My Mistakes - Freenbecky

61 - capítulo

Oieh gente, uma boa tarde 🤗 saudades? Eu sentir ❤ boa leitura amores. 

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     Freen Sarocha

- Por que tá me puxando, amor? – perguntei a Becky. Hoje é aniversário de quinze anos da nossa filha e Becky ta me arrastando pra fora de casa. Já tem um mês desde nosso encontro. Eu ainda "moro" no meu apartamento. Esse mês eu fui lá pegar as contas. Eu pretendo mantê-lo, por que ter imóveis sempre é bom, mas eu praticamente me mudei pra casa da Becky. Tudo está aqui. Minhas roupas no guarda-roupa, minha escova de dentes ao lado da dela.

- Nada, amor. – ela disse e parou no meio do caminho puxando meu rosto em direção ao seu e me deu um longo selinho. Becky olhou pra trás e vi que Clarke saia junto da Lexa. Minha filha estava com o braço entrelaçado ao da Clarke. – Vai lá trancar a casa, benzinho.

- Mas você me tirou de lá e agora quer que eu volte? – perguntei e ela deu um pequeno sorriso me fazendo bufar. – Tá bom, Bebec. Eu vou.

- Eu sabia que iria. – ela disse enquanto eu estava voltando em direção a casa. Tranquei com Mel dentro que deu um latido. – Vamos, Darling? – Becky disse quando me aproximei dela, esticou sua mão e eu a segurei entrelaçando nossos dedos. Seguimos pra festa com Clarke em meu carro além da Lexa e Allan, claro. Quando chegamos ao local eu podia ouvir a música da calçada do outro lado da rua, mesmo eu pedindo que fosse uma coisa mais calma. Quando entramos Lexa foi bombardeada pelas pessoas e eu a deixei pra trás com Clarke enquanto seguia pra dentro com Allan e Becky. Cumprimentamos vários conhecidos, esse é um problema de dar festas, você tem que fazer sala pra todo mundo, mesmo quem nem você saiba quem é de verdade. Quando cheguei no meio da pista improvisada vi Dulce dançando com uma adolescente, acabei parando para observá-la enquanto Becky levou o Allan pra pegar algumas guloseimas.

- Bora lá bunda branca. – ela disse e me chamou com o indicador. Eu neguei, com as mãos e a cabeça.

- Vamos, Freen. Não somos tão velhas assim. – Lauren passou do meu lado e foi em direção a Dulce, eu olhei ao redor e vi que ninguém estava realmente prestando atenção. Dei de ombros e fui em direção a elas, comecei meio envergonhada, mas começou a tocar umas músicas mais antigas, da nossa época de adolescente e ai já não me segurei. Quando notei quase metade da festa estava dançando com a gente. Becky estava ao meu lado com um sorriso que beirava a perfeição. Lexa nos observava rindo da situação, fui até ela e segurei sua mão, Allan estava ao seu lado e eu também o puxei, os dois começaram a dançar e eu ri do Allan dançando balançando os braços. O garoto fechou os olhinhos e começou a se movimentar no ritmo da música. Rodei a Lexa e a garota se animou, quando eu olhei ao redor, todos dançavam. Sabem cena de filme americano, musicais, quando as pessoas começam a cantar e dançar uma música, e do nada todo mundo dança junto? Basicamente era o que estava acontecendo agora, a diferença era que ninguém fazia os passos coreografados, apenas dançavam. No final da música todos se dissiparam com grandes sorrisos, Allan veio em minha direção e eu me abaixei pra pega-lo em meu colo.

- Mamãe, o que é batizar o refrigerante? Tem que levar ele na igreja? –  perguntou confuso e eu fiquei mais ainda com sua pergunta.

- Onde ouviu isso, pequeno príncipe? – perguntei.

- Tia Dulce e a tia Laur. – ele deu de ombros inocentemente. Essas duas não sossegam nem em um aniversário, o pior é que tem algumas cervejas, mas provavelmente elas trouxeram algo mais forte.

- É uma brincadeira idiota delas, filho. – respondi e ele concordou. Segui a procura das duas travessas com meu filho no colo. Encontre-as em um canto com copos descartáveis vermelhos, Lauren assoviava, assim se entregando automaticamente pra quem a conhece. – O que tão aprontando? – Dulce engoliu o que tinha em sua boca e me encarou.

- Nada, apenas vendo o pessoal se divertir. – ela disse e bebeu mais um gole.

- Sei. – peguei o copo da Lauren e bebi um gole. Allan estava alheio observando as outras pessoas. – Meu Deus, isso é Vodka? – perguntei sussurrando e devolvendo o copo para minha amiga.

- É só um gole, cara pálida. – ela disse e aproveitou para bebericar sua bebida.

- Um gole por que suas mulheres não estão sabendo disso. – falei e revirei os olhos.

- Você não contaria pra ela. – Dulce disse com um rosto espantado.

- Não mesmo, ela bebeu também. Se ela contar pra Camz e Anahí, contamos pra Becky. – Lauren disse e bateu a mão desocupada com a de Dulce.

- Vocês são horríveis. – coloquei a mão sobre o peito e fiz uma expressão indignada. As duas deram pequenas risadas. – Vou atrás da Becky. – virei de costas, mas me voltei pra elas. – Alguém tem balinha de menta ai? – perguntei e as duas riram antes de me entregar duas e darem uma para o Allan que pediu. Andei pelo lugar durante alguns minutos pra absorver o máximo das balas que eu pudesse. A música eletrônica foi diminuída e vi Becky perto do DJ com um microfone.

- É hora da valsa. – ela disse toda animada e eu fiquei com vergonha, ela me fez prometer que dançaria com Lexa e depois com ela. Camila quem me ensinou, disse que eu teria que conduzir as duas, eu não sei nem conduzir minha vida direito, imagina uma dança. Mas um mês de ensaio tinha que valer de algo. Respirei fundo.

- Eu fico com ele, mana. – Shay apareceu do meu lado. Assenti e coloquei Allan no chão. Minha irmã beijou meu rosto.

- Boa sorte, mãe. – meu filho disse antes de se afastar segurando a mão da tia.

- Vou precisar. – falei antes de focar minha visão no centro, notar que a maioria das pessoas já estavam afastadas. Vi Lexa piscar pra mim e acabei rindo. Me direcionei até ela e ofereci a mão esquerda, a garota aceitou e segurei sua pequena cintura.

- Você sabe o que fazer, mãe. – ela disse enquanto encostava seu rosto em meu peito. – Mama deve estar tirando muitas fotos. Ela comprou um cartão de memória maior. – disse e eu acabei rindo.

 Encostei meu queixo em sua cabeça, enquanto repetia os passos em minha mente e os realizava com os pés. Recordei que em sua cirurgia eu prometi dançar e não pisar em seus pés. Só de me lembrar do momento mais delicado uma lágrima fugiu de meus olhos. Inalei o cheiro dos cabelos dourados e deixei um beijo ali. Alguém segurou meu ombro e eu olhei pra trás pra ver Clarke.

- Eu posso? – perguntou apontando pra Lexa e eu olhei pra minha filha que tinha um pequeno sorriso. Vi as pessoas se juntarem e começarem a dançar a música lenta.

- Claro. – beijei o rosto das duas e me afastei deixando elas se juntarem.

- Com licença, moça. Você me concede essa dança? – virei pra trás pra encontrar Becky com um sorriso largo.

- Eu adoraria. – a puxei com cautela e grudei meu corpo no seu. Becky encostou o rosto ao lado do meu, apenas alguns centímetros menor, enquanto acariciava minha nuca.

- Você estava linda dançando com a nossa filha. – ela disse e deu um beijo no meu maxilar.

- Você vem estado linda a noite toda. – elogiei e ela deu uma risada abafada. Aos poucos íamos nos movendo e consequentemente girando nossos corpos, até meus olhos verem algo que não parecia real, não pra mim. Eu tentei permanecer normal, mas senti meu corpo enrijecer.

- O que foi, amor? – Becky perguntou.

- Lexa e Clarke estão se beijando, na boca. – confessei baixinho e minha noiva virou apenas o rosto pra constatar que o que eu dissera realmente estava acontecendo.

- Elas são bonitinhas juntas. –  disse e eu a encarei. Eu sabia que iria acontecer, não sabia que seria com Clarke, eu só não queria ver, com quem quer que fosse. – Ela tá crescendo, Darling. – rápido demais. Foi o que minha mente repetiu. Becky segurou nos dois lados do meu rosto e grudou os lábios sobre os meus, ela sempre me desarma. A abracei apertado e ela fez o mesmo. – Eu te amo.

- Eu também te amo, Bebec.