16 -God, take me

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Quinta feira da semana seguinte chegou e já estava no fim. As nuvens escuras chegavam juntamente com a noite e o clima ensolarado ia embora.

Passei o dia todo deitada na espreguiçadeira fingindo curtir o dia de sol, vestindo um shorts jeans e uma blusinha regata que me refrescava nesse calor. Claro que um guarda sol me protegia dos raios solares mas mesmo assim fiz um dos cães de guarda me arranjar um protetor solar.

Eu tinha o último livro que peguei na biblioteca em mãos. Eu já tinha terminado ele antes do almoço e agora voltei algumas páginas e fingia ler. Hora ou outra eu virava a página ou soltava algum riso como se me divertisse com a história, mal sabia Marco que estava a uns dois metros que eu não estava lendo nada.

Meu objetivo principalmente aqui do lado dos fundos da casa era ver a movimentação dos guardas. Já que os dias que passei no quarto me ajudaram a observar a parte da frente pela minha janela.

E os óculos escuros me ajudavam nessa missão. Eu olhava para cada canto sem chamar atenção.

-O jantar está pronto senhor Marco. - escuro a voz doce de dona Mirtes avisando ao braço direito de Xavier.

Olho de soslaio e observo ele apenas afirmar e ela vira as costas e segue novamente a cozinha.

Dona Mirtes, uma doce mulher que estava no meio dessa monstruosidade toda. Nós nunca trocamos nenhuma palavra, devido eu nunca permanecer sozinha mas, eu via em seus olhos a mulher doce que existia ali.

Somente com o olhar ela me mostrava compreensão e podemos dizer, pena. Mas tudo bem, eu também sentia pena de mim mesma.

Só que eu não pedi por isso.

Eu fui jogada nesse meio e tenho duas opções mas a pior delas até o momento está vencendo.

-Chega de ler. Vamos! - a voz imponente de Marco me tira dos pensamentos.

Viro o rosto em sua direção e abaixo o óculos apoiando ele na ponta do meu nariz. Sem dizer nada diretamente a ele demonstrando minha submissão, solto um longo suspiro e me levanto deixando o livro e os óculos no mesmo lugar de sempre.

-Onde está Xavier? - pergunto após me sentar a mesa e observar somente um prato posto a minha frente - São mudos agora? - eu encaro Marco e outro segurança na porta da cozinha que não esboçou nenhuma reação, após sinal do homem atrás de mim ele vira as costas e deixa a sala de jantar - Cadê meu irmao? - volto a pergunta me virando em direção a Marco.

-Não interessa. Se ele não te disse onde iria, não vai ser eu a dizer. Agora come logo e vamos subir. - ele diz dando um empurrão na cadeira que me obrigou a virar rapidamente pra frente e segurar na mesa.

Travo minha mandíbula e seguro o garfo e a faca em minhas mãos. A vontade de virar e enfiar a faca na jugular dele estava enorme. E não tardará a acontecer devido a força que segurava a faca em minha mão. Mas nós dois não estávamos sozinhos e seria questão de segundos ate os cães de guarda aparecerem.

Após terminar de jantar, dona Mirtes aparece na sala de jantar para recolher o prato e talheres. E aproveitando o escasso tempo devido a um telefonema de Marco que o levou até próximo a janela para provavelmente não escutar do que se trata, lhe dirijo a palavra.

-Sua comida é muito boa. - falo gentilmente a senhora que me olhou com os olhos tristes e abatidos.

-Obrigada senhora. - ela diz serenamente.

-Me chama de Camila, por favor. - entrego a ela um leve sorriso que foi retribuído com um sorriso tímido - A senhora... - olho rapidamente na direção de Marco e ele ainda falava no celular, teria que ser rápida - A senhora sabe como sair daqui?

Hired To Kill [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora