Becky Armstrong
Freen ta diferente, um diferente bom, desde que ela resolveu reconquistar nossa filha, eu percebo como o coração dela está voltando a ser como no início. Ver o abraço dos três, Freen, Lexa e Allan, foi tão genuíno, não lembro de presenciar algo tão bonito. Allan me chamou e eu me juntei ao abraço, Freen beijou minha testa e eu me senti bem como a muito não sentia. Depois do Allan se despedir da senhora Mary, nós seguimos pra casa da Freen, mesmo com a desculpa esfarrapada dela, eu resolvi aceitar, não é nada demais. No caminho pra casa dela, Allan ficou meio receoso por conta do tamanho da Mel, mas logo se acostumou com a cadela.
- Acho que tá na hora de fazermos um quarto pra você aqui no meu apartamento Lexa. – Freen disse assim que entramos na casa. Allan olhava toda a casa com curiosidade.
- Nem pensar. – a garota disse e nós duas olhamos pra ela. – Eu e Mel ficamos com o seu quarto. – a menina disse de forma sapeca e correu em direção ao quarto da mãe, com a cadela a seguindo, levando sua mochila.
- Ela puxou isso de você. – Freen disse.
- A culpa é minha agora? – e a morena acabou rindo e chamou Allan pra conhecer o quarto dele. O menino olhava cada detalhe do apartamento. No elevador ele ficou totalmente encantado. Freen ofereceu seu braço pra mim com um sorriso sincero e eu o agarrei. Ela foi nos guiando até o quarto ao lado do seu, Lexa saiu pela porta e também nos acompanhou. Paramos na porta com o nome do garoto em letras azuis.
- Pode abrir Allan. – Freen anunciou e soltou a mão do garoto. Ainda estava com o braço entrelaçado ao dela, e me parecia tão familiar, e era. O garoto se aproximou da porta e girou a maçaneta lentamente. Assim que a porta foi aberta vi o quarto que eu havia escolhido com o garoto, a cama em formato de carro, o guarda-roupa cinza com detalhes em vermelho e o grande desenho de um carro da hot wheels. Uma escrivaninha do mesmo modelo do guarda-roupa e dois puffs. O garoto entrou lentamente e logo depois dele foi Lexa e Mel, que foi cheirar o lugar, Freen e eu entramos por último.
- Eu vou dormir aqui? – o garoto perguntou transparecendo inocência.
- Não gostou? – Freen perguntou receosa. Allan olhou pra ela com os olhos marejados.
- Eu não tenho como agradecer. – o menino deixou algumas lágrimas caírem e Freen se aproximou dele e eu fiquei observando ao lado da Lexa. A mulher falou palavras doces e abraçou o menino que realmente estava emocionado.
- Ela tem os defeitos dela, mas é a melhor mãe do mundo. Quer dizer, a segunda melhor, depois da senhora. – Lexa disse com um sorriso singelo. Abracei minha menina e disse que a amava. Eu tenho medo de toda essa aproximação da Freen, não com Lexa, comigo. É difícil negar, Freen foi meu primeiro amor e não existiu nenhum outro. Lembro do nosso primeiro encontro.
Flashback On.
- Mãe, eu vou sair com uma amiga. – anunciei pra mulher que estava sentada ao lado do meu pai, assistindo um filme e eu já estava pronta.
- Se precisar de carona, avise. – meu pai disse e a campainha tocou. Beijei o rosto dos dois. Saí pela porta e Freen estava com um rosto corado e segurando uma rosa. Acabei sorrindo com seu alto.
- Não achei que um buquê fosse apropriado. – ela disse coçando a nuca. Me entregou a rosa e eu senti seu aroma.
- Obrigada Darling. – era a primeira vez que saíamos depois da festa, essa que foi a uma semana atrás. Freen me guiou até o carro do pai dela, começou a dirigir e conversamos todo o caminho, sobre qualquer assunto que surgisse. Foi assim a semana toda enquanto nos falávamos por sms. Ela entrou em um grande pátio, e eu logo percebi o que era. – Um cine drive-in?
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My Mistakes - Freenbecky
RomanceUm casamento que durou poucos anos, uma separação de quatorze anos. Não existe mais sentimentos? O problema é quando o passado insisti em voltar. Com a doença da única filha os caminhos se cruzam mais uma vez. E se tais caminhos quiserem se entrelaç...