CAPÍTULO 3

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POV RONAN

Quando meus pés tocam o insalubre chão do clube de prostituição, sinto-me sanguinário, ansiando por derramamento de sangue. Em breve. Por enquanto, vou só brincar um pouquinho.

Vou para os fundos da sala e me sento em uma mesa isolada, todos os outros tomam cuidado para sentar longe de mim.

Bom.

Não preciso de pedófilos e homens de pau frouxo que pagam para foder meninas inocentes perto de mim.

Cada pessoa nessa porra de lugar me enoja e, se eu não estivesse à trabalho não poderia estar mais longe desse lugar medíocre.

Eu sou a porra do Ronan Ivanov, não pago por boceta.

Principalmente por essas que já devem estar arregaçadas depois de tanto serem usadas.

Esse clubinho de quinta categoria pertence a um velho conhecido meu, Governador Petrov. Há alguns dias, esse idiota resolveu foder com meus negócios e agora estou mais do que disposto a mostrar o que acontece quando você tenta foder com os Dark Riders.

Quando eu terminar, ele vai aprender a andar na linha.

As mulheres entram e saem do palco mas mal presto atenção, não vim dar lances, vim colocar esse lugar à baixo.

Eu tinha meu objetivo em mente e estava focado, até ela.

Quando a loira – número 32 – subiu ao palco, me senti hipnotizado. Linda pra caralho. Mas não foi sua aparência que chamou minha atenção, foi seu olhar e postura. Ela estava de pé, em uma postura confiante, como se aquilo tudo não fosse nada, mas seus olhos... seus olhos a traem. Terror brilha neles.

Um sorriso cresce nos meus lábios, antes que eu perceba dou um lance. Todos se viram para mim, e desafio cada homem no recinto com o olhar para dar um lance maior, tentar ir contra mim.

É claro, ninguém o faz.

Eles viram o meu cut e a insígnia de Prez nele.

A loira me encara e vejo-a ficar pálida, sua máscara caindo. Isso faz meu sorriso aumentar.

Minha intuição me chama para essa garota, tentando me dizer que ela não é uma garota qualquer, e minha intuição está sempre certa.

Posso me divertir um pouco com ela antes de continuar meus negócios. Afinal, sou um homem paciente.

Ela sai do palco, e sou guiado para um quarto nos fundos do lugar. Abro a porta e a garota está de pé no meio do quarto, totalmente perdida.

Ela é tão pequena e frágil. Sua pele branca parece ser macia como um algodão, o cabelo loiro está solto e caindo sobre os seios fartos que se escondem atrás de um sutiã preto de renda. A calcinha mal passa de um tecido fino, apenas para não dizer que está nua.

Sinto meu pau crescer contra a calça.

Porra, ela parece um maldito anjo.

Um anjo que caiu nas mãos de um demônio – se não, do próprio diabo.

Que sorte, eu diria.

Ela me vê e sua postura de superioridade volta, mas seus olhos gritam de medo. Dizem que os olhos são a janela para a alma, a dela está escancarada na minha frente.

— Deite-se. — mando, mas ela não se mexe. Ergo uma sobrancelha ao ver sua desobediência. — É surda? Eu mandei deitar na cama.

Dessa vez, ela me olha como se não entendesse. Estrangeira, presumo.

— Fala inglês? — tento. — Ou espanhol? Francês? Alemão? Holandês? Polonês? Italiano? — vou passando por cada idioma. Sorte eu ser um gênio poliglota.

— Falo inglês e italiano. — ela responde, em tom confiante. Pelo sotaque, ela é da Itália. Talvez do sul?

Começo a falar italiano com ela.

— Deite-se na cama. — volto ao meu tom sério de antes.

Vejo-a vacilar em sua expressão de indiferença.

Meu sorriso se alarga.

Eu não tenho nenhuma pretensão de foder essa garota, mesmo que meu pau esteja duro como uma pedra. Só quero assustá-la um pouco.

Ela deita de costas na cama, encarando o teto. Quando me aproximo, seus olhos se fecham. Passo a ponta dos dedos por toda a extensão de seu corpo, e sinto-a endurecer sob meu toque, sua pele se arrepiando.

Um suspiro trêmulo escapa dela.

Medo? Excitação? Talvez, ambos?

Sento na cama ao lado de seu corpo imóvel. Sua pele é macia sob meu toque, apesar de um pouco irregular, e um sentimento cresce em meu peito.

Vício.

Sinto-me intoxicado, como se tivesse acabado de cheirar uma carrera. Meus dedos trilham sobre o sutiã e belisco um de seus mamilos duros, ela geme de dor. Seguro uma risada. Ela está parada como uma boneca, mas é fácil de arrancar reações dela.

— Sinto o cheiro de sua excitação daqui. — provoco.

Seu corpo endurece mais ainda. Minha mão desce pelo seu corpo, até chegar no interior da sua coxa, perto da entrada.

— Não me toque. — sua voz é severa.

Levanto o olhar e encontro-a me encarando, ódio brilhando em seus olhos verdes cristalinos.

— Eu te comprei, você é minha agora. Se eu quiser te tocar, eu vou.

— Eu não quero. — fala novamente.

Rindo um pouco, me curvo sobre ela.

— Pouco me importa se você quer ou não, eu vou fazer com você o que eu bem entender.

Então, ela cospe em mim.

A cadela cuspiu em mim.

Quando percebo, ela está me chutando para o lado e correndo em direção à porta.

Limpo o rosto e vou atrás dela. No momento em que ela está se aproximando da porta, agorra-a com força e prenso ela contra a parede, seu pequeno corpo contra o meu grande e minha mão firme em seu delicado pescoço.

Frágil.

Eu poderia machucá-la.

Eu poderia matá-la.

Eu não vou.

Sinto seus olhos me queimando, tamanho ódio neles, e a sensação faz meu pau endurecer ainda mais. É excitante ter sua vida por entre meus dedos.

Seus olhos ficam assustados e sei que ela sentiu minha ereção crescente cutucar sua barriga.

Meus dedos apertam em sua garganta, não para cortar seu suprimento de ar, mas para manter sua total atenção em mim.

— Seus movimentos são desleixados e sua técnica é medíocre. Você achar que poderia fugir de mim é um insulto à minha pessoa. Porém, sua luta é excitante. Adoro um bom jogo de gato e rato.

— Você é estranho. — ela atira.

— Vai descobrir que sou muito mais do que isso, Krasavitsa.

Ela franze o cenho ao ouvir o apelido.

— Não me chame dessa merda, seja lá o que for.

Arqueio uma sobrancelha, divertido. Até que a garota tem coragem.

— Eu vou te chamar da porra que eu quiser, Krasavitsa. E você não pode fazer nada para impedir isso.

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