Capítulo 35

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"Não se culpe. Crescer sempre traz consigo sua cota de dor." Elena confortou Raphael, que olhou para ela.

"Eu sempre me sinto envergonhado. Você é definitivamente mais jovem que eu, mas exala uma aura madura."

"Isso significa que pareço velha, sir?"

Elena respondeu de forma divertida, como uma caloura entrando em uma instituição acadêmica. Para Elena, Raphael era a única pessoa sem ressentimentos de sua vida anterior. Rafael também era uma pessoa amigável. Em sua vida anterior, ela se sentia à vontade conversando com ele, e esse sentimento permaneceu. Enquanto conversava com ele, ela poderia relaxar um pouco.

"É a primeira vez que me sinto tão estranho sendo um veterano. Acho que não consigo lidar com isso." "Sua desculpa é muito grandiosa. Você está fazendo isso de propósito para me deixar desconfortável?" Era a hora deles trocarem piadas e aliviarem sua angústia.

Tak Tak Tak.

Houve um barulho alto de sapatos no corredor além da porta. O som fraco, inicialmente difícil de discernir, foi ficando cada vez mais alto até que finalmente cessou.

"Raphael, você está aí?"

Surpresa com a voz fraca da garota do lado de fora do estúdio, Elena olhou para Raphael, perguntando silenciosamente quem ela era.

"Ela é minha amiga. Ela veio sem avisar. Uh, entre."

Quando Raphael levantou a voz, uma garota com cabelos longos e lisos se espremeu pela fresta da porta.

"Eu disse para você fazer uma limpeza... Ah? Você tem um convidado?"

A amiga de Raphael era mais velha. Era hora de Elena se levantar da cadeira, pois se sentiu obrigada a cumprimentá-la educadamente.

"...!"

O rosto de Elena ficou branco no momento em que ela encarou a mulher à sua frente. Foi um reencontro chocante que foi além da surpresa e quase do espanto.

"Uh, esta é a senhorita Lúcia, minha mentora e conselheira."

"Mentora? Acho que você é uma ótima pessoa para o professor dizer isso?"

A garota estendeu a mão, olhando para Elena com uma expressão curiosa.

"Prazer em conhecê-la. Meu nome é Cecília."

Elena não conseguia tirar os olhos de seu sorriso animado. Ela se lembrou daquele sorriso que a fez se sentir melhor só de olhar para ele.

'Por quê você está aqui? Por que...'

Uma mulher nobre que nunca perdeu a boa fé em todos os tipos de perseguições e momentos. Uma rival que parecia adequada na posição de mãe nacional.

'Por que você está aqui, imperatriz.'

Azar é azar. Elena não esperava que o nó e o anel continuassem assim em seus sonhos. Ela não sabia que era um reencontro disfarçado de coincidência.

"Se você não apertar esta mão, ficarei um pouco envergonhada."

"Ah, sinto muito. Meu nome é Lúcia."

Elena apertou a mão dela enquanto Cecilia sorria sem jeito.

"Você é uma caloura?"

"Sim."

"Caloura. Essa é uma palavra que faz meu coração palpitar. Eu costumava ser tão fresco quanto a dona Lúcia. Tenho inveja de você."

Cecilia liderou o caminho com flexibilidade em uma atmosfera que poderia se tornar estranha, com base em sua energia brilhante e única.

Imperatriz das sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora