entregar... Merda! Eu preciso sair daqui.

Eu nem tive tempo de me mexer, pois sinto duas mãos em meus ombros me deixando congelada. E, ao escutar aquela voz, senti repulsa e um embrulho em meu estômago.

-Não tão rápido irmãzinha. - Xavier diz - Olha, te devo um pedido de desculpar por não ter ido te ver. Você quase morreu congelada e de fome não é? - seu tom esnobe mostrava que ele estava de brincadeira com a minha cara e não falava sério - Eu esqueci de voce lá. - ele estrala a língua - Voce não é tão importante quanto pensa, sabe como é?. Mas, confesso que pensei que voce era um coringa nas minhas cartas.

-Seu desgraçado! - me remexo na cadeira fazendo com que suas mãos saissem de cima de mim - Eu vou matar você! - falo entredentes.

-Vai? - ele sorri e sai das minhas costas parando em minha frente. Sua mão segura meu queixo com força - Tenta. Voce não mata nem uma formiga e quer me matar? Tá ouvindo isso Mamãe? - ele vira sua cabeça e olha por cima do ombro para sua... Espera, ele disse mamãe?

Essa mulher que me resgatou e depois me entregou de bandeja a ele era, nada mais nada menos que mãe dele?

-Você é mãe dele? - pergunto de boca aberta chocada com essa informação.

Os dois se olham cúmplices e sorriem. A velha que agora tinha o cabelo preso e seu rosto livre, mostrava que não tinham nada em comum um com o outro. Tirando o fato que os dois não serem flor que se cheire.

Ela também não usava a roupa de dormir de horas atrás. Agora ela vestia uma roupa comum e leve mesmo com a neve do lado de fora. A lareira acesa deixava o ambiente menos frio, e isso me deixava até mesmo confortável visto que usava ainda o sobretudo por cima da camisola fina.

-Não que te interesse, mas sou mãe de crianção. - ela se encosta na parede e acende um cigarro soltando a fumaça branca em seguida - Eu tive um caso com o pai de vocês e bem, cuido desse garotinho desde que ele nasceu e a mãe morreu no parto. Sabe como é, homens não sabem cuidar de um bebê.

Está bem enganada. Penso comigo mesma. Sabe sim. Sei disso porque Shawn, apesar de tudo ele cuidou da filha.

-Vocês dois vão se arrepender de fazer isso! - ameaço sabendo que isso era nulo. Quem estava presa aqui era eu.

-Vamos? - Xavier gargalha - Você acha que vai escapar? Que seu querido Shawn vai vir te resgatar? - ele tira a arma da sua cintura e encosta na minha cabeça. Sentir aquele cano gelado na minha pele me causou um leve pânico que realmente eu não pudesse ter outra saída - Sabe onde estamos? Áustria. Sabe onde isso fica? - ele franze o nariz - Bem, não interessa já que esse informação é irrelevante pra você. O importante, é que nunca que seu namoradinho vai saber onde estamos e nem irá vir te resgatar. Então, pode tirar seu cavalinho da chuva e ficar quieta se não eu te mato antes da hora. - ele diz a última frase subindo de tom a cada palavra até que termina gritando no meu ouvido.