62 - capítulo

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    Freen Sarocha


- Branquela, estamos todos em família agora em. – Lauren chegou dizendo segurando uma garrafa de cerveja. Rosnei pra ela e Becky acariciou meu rosto tentando me manter calma. Voltei meus olhos para Lexa e ela ainda estava dançando abraçada a Clarke. Eu já havia me sentado, esses saltos doem, Becky está ao lado.

- Lauren, não atormente a Freen. – Camila disse ao lado da esposa.

- E o que tem demais? Minha filha pega a filha dela, tá tudo em casa. –  a Jauregui repetiu e eu comecei a me levantar pra dar uns bons tapas nela, ninguém "pega " minha filha, que palavreado mais chulo. Becky me puxou fazendo eu me sentar no grande sofá novamente. Bufei alto e cruzei os braços.

- Ela tá bêbada, amor. Não liga não. –  acariciou meus braços e beijou meu rosto.

- Quantas cervejas você bebeu, Lauren? – Camila perguntou e a Jauregui colocou o dedo indicador no queixo tentando contar.

- Umas três, eu acho. – ela disse mostrando dois dedos. – Ou foram quatro? – olhou para os próprios dedos e se perguntou.

- Tirando a Vodka. – joguei na roda mesmo e Camila a encarou com um semblante ameaçador.

- Dedo duro. E nem é no bom sentido. – Lauren apontou pra mim e me mostrou o dedo do meio. Dei de ombros e bufei novamente. – Você também bebeu, idiota. – ela disse com uma cara debochada enquanto Camila a puxava fazendo ela se sentar. Becky colocou as mãos na minha cintura e encarou meu rosto esperando uma resposta.

- Foi apenas um gole, e era pra saber o que essas idiotas estavam bebendo. – virei para o outro lado e vi Lexa ainda dançando com Clarke. – Essa música não tá longa demais, não? – perguntei e olhei ao meu redor, vendo Dylan conversando com um grupo de adolescentes. – Dylan. – o chamei e ele me olhou. Veio até mim. – Por que não vai cobrar aquela dança da Lexa? – perguntei e o garoto olhou para as duas.

- Agora? – ele perguntou meio desconfiado.

- É garoto, agora. – olhei pra ele com os olhos suplicantes. – Por favor.

- Tudo bem, tia Freen. Se minhas mães voltarem do banheiro, a senhora avisa onde estou. Acho que a mãe Dulce tá passando mal. Elas já estão lá a uns vinte minutos. –  fez uma careta e eu segurei o riso. Sei bem o que as duas estão fazendo no banheiro. Dylan se direcionou até as duas dançarinas incansáveis e tocou o ombro da Clarke, conversaram alguma coisa e a loira logo deu espaço para o garoto dançar com Lexa. Suspirei e me permitir fechar um pouco os olhos.

- Você mandou mesmo Dylan ir até lá? – Becky perguntou ao pé da minha orelha.

- É só uma música, Lexa havia prometido a ele. – falei e ela deu uma risadinha.

- Você fica tão lindinha com todo esse ciúme da sua filha. – ela disse e deixou uma mordida no lóbulo da minha orelha.

- É por que você não viu o ciúme que tenho da mãe dela. – falei e ela deu uma risadinha. Virou meu rosto em sua direção e me beijou com malícia. Terminou o beijo com uma mordida no meu lábio e o arrastou entre seus dentes. Clarke chegou ao nosso lado e deu um sorriso pra nós, sentou ao lado das mães e vi Lauren dando uma risadinha.

- Filha, sua sogra tá bravinha por que você beijou a filhinha dela. – eu me segurei pra não bater naquela imbecil. Clarke me olhou com uma cara espantada e eu desviei o olhar. Foda-se se estou sendo infantil, é a minha Lexa, eu posso agir como eu bem quiser. Dulce apareceu acompanhada da Anahí e uma música mais agitada começou a tocar.

- Urr, eu adoro essa música. Vamos dançar. – ela não parecia tão alterada. Eu conhecia a música, Lexa a ouve no carro quando a levo para o colégio. Watch me do Silentó. Dulce puxou todos nós nos levando a pista de dança e começou a fazer o nae nae, ensinando a todos nós. Becky se animou e dançou, eu queria uma bebida mais forte que cerveja. Becky bateu na minha bunda me fazendo pular de susto.

- Se anima, amor. – ela me abraçou por trás e começou a fazer passos me obrigando a segui-los. Até que me soltei um pouco e comecei a dançar com ela. Até me arrisquei no nae nae. – Olha pra nossa filha. – o fiz e vi minha menina de cabelos dourados sorrindo abertamente e dançando animada com os amigos do lado. – Ela está tão feliz. – beijou meu pescoço e começou com passos mais lentos. – Deixa de ciúme bobo. Ela é só sua garotinha se divertindo. – minha noiva falou e veio para minha frente. Ficando de costas pra mim e puxando minhas mãos para o redor de sua cintura. – Agora dê um pouco de atenção pra sua mulher. –  falou em um tom arrastado, adoro quando Becky bebe mais do que três cervejas, ela fica bem, digamos, atiradinha. Apertei seu corpo contra o meu e comecei a dançar de forma lenta e esfregando mais do que o necessário nossos corpos. Algumas pessoas já estavam indo embora, eu percebi por que o lugar já está pela metade de quando chegamos. Agora quem estava ali eram os mais jovens. Talvez por isso as músicas agitadas. Bom, melhor assim, sem músicas lentas, se é que vocês me entendem. Cheirei seu pescoço pra me inebriar com o doce aroma, até nisso eu sou apaixonada quando se trata dela, Becky virou o rosto para o lado e eu alcancei seus lábios. Nos beijamos como se só houvesse nós duas no lugar. Becky jogou as mãos pra trás e apertou meu pescoço. A virei fazendo-a ficar de frente pra mim. Já estávamos em uma dança lenta, aproveitando o contato. O Beijo lascivo demais pra uma festa adolescente.

- Vamos sair daqui, procurar um lugar mais calmo. – falei quando nos separamos para respirar. Becky assentiu recuperando o fôlego. Parei para olhar para os lados pra saber se estavam prestando atenção na gente. Pareciam todos alheios. Segurei a mão da minha noiva e a puxei pra qualquer lugar mais escuro e um pouco mais privado. Demorei alguns segundos até encontrar um corredor que estava completamente escuro. Puxei Becky pra dentro dele e a prendi na parede, grudei nossos lábios novamente e o beijo lascivo retornou, agora com mais privacidade. Ouvi um gemido, mas não liguei. Mordi o lábio dela e apertei sua cintura. Becky deu a volta no meu corpo com a perna esquerda e me puxou mais contra ela, eu já podia sentir seu calor em seu centro e só isso me fez arfar. Eu poderia me perder eternamente nesse local.

- BONITO. – a luz foi acesa, Becky e eu separamos nossos lábios e olhamos para o lado encontrando nossa família.

- Meu Deus, até a doutora Benson? – Dylan perguntou e eu olhei pra ter certeza que eu estava com Becky e esse garoto está vendo coisa. – Todo mundo é gay nessa história? - ouvi um barulho ao nosso lado e olhei em sua direção pra encontrar Taylor e Ashley aos beijos, pelo menos estão vestidas. – Gente, eu queria anunciar que eu sou hétero. – Dylan anunciou arrancado risadas alheias.

- Mama, eu posso ser hétero como o Dylan? – ouvi a voz do Allan e me afastei um pouco mais de Becky, o garotinho apareceu entre as pernas das tias e Shay veio atrás dele corada. O garotinho veio em nossa direção e Becky fez um carinho em seu rosto.

- Claro filho. –  disse e eu ainda estava com os olhos arregalados, vendo todos ali e atrás de nós, Taylor e Ashley completamente sem graças. Dulce tinha um sorriso brincalhão no rosto, Lauren parecia alheia demais com uma cerveja na mão. Percebi os outros segurarem uma risada. Tentei recuperar minha postura e pigarreei.

- Aqui não é o banheiro, Bebec. – estendi a mão pra ela tentando disfarçar o máximo que eu poderia.

- Claro, banheiro. – Anahí disse com deboche. Becky segurou minha mão e a de Allan e saímos do corredor. Lexa veio em minha direção e tinha a expressão divertida.

- Mama, tem um pouco de batom da mãe no seu nariz. – ela disse a Becky. – E mãe, tem um pouco de rosto no borrado do seu batom. – ela disse pra mim que ruborizei no mesmo momento.

- A festa aqui tá melhor em. – Lauren disse. – Camz, vamos ficar aqui. – Clarke fez cara de nojo e Camila empurrou Lauren que tentava beijá-la, alegando que ela estava de castigo por causa da Vodka. E eu? Apenas quero um buraco pra enfiar minha cara.

My Mistakes - FreenbeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora