6° CHAPTER

323 53 21
                                    

"Confusion that never stops
Closing walls and ticking clocks"

         "Confusion that never stops       Closing walls and ticking clocks"

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Chegou o momento do banimento do Ben, já vi isso antes, mas mesmo assim é um nó na garganta. Afinal é um clareano a menos, é um companheiro a menos.
Os meninos estão parados em silêncio no muro para fazer a banição, já eu resolvi ficar do lado e um pouco afastada.

-Traga ele. - Alby mandou.
Minho obedeceu e começou a trazer Ben a força.
- Só me escutem, por favor,só me escutem -Ben disse quase rosnando
-Minho,Alby. - Ben pediu.

Minho fez Ben se ajoelhar e cortou as cordas que amarravam suas mãos. Enquanto isso os garotos apontam as lanças para ele.

-Não, não, não, por favor não façam isso - Ben suplicou, Minho olhou para Alby que fez um sim com a cabeça.
O labirinto fez barulho, pois já ia fechar.

-POSTES! - Alby pediu.
Os meninos começam a empurrar Ben para dentro do labirinto.
-Não, não, não. POR FAVOR ME ESCUTEM,VOCÊS NÃO ENTENDEM.

Ben grita enquanto as portas do labirinto se fecham, o que só torna a cena mais desagradável ainda.
-Ele pertence ao labirinto agora.

Os garotos começam a ir embora, percebi Minho tocando a mão no labirinto, mesmo que não representasse aquilo mecheu muito com ele, minha vontade de ir falar com ele se fez presente.
Minho olhou em volta fazendo nossos olhares se cruzarem, ele franziu a sobrancelha e começou a caminhar me ignorando. Senti meu peito se fechar e arder, me senti fraca por estar assim.

De canto vi o novato com uma expressão meio assustado olhando para as portas do labirinto.
- Thomas, melhor começar a tomar mais cuidado -eu disse, sem entender exatamente porque. Vi ele me olhar confuso.


Comecei a arrumar minhas coisas para ir me deitar, o dia não foi nada agradável e o clima pesou na clareira.

-Walker - me virei e vi Alby
-Precisamos conversar.
Segui Alby sem fazer perguntas, e quando percebi estou na frente da cabana onde só os corredores podem ir, a sala dos mapas. Já vi que as coisas iam pesar para meu lado.

Entrei e vi Minho, o que fez meu humor só melhorar,e pela sua cara o dele também.
-Isso não deveria ter acontecido, Ben ser picado a luz do dia - Alby disse.
- Isso quer dizer que talvez tenha verdugos perto da clareira - Minho comentou.
-Por isso temos que seguir o rastro do Ben - me virei para Alby confusa, não entendi onde ele queria chegar com isso e porquê eu estou aqui.
-Olha Alby, acho meio difícil alguém querer entrar lá depois disso - eu disse -E além disso, aonde que eu me encaixo nisso?
-Walker, precisamos de alguém como você para entrar lá, e você sabe disso -meus olhos se arregalaram.


Voltar?Lá? Alby ficou maluco, olhei para Minho que não tinha expressão nenhuma.
-Que? - foi a única coisa que consegui pronunciar.
-Eu não disse? -Minho soltou uma risada sem humor.
-Walker, você sabe que se a gente encontrar com uma daquelas coisas, a chance de sobrevivermos se você estiver são maiores.
- Alby eu não sei não - eu disse, não queria entrar lá, mas depois de tudo isso não queria deixar eles irem sozinhos.

- Nossa Walker, como sempre sendo ótima em tomar decisões, hein. -Minho falou em um tom irônico. Me virei para ele -É melhor você ficar na sua Minho!
-Eu fico na minha e sou ótimo em tomar decisões, diferente de você né?
-O que querendo insinuar? - andei até ficar cara a cara com Minho.
-Eu nada, você!
-Já chega! Parecem crianças com essas briguinhas sem sentido! -Alby se meteu em nosso meio.
-Então Walker? Você vem?

- Para ficarem depois insinuando coisas sobre mim? - encarei Minho -Boa sorte dentro.-comecei a andar em direção da saída.
-Walker -Alby chamou então parei de andar -Se mudar de ideia , amanhã saímos no mesmo momento que os portões abrirem.



Deitada em minha rede pensamentos inundam minha mente.
O problema não era encarar o labirinto, muito menos os verdugos, o problema era a culpa que ainda me corrói por dentro, e entrar lá era como voltar a viver uma cena que eu nem lembro direito.
E ir com Minho só piora a situação, já que ele me culpava pelo que aconteceu.


-Walker - voz de Newt me chamando se fez presente. Olhei para baixo e o vi.
-O que?
- A gente pode conversar? - fiz um sinal de sim e comecei a descer da rede, já que Newt ia sofrer se tentasse subir.
-Vem ,senta aqui - me sentei na pedra indicada por Newt.-Alby me contou oque ele e Minho vão fazer amanhã
-Veio aqui tentar me convencer a ir junto?
-Não, eu vim aqui pra se você precisa do seu amigo conselheiro.
Me virei para olhar Newt, eu não sabia o que dizer, então só dei de ombros.
- Olha Walker, acho que você deveria tentar de novo, como você era no começo quando chegou aqui, se lembra?
- Eu era uma paranoica sem noção, sempre desconfiando de tudo e todos - eu disse rindo.
-Mas também era aventureira, estava sempre arrumando alguma coisa no mínimo perigosa pra fazer - Newt disse sorrindo. -Sabe, as vezes eu sinto falta daquela Walker.
Abaixei minha cabeça com a fala dele-Eu também Newt, eu também.
-Pense sobre isso, não foi culpa sua oque aconteceu dentro do labirinto -A mão de Newt segurou em meu ombro me fazendo olhar para ele - E eu tenho certeza que Minho concorda comigo.
-Adoro seu pensamento garoto - dei um sorriso triste para Newt.
-Vou deixar você colocar a cabeça no lugar de novo, boa noite passarinho - ele disse e me deu um beijo na bochecha.
-Boa noite loirinho.

Voltei na minha rede com as palavras de Newt em minha cabeça, talvez ele tenha razão, talvez eu devesse parar de picuinha e me mecher.

-Walkerrr - alguém me chamou de novo, esse povo não tem o que fazer não?
-Que é?- era Gally que está embaixo.
-Podemos conversar?
- Tô descendo.

- Eu vim ver como você tá, sei que você era amiga próxima do Ben.
- A gente não tava se falando muito ultimamente, mas é, eu odeio isso.
Gally passou seus braços em volta de mim em um abraço, eu retribui.
-Odeio, odeio isso, eu queria poder salvar todo mundo daqui, levar a gente pra um lugar calmo e tranquilo -senti o aperto do abraço ficar mais apertado.
-Shiii, tudo bem, a gente não pode salvar todo mundo. -Gally começou a passar a mão em meu cabelo.
-Isso não é justo -minha voz saiu chorosa.
-Eu sei -Gally falou.
Eu não costumo ficar chorosa na frente dos garotos. Me sinto frágil e fraca, mas perto dele me sinto acolhida.

Saímos do abraço, e eu senti falta do calor. Estamos bem perto um do outro, tão perto, perto demais, e Gally parecia se aproximar ainda mais.

Um barulho fez a gente se afastar, era Chuck que tinha pisado em um galho, ouvi um suspiro pesado sair de Gally.
-Boa noite.
-Boa noite Gally -Gally se despediu indo pra sua rede de dormir.
-Desculpa atrapalhar
-Atrapalhar o que Chuck?
-É...deixa pra lá.
-Aconteceu alguma coisa? -falei preocupada.
-É que eu não consigo dormir -Chuck disse todo disfarçado.
-Espera aí.

Arrumei a rede para baixo e mandei Chuck se deitar comigo.

E agora olhando para ele penso que um garoto tão jovem nem deveria estar em um lugar como esse. Mas parece que os "criadores" não tem um pingo de noção sobre isso.

Só que eu também não tenho muita noção, e não vou deixar que Alby e Minho entrem sozinhos no labirindo com aqueles malditos bichos.






____________________♡

Mais de mil leituras? Uaauaaaauu obgg

Se eu conseguisse postava pelo menos uns 2 capítulos por semana 😭

Obrigadaaa pelos votos e comentários, eu amo eles (somos uma família já ksksksks)

BJSssS~

Juhh_StarryDreamer

VIVER É SOBREVIVER (Maze Runner)Onde histórias criam vida. Descubra agora