•𝕹𝖔𝖛𝖊•

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Estella

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Estella



Sábado

Entrei em casa olhando em volta, estava tudo uma bagunça e sem dúvidas eu não poderia receber Bill com a casa naquele estado.

Então comecei a fazer os três principais passos para uma faxina: amarei o cabelo, liguei o rádio no máximo e por fim peguei os produtos de limpeza.

Comecei a passar pano em alguns móveis enquanto curtia a música, de repente me peguei parada tentando analisar se os gritos que eu tava ouvindo eram da música ou vinham do lado de fora.

Fui até o rádio e baixei o seu volume, quando o volume ficou mudo eu só pude ouvir um último suspiro do que era possivelmente o grito mais horrível que eu já havia ouvido.

Todos os pelos do meu corpo se arrepiaram de horror e eu fiquei paralisada por algum tempo tentando entender o que havia sido aquilo.

Balancei a cabeça tentando afastar aqueles pensamentos e o grito aterrorizante que ecoava na minha cabeça.

Após terminar de arrumar toda a casa, subi até o quarto para tomar um banho quente. Eram 19:00 quando entrei de baixo do chuveiro, minha cabeça ainda insistia em se perguntar sobre o acontecido de mais cedo.

Alguém deveria estar olhando TV alto demais.

Ensaboei os cabelos e fechei os olhos para que o shampoo não os irritasse, enquanto esfregava o couro cabeludo comecei a me sentir observada, mas observada como se alguém estivesse embaixo do chuveiro comigo.

Abri os olhos rápido apenas para ter certeza que eu estava sozinha ali, e estava, era óbvio que eu estava sozinha.

Sai enrolada na toalha, passei a mão sobre o espelho embaçado e comecei a pentear os cabelos. Uma brisa gelada encostou nas minhas costas me fazendo arrepiar, olhei para trás e vi a janela aberta.

Como isso está aberto, tenho certeza que estava fechada quando entrei.

Me aproximei da janela, olhei para o lado de fora, completamente escuro, mas quieto. Fechei a janela e resolvi sair logo do banheiro, faltava pouco tempo para Bill chegar e eu precisava estar pronta.

Coloquei um blusão listrado preto e vermelho, calças jeans pretas e calcei minhas pantufas. Arrumei meus cabelos na frente do espelho antes de sair do quarto.

Já na sala coloquei algumas cobertas e almofadas no sofá e testei o DVD, tudo certinho, agora só faltava ele chegar.

O tempo parecia não passar, e as oito horas não chegavam nunca.

Sentada no sofá roendo as unhas, eu checava às horas a cada cinco minutos, tinha a sensação que a hora não mudava, mesmo que eu sentisse que os minutos passassem.

The boys next doorOnde histórias criam vida. Descubra agora