Alerta de gatilho: apenas o comecinho de uma crise de pânico.
××××
— Meu Deus, Finney!
Finney suspirou ao chegar em seu quarto e ser surpreendido por Gwen.
Por alguma razão do destino, ela tinha ido buscar alguma coisa ali e deu de cara consigo. Nem houve tempo para Finney esconder o rosto e, consequentemente, os hematomas.
— Olha esse hematoma aqui! - Gwen apontou e tocou no rosto do irmão, que gemeu de dor com o contato. — Tem mais um... Eles estão mexendo com você, não estão?
Não era necessário nomes para que Finney soubesse de quem Gwen estava falando.
— Foi um... - Finney procurou uma desculpa, mas a sobrancelha arqueada e a postura erguida de sua irmã lhe pressionavam demais. — Eu... Caí?
Que ridículo, nem mesmo Bruce, que era muito lerdo e ingênuo, acreditaria em suas palavras.
— Você já foi melhor nisso. - Gwen cruzou os braços. — Eu não vou sair daqui enquanto você não contar!
Finney ignorou a irmã e adentrou seu quarto, largando a mochila em qualquer lugar do chão e caindo de costas na cama. Sentia-se tão cansado e desgastado, seu desenho quase foi rasgado bem na frente de seus olhos.
Para sua sorte, Robin apareceu para lhe salvar. Finney corou e colocou as mãos no rosto.
Ele sabia que teria que pagar pelas ações alheias no dia seguinte, mas não poderia se importar menos. A única demonstração de admiração que estava recebendo teria sido destruída se seu amigo não tivesse aparecido.
Ao menos, Finney esperava que pudesse considerar Robin um amigo.
— Pare de me ignorar, Finney! - Gwen estava uma pilha de nervos. Finney conseguia ver que ela queria gritar e jogar seu corpo pela janela. — Eu vou te sufocar com esse travesseiro.
— Quê? - Finney perguntou em choque. — Que porra é essa?
— Isso mesmo que você ouviu!
Ele revirou os olhos e refletiu um pouco. Não fazia mal desabafar com sua irmã, mesmo que um pouco, certo? Tinha a deixado no escuro por tempo demais.
Era difícil, mas Finney sabia que, se fosse Gwen fazendo isso consigo, ele também enlouqueceria de preocupação.
— Tá, olha - Finney começou, sentando-se. — Eles pegaram um negócio importante de um amigo meu e estão me ameaçando.
Gwen abriu a boca para xingar os motivos da conversa, fazer perguntas e reclamações, mas Finney levantou o dedo indicador para impedi-la e prosseguiu.
— Eu não ligaria, mas... É importante pra mim também.
Aquilo era meia-verdade. As canetas de Griffin não eram importantes para si e o garoto não era tão próximo, mas Robin provavelmente estava desesperado e Finney queria protegê-lo de sua vida caótica.
Além disso, ele não era babaca de deixar os idiotas envolverem outras pessoas por sua causa. Finney estava sendo levado por um senso de justiça e uma vontade absurda de agradar a Robin.
Ele não conseguia entender a razão; antes das férias, odiava Robin - ou desgostava, tanto faz - e, agora, estava aceitando sofrer por ele.
O mundo era muito irônico às vezes.
Gwen mordeu o lábio por um tempo com os olhos semicerrados. Observando direito, Finney percebeu que ela segurava algumas lágrimas.
Naquele momento, uma dor imensurável atingiu Finney, especificamente em seu peito, e envolveu seu coração emocional. Ele tinha feito sua irmãzinha, que tanto amava, chorar.
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Príncipe Charmoso - REESCRITA
Fiksi Penggemar"Você faz parecer como se eu fosse uma princesa em perigo." "Isso faz de mim seu príncipe charmoso?" ou Robin e Finney realmente se desgostam, sequer se encaram nos corredores. Até que, um dia, Robin é obrigado a limpar uma sala com três garotos: Ri...