Capítulo 21 - Desespero

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Quando encostei levemente minha boca nos lábios de Samanun, senti-os mais gelados que o natural e um sabor bem suave de cassis com morango, nossos sovertes

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Quando encostei levemente minha boca nos lábios de Samanun, senti-os mais gelados que o natural e um sabor bem suave de cassis com morango, nossos sovertes. Juntas tínhamos um gosto incrível. Ficamos trocando pequenos beijos, como se fosse uma apresentação. Samanun deu passagem e nossas línguas se encontraram.

Aquela mistura de quente e gelado só nos absorvia ainda mais. Minha memória me traiu, o beijo dela era um milhão de vezes melhor do que eu lembrava. Não tinha pressa, só desejo, vontade de ficar ali, sentindo toda minha língua se entregando. Uma das mãos de Samanun se encaixava atrás da minha cintura e os dedos me pressionavam levemente, de um jeito todo carinhoso, deixei escapar um pequeno gemido que a incitou mais ainda, senti toda sua língua derretendo na minha boca intensificando o gosto de sorvete de morango.

Minhas mãos desceram e tocaram a nuca de Samanun com suavidade e nossa pele se arrepiou por inteira. Precisávamos de ar, nossa respiração estava descompassada. Delicadamente no separamos e sentia minha testa colada à dela, nossos seios se pressionando e o batimento sentido em nossos peitos estava mais acelerado que o normal. Samanun demorou um pouco para abrir os olhos. Ela não desfez nosso abraço. Com a ponta dos dedos, fazia carinho no meu rosto. Minha mão se perdia entrelaçada nas sua. Nunca pensei que ia sentir algo tão bom em ficar ali. Nossos olhos se encontraram e ela sorriu para mim de um jeito acanhado, sorri de volta.

Eu estava parecendo uma garota ás voltas do primeiro beijo, não sabia direito o que falar, o que fazer e não tinha mais nenhum controle sobre minhas ações. Se aquela mulher mandasse eu tirar a roupa ali, eu tiraria sem questionar. Uma de suas mãos se enterrou nos meus cabelos. Estávamos a um passo de outro beijo quando o chato do celular de Samanun nos interrompeu. Aaaaah se eu pego o filho da mãe que ligou. Se eu pego o idiota que inventou o celular então!

- Oi Kim! Pode falar. Não estou ocupada não.

Kim? Kim? Kim? Ela deixou de me beijar para ter todo tempo do mundo para falar com a Kim? Eu era uma idiota mesmo. Depois de um beijo desses, eu esperando algo carinhoso, um sorriso, um outro beijo e ela atende o celular para falar com a namorada, ou sei lá o que dela.

- Não, é assim mesmo... Pode falar!

Me levantei e saí da praça antes de Samanun notar minha ausência. Quando cheguei em frente ao prédio de Yuki, lembrei da Samanun acordando a vizinhança com o escândalo que fez e sorri tristemente.

Só eu mesmo, tinha duas e não tinha nenhuma.

Eu queria o que, me arrisquei, fui, beijei e levei o tapa na cara, agora é vida que continua, Kornkamon.

- Kornkamon, espera!

- Samanun, você não precisa me lembrar de nada. Foi só o que? Um beijo, um beijo acontece toda hora e foi porque a gente estava perto uma da outra e...

- Quer me deixar falar, Kornkamon? – Samanun segurou meus ombros e me fez calar. - Eu lembrei!

Instintivamente me calei.

Between - Fanfic MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora