Freen Sarocha
- Mãe, que bom que a senhora chegou. Dylan é chato demais. - Anahí riu enquanto o garoto a encarava incrédulo.
- Tia eu não fiz nada, sua filha que é implicante demais. - o garoto se defendeu, abracei Lexa pelos ombros e beijei seus cabelos.
- Vamos lá Mel. - chamei a cachorra que correu para o carro quando eu abrir a porta. - Obrigada por ter cuidado do meu bebê, Annie. - falei e ela assentiu. - Tchau Dylan. - os dois acenaram e nós entramos no carro partindo em direção ao meu apartamento. - E ai, Lexa. Como você está? - meu jeito de saber como está a tensão pré-menstrual da minha filha.
- Tô legal, mãe podemos assistir filmes e comer comida japonesa? - ela perguntou com uma carinha animada.
- Claro, comida japonesa é saudável, sua mama não vai poder reclamar. - falei e dei um risinho. Entrei na garagem do meu prédio e estacionei na minha vaga.
- Tem muito tempo que não venho aqui. - ela disse analisando a garagem quando saiu do carro com Mel ao seu lado, peguei suas duas mochilas e as coisas da cadela antes de guia-la até o elevador.
- Espero que venha mais vezes. - falei e a garota olhou pra cima me encarando.
- Se a senhora me convidar. - ela disse com vergonha.
- O apartamento é seu também. - falei e ela deu uma leve risada. Assim que entramos no apartamento ela correu com Mel ao seu encalço.
- Nós ficamos no seu quarto, ele tem TV. - disse com um sorriso travesso e correu em direção ao quarto. Eu até fui atrás dela, guardei as mochilas no meu quarto e ela já estava ligando a TV jogada na cama.
- Você não devia ir tomar um banho? Ou fazer dever de casa? – perguntei e a garota desviou os olhos da série que passava na TV.
- Eu fiz o dever na casa do Dylan, e banho pode ficar pra mais tarde. – ela deu um sorriso amarelo.
- Quer saber, você tem razão. – falei, tirei meus tênis e me joguei na cama ao seu lado. – Coloca em algum filme legal. – ela mudou de canal até achar um filme de ação, ela me explicou sobre o que se tratava e decidimos assisti-lo. Até que o filme era bom, mas eu tava com sono demais, acabei dormindo na metade do filme.
- Mãe. – Lexa me chamou, mas achei que era só meu sonho. – Vamos lá mãe, acorda logo. – ela disse e balançou meu corpo. Abrir os olhos e vi os seus me encarando, olhei no relógio na cabeceira da cama e vi que já passava das oito da noite. – Eu pedi a comida japonesa, e já deve estar chegando. Acorda, eu vou tomar um banho. – ela disse e eu assenti, levantei e vi que Mel também estava tirando um cochilo ao lado da cama. Lexa foi para o banheiro e eu pra cozinha, esperar meu porteiro anunciar a chegada da comida. Não demorou nem cinco minutos e eu imaginei que Lexa já tinha ligado pelo menos a trinta minutos. Liberei que o rapaz subisse e logo paguei. Levei os sacos de papel para a cozinha e esperei Lexa terminar seu banho. Jantamos juntas no sofá, eu roubando do seu e ela fazendo o mesmo com o meu. – A senhora tem remédio pra cólica? – perguntou.
- Acho que não. – falei. – Você tá sentindo dor? – perguntei e ela disse que apenas um pouco. Terminamos de comer e eu fui tomar um banho. De banho tomado assim que saí do banheiro vi Lexa deitada na minha cama com uma carinha triste e as mãos no pé de sua barriga. – Tá doendo muito? – perguntei e ela desviou os olhos da TV.
- Já vai passar, minhas mãos estão quentes. – ela disse e esfregou sua barriga.
- Vou ligar pra sua mãe. – falei e peguei meu celular procurando o número da Becky.
- O que aconteceu? – perguntou e eu ouvi vozes ao fundo.
- Lexa tá com cólica, o que eu faço? – perguntei e ela suspirou em alívio.
- Coloca uma bolsa de água quente no pé da barriga dela. – ela disse e eu fiz um som nasal concordando. – Se não melhorar você me liga de novo. – falou e eu agradeci me despedindo. Fui até a cozinha e esquentei a água, depois de ter queimado meu dedo pra saber se estava suficientemente quente, coloquei a água na bolsa e levei para o quarto, deite ao lado da Lexa e mostrei a bolsa, ela assentiu e eu a coloquei sobre a barriga dela.
- Se não melhorar você me avisa. – falei e ela se aproximou deitando sua cabeça no meu ombro. Continuei segurando a bolsa enquanto Lexa assistia algo na TV. Eu não conseguir prestar atenção, estava preocupada demais com as dores da minha filha para ao menos saber o que se passava na tela. – Quer jogar alguma coisa? – perguntei com uma mão acariciando seus cabelos e com a outra segurando firmemente a bolsa.
- Que tipo de jogo? – perguntou e eu pensei sobre isso, seria bom conhece-la melhor.
- De perguntas e respostas. – ela pensou um pouco e assentiu. – Okay, desde quando você pratica futebol?
- Tem uns três anos. Eu já jogava, com o Dylan e alguns amigos deles, e como eu era melhor do que alguns deles eu fui praticamente convocada pra entrar no time da escola. – ela disse e eu achei interessante, não sabia que ela era tão boa assim. – Por que a senhora ta solteira até hoje? – perguntou e eu pensei em como responder.
- Acho que eu não encontrei a pessoa certa, e depois da sua mama é mais difícil ainda achar. – fiquei surpresa com o que eu disse. – Você namora? – ela deu uma leve risadinha.
- Não. Onde está a vovó? – perguntou e eu me retraí.
- Está em um asilo, em Nova York. Onde a tia Shay mora. – falei e ela assentiu. – Você me perdoa? – perguntei e ela levantou o rosto do meu ombro pra encarar meu rosto. – Por tudo que fiz a você, por não ter sido presente.
- Eu já perdoei, mãe. – ela voltou a se deitar sobre meu ombro. – Pelo menos a senhora percebeu seus erros. Mama sempre diz que as pessoas podem ter o perdão sempre, mas quando elas percebem seus erros, elas são merecedoras dele. – Becky era uma mãe maravilhosa, ainda tenho que aprender muito com ela. – Quando o Allan vem morar com a senhora? – perguntou.
- Eu preciso de um advogado pra me ajudar da entrada. – falei.
- Conheço uma que é boa. – ela falou e eu arqueei uma sobrancelha.
- Quem? – perguntei com curiosidade.
- Tia Taylor. – disse e eu fiquei em silêncio, não que eu a odeie, ou algo do tipo, ela só pegou o lugar que eu joguei fora. Realmente ela pode ajudar, tenho que passar por cima do meu orgulho por Allan.
- Vou falar com ela.
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My Mistakes - Freenbecky
RomanceUm casamento que durou poucos anos, uma separação de quatorze anos. Não existe mais sentimentos? O problema é quando o passado insisti em voltar. Com a doença da única filha os caminhos se cruzam mais uma vez. E se tais caminhos quiserem se entrelaç...