Lúcifer adorava banhos.Não tinha coisa melhor do que sentir a água quente chocando-se contra sua pele em uma noite fria.
Em contrapartida, as águas eram incapazes de levar todos os seus problemas e preocupações para o ralo, como ele gostaria.
Enrolando-se em uma toalha, Lúcifer saiu do banheiro, dando de cara com o quarto desarrumado de Alastor.
Isso era incomum. O quarto do demônio era frequentemente limpo e organizado pelo mesmo, todavia, o loirinho espantou-se quando chegou e viu a zona em que aquele cômodo estava.
E não havia nenhum sinal do Demônio do Rádio.
Após secar-se e trajar suas vestes costumeiras, o loiro deitou-se na cama, desejando apagar e se esquecer de todos aqueles contratempos, adversidades e obstáculos presentes em sua vida.
Um dia de paz, era pedir muito?
- Precisamos conversar.
O loirinho se sobressaltou com a voz repentina de Alastor.
Procurando ao seu redor, Lúcifer enxergou seu namorado de braços cruzados e recostado na parede do canto mais escuro do quarto. Parecia uma entidade.
Ou um encosto.
- Onde esteve!? - Inquiriu o baixinho furioso.
- Enquanto você estava batendo papo com aquela chifruda... - Começou o demônio, desabotoando seu paletó, visto que o cheiro da bebida impregnado em suas vestes já começava a lhe incomodar - Soube de algumas informações trazidas por Rosie.
- Você desrespeitando Lilith dessa forma? - Questionou o loirinho arqueando uma das sobrancelhas - Aconteceu alguma coisa? Ou... Isso é ciúmes, Al?
- O que senti ou não, é irrelevante agora. - Contornou o demônio, retirando seu paletó - Precisamos tomar uma atitude. Quanto mais tempo se passa, mais você se torna vulnerável.
- O que quer dizer com isso!?
- Precisamos achar um lugar seguro para você. Pelo menos, até que nosso filho venha ao mundo. Em trinta dias certos Overlords vão atacar, e não posso deixar você e nosso filho em risco. - Esclareceu Alastor, despindo-se de sua camisa social vermelha, deixando aquelas variadas cicatrizes à mostra - Não precisa se preocupar, afinal, são apenas os Vees. Dou conta deles sozinho perante a sua ausência.
- Oh, já não bastam os céus...
- O que disse? - Suas orelhas se atentaram ao escutar a palavra "céus".
- Os anjos começarão um novo extermínio em trinta dias... - Se lamentou - E adivinha só por onde eles vão começar?
- Certo. Agora sim é motivo de preocupação! Devemos fugir. - Concluiu o demônio, aflito.
- E abandonar o sonho de Charlie!? De jeito nenhum!
- Podemos reconstruí-lo depois. Você é a minha prioridade agora.
- E a sua prioridade escolhe ficar. - Determinou Lúcifer, decidido - O Hazbin Hotel é uma força de resistência. Se o abandonarmos, o que dirão sobre Charlie? - Questionou em irritação - Já vencemos uma vez. E venceremos de novo!
- Da outra vez você não estava carregando uma criança no útero que eu nem sabia que você tinha!
- Como se uma gravidez fosse me impedir de ajudar a lutar pelo sonho da minha filha!
- Da outra vez, os demônios do seu próprio reino sequer cogitavam em atac-
- Eu vou ficar! - Decretou o loiro, com firmeza - E se você quiser fugir, se esconder e sumir por mais sete anos, a porta está aberta, Al.
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AppleRadio 2
Mizah- Que porra é essa? - Questionava Husk. - Ah, ele é até que... Meio fofo! - Elogiou Charlie. - Ele é um pouco... "Zoiudo". - Corrigia Vaggie. - Ele parece do tipo que te assassinaria durante o sono. - Teorizava Angel. - Ele é um gato, não pode matar...