Capítulo Cinco.

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- Então isso... Estava bem na nossa porta? - Questionou Vaggie, recebendo a concordância de Angel e Husk.

À alguns metros de distância, assustando os demônios que transitavam pelos corredores do hospital, se encontrava uma pequena criaturinha de pelugem contrastada entre vermelho e preto. Seus minúsculos chifres indicavam que o animal parecia ser um filhote, todavia, a coisa ensanguentada que o mesmo carregava, não parecia ser algo adequado para um filhote caçar.

- Que porra é essa? - Husk foi o primeiro a questionar.

- Ah, ele é até que... Meio fofo! - Elogiou Charlie, tentando amenizar a primeira impressão sobre a criaturinha.

- Ele é um pouco... "Zoiudo" - Corrigiu Vaggie, observando a vesguice do animal.

- Ele parece do tipo que te assassinaria durante o sono. - Teorizava Angel.

- Ele é um gato, não pode matar alguém. - Defendeu Charlie.

- Ele está, literalmente, carregando um braço decepado na boca, Charlie! - Contra-argumentou Angel.

- Isso pode ser tudo, menos um gato. - Concluiu Lúcifer, analisando a criaturinha que começava a arrancar pedaços da coisa ensanguentada que carregava.

- Embora desagradável... - Comentava Alastor, aproximando-se da criaturinha infernal - Ele tem o meu cheirinho!

- De podridão? - Completou o loiro.

- Não exagera, pequenino. - Dizia Alastor, rolando os olhos e pegando o animalzinho infernal no colo.

- Ele fede, Alastor. Larga essa coisa! - Contestava o loiro ao mesmo tempo em que Husk contorcia sua expressão em desgosto devido ao cheiro de puro sangue que aquela criatura emanava.

- Nada que um banho não resolva. - Solucionou o demônio, arrancando o braço decepado da boca do animal e ganhando rosnados em troca.

Angel abraçava sua própria barriga por conta das náuseas que sentiu quando enxergou o Demônio do Rádio arremessando aquele resto de carne ensanguentada, e possivelmente podre, pela janela, deixando a criaturinha extremamente raivosa por tal feito.

- Não. Nós não vamos ficar com esse... Essa coisa. - Decretou Lúcifer.

- Acredito fielmente que o Hazbin Hotel exista para ajudar os demônios. - Alegou o Demônio do Rádio, acarinhando a criaturinha que já começava a se debater em seu colo - E esse diabinho nos meus braços claramente precisa de ajuda. Ou de um banho, ao menos...

A verdade era que, Alastor não gostou nem um pouco daquele bicho estrábico e sanguinário, mas, um gato daria menos trabalho do que um pato no estabelecimento.

Todavia, ninguém sabia se aquilo era mesmo um gato.

Deveriam contar com a sorte para que o bichano fizesse suas necessidades nos locais certos.

- Não. Sem chances. Devolvam esse... "negócio", para as profundezas onde o acharam. - Recusou o loiro.

- Mas pai, Alastor está certo. Ele precisa mesmo da nossa ajuda! (E de um banho). - Manifestava-se Charlie - Por favor, pai...

- De jeito nenhum!

- É um gato, Luci. Não deve dar tanto trabalho assim... - Amenizou Alastor, olhando fixamente nos olhos da criatura que tentava, desesperadamente, se soltar do demônio - Que tal voltar conosco, criaturinha demoníaca?

- Nem fudendo! - Contrariou o rei.

~
- "Cat". - Sugeriu Charlie, secando o animal com uma toalha branca.

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