2 °CHAPTER

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       —É por causa disso que cabras não podem voar, faz sentido, não faz?
      —Claro, Chuck – balancei a cabeça
Não faz sentido nenhum. – sussurrei para Caçarola, que está sentado ao meu lado na cozinha – ele concordou discretamente.                         
    —Então, se acostumou com a clareira? –Caçarola mudou de assunto, antes de Chuck começar a fazer perguntas sobre o que a gente entendeu da sua explicação.
    
      —Já sim, até que quando se acostuma não é tão ruim assim.
    —Poise-continuei — e tá no tempo de chegar outro novato.
    —Vai ser promovido,Chuck –Caçarola completou.
   
       Chuck sorriu,mas rapidamente murchou o sorriso —Que foi pirralho?–questionei, e ele suspirou
     —Quanto mais garotos chegam aqui, menos chance temos de sair desse lugar, não é?
       
    Eu e Caçarola nos olhamos
sincronizados.
      —Bom...– olhei para Caçarola me ajudar —É.. na verdade - Caçarola  começou, e pela sua cara vai falar algo inspirador,sorri.—Não, não vamos sair daqui tã– dei uma cotovelada nele, que soltou um gemido baixo de dor, enquanto eu o encarava incrédula.
      —O que o Caçarola quer dizer, é que a gente não tem como saber isso, não é!?
     —É, é algo imprevisível.
       Chuck pareceu aceitar essa desculpa mal feita. Caçarola se levantou antes de eu poder dar um chute em sua canela.
     —A comida já tá pronta, porque vocês não vão lá chamar o pessoal? –ele disfarçou—Vai lá Chuck,eu vou ficar aqui –ele rapidamente saiu.
      —Valeu hein Caçarola,você daria um belo conselheiro–exclamei—Seu tapado!– Caçarola mudou de expressão —Eu?!Walker, a gente não vai sair daqui tão cedo, tamo aqui já faz três anos–ele abaixou o olhar, fazendo eu me sentir meio mal—fica tranquilo Caçarola, a gente vai sair daqui –abaixei meu tom de voz —E eu vou atrás dos desgraçados que nos colocaram aqui como animais enjaulados Senti o silêncio no local depois do que falei.

      —Você está fazendo aquela cara de novo–Caçarola comentou.
      —Que cara? –fomos interrompidos, pelos meninos que chegam.
    
  —Aí que fome –um dos meninos disse
  —Nem me fale
  —Calor do Caraí –outro comentou
     
        Daí pra frente se tornou um aglomerado,e de algum modo eu fui parar em uma fila, e ainda por cima quase no final dela.
    Senti alguém me dar uma cotovelada nas costas e nem se desculpar,então fui reclamar—Ae presta mais atenç – olhei e vi que era o Minho que tinha me batido, então nem terminei de reclamar, ia ser perda de tempo. Ele me deu uma olhada de canto e continuou seu caminho.
   
       —Olhaaa a filaaa Walker–nem percebi que tava trancando fila, peguei meu almoço e fui sentar em baixo de uma das árvores.
     
      —Impressionante, é uma esbarrada com minho pra você ficar assim –Gally se sentou ao meu lado
      —pra na próxima não chegar de mansinho?
      —E olha só ela mudando de assunto–Gally provocou. Então não respondi.
       —Não acha que deveria se resolver com esse imbecil?
        —Não sei do que tá falando!
        —Ok,não precisa ficar nervosa,Mas já vai fazer um anoele respondeu.
       
      —É melhor fazer silêncio pra comer, antes que eu enfie essa colher na sua goela – Ouvi um leve riso ser emitido por Gally. Me virei para ele,que já está olhando para mim.
      —Isso é uma das coisas que eu mais am–ele se interrompeu — Gosto em você, Walker –fiquei confusa.
     
       —Você gosta de quando eu sou grosseira com você?
      — Anh? Não, tô falando desse seu jeito durona, de que não se importa –ele chegou mais perto de mim—Mas no fundo é uma manteiga derretida–meus lábios se ergueram em um sorriso—Pensa que eu não sei– ele disse —Mesmo depois de tudo, você ainda se preocupa com ele, vive perguntando pro Caçarola se o Minho anda comendo bem ou vendo com o Clint se ele anda se machucando muito lá–me fiz de desentendida —Não sei do que tá falando e além disso você parece um stalker... Galileu
    
      —Eu não sou um stalker, e eu odeio esse apelido–ele reclamou
      —A você ama,vai.–Gally continuou me olhando, mas dessa vez de um jeito esquisito,achei melhor mudar de assunto —Melhor a gente terminar de comer,pra continuar o trabalho–ele concordou.

    Me despedi de Gally e fui lavar o prato.Gally anda muito esquisito ultimamente, parece que quer sempre falar algo comigo e no fim nunca fala, quer saber deixa pra lá.
    
     —E aí Caçarola, cheguei e vim te ajudar–ele me olhou desconfiado — dizendo isso pra na próxima vez ganhar mais comida, não é?
      —Claro que não, meu filho– fingi um tom falso de indignação.
      —Você odeia lavar a louça –nessa parte ele tinha razão—É, mais calor–Caçarola franziu a sobrancelha—Não era pra você ajudar o Alby hoje?–desviei o olhar —Até era, mas ele ocupado–ele arqueou a sobrancelha —Ele em uma reunião com o Minho, quando eles acabarem eu vou lá –eu disse, e vi Caçarola suspirar —era pra você agora, e sabe disso
       —Você que ajuda ou não?–exclamei sem paciência. Caçarola me jogou um pano.     
       —Eu lavo e você seca.–encerramos o assunto.
  
        Conversa vai e vem, louça vai e vem. E finalmente terminamos.
       —Assim é bem mais rápido, não é?–eu disse—É sim, valeu pela ajuda, agora você pode ir resolver o seu assunto lá, o Minho já deve ter voltado pro labirinto.
        —Tem razão, é me– o barulho do alarme e o inconfundível som irritante da caixa de metal subindo invadiu meus ouvidos.
        
      —Parece que finalmente mais um novato chegou– eu disse olhando para  Caçarola.

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    Agora que o nosso querido tommy chegou a história engata.

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                                  Juhh_StarryDreamer
  
     

VIVER É SOBREVIVER (Maze Runner)Onde histórias criam vida. Descubra agora