Nós duas estávamos paradas, uma de frente para a outra. Eu não sabia o que dizer, mas nem precisei falar nada. Samanun me abraçou e me beijou de um jeito carinhoso envolvendo seus braços por trás. Beijou meu rosto todo, aproximou a boca da minha orelha.
- Eu adoro você.
- Então me dá um beijo?
Só foi ela aproximar a boca da minha para o meu celular tocar. Eu já estava começando a desconfiar que as pessoas tinham um combinado com a minha operadora. Cada vez que eu aproximasse minha boca da de Samanun o empata da vez ganhava um bônus de crédito, não era possível. Pensei em não atender, mas o chato era persistente e continuou me ligando.
- Oi Yuki?! - ... – Mas ela já foi para o hospital? - ... – Aaaah... Ela já foi? Tá, eu vou e fico com ela ai... - ... – Yuki, eu sou médica, eu sei o que fazer... -... – Tchau, fica com Deus! - ... – Desde quando você não acredita em Deus, Yuki?! Tchau! - Desliguei. – Eu vou ter que ir até a Yuki. – E expliquei. – A Noot passou mal de noite, foi no hospital de manhã e não está se sentindo bem...
- O que ela está sentindo?
- Dor nas costas, abdominal, deve estar com resseca pós balada... – Eu disse despreocupada. – Mas vou lá senão a Yuki não trabalha direito...
Samanun fechou o rosto e por fim fez um gesto afirmativo.
- Tá, eu te dou uma carona. A Noot está em casa agora?- Ligou pra Yuki e disse que assim que sair do hospital ela voltava pra casa, por quê?
- Por nada! Vamos?
Em menos de uma hora chegávamos ao centro de Chiang Mai. Samanun não ia trabalhar mas tinha que ficar com Nueng. Eu subi para o apartamento, Kade e Jim estavam no hospital, Yuki deixou a chave comigo e eu fiquei lá tentando dar uma organizada naquela bagunça enquanto observava Malee brincando na cama.
Cada dia ela parecia estar mais comprida e esperta. Com quase quatro meses ela descobria algo para se entreter por conta própria, seus próprios dedinhos das mãos e dos pés. Quando as coisas estavam muito quietas eu dava uma espiada e lá estava ela com os dedinhos na boquinha ou brincando com os penduricalhos do carrinho.
- Lelê, o que você acha da gente virar vizinha da Samanun?
Ela já me reconhecia, levantava a cabeça, me acompanhava com os olhos, sorria pra mim. Ela mexeu a cabeça como se entendesse o que eu falava.
- Já sabe que a mamãe, é a mamãe?- Perguntei brincando com ela. Minha filha me olhou e pegou o chocalho com a mão. – Quer brincar com a mamãe?
Enquanto eu me distraia com Malee a espera de Noot, ela saia do hospital. Já pegava o caminho de casa quando foi parada por um carro. Samanun na direção fez um sinal para que ela entrasse. Meio cautelosa Noot aceitou a carona. Pararam em uma rua menos movimentada.
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Between - Fanfic MonSam
FanfictionEssa história é uma ADAPTAÇÃO! Esqueça tudo que já leu em fic MonSam e abra seu coração pra essa comédia com pinta de filme besta dos anos 2000 :) Kornkamon é uma jovem médica residente talentosa, mas com uma vida pessoal completamente desmoronada...