Capítulo 31 - Tramas paralelas

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Minha sorte estava lançada

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Minha sorte estava lançada. Samanun me encarou, parecia estar tranquila. Mal sabia eu a batata quente que ela estava prestes a soltar em minhas mãos. Na minha cabecinha recheada de insegurança, ela ia inventar algum compromisso inadiável e eu iria levar um não pela testa.

- Eu tenho duas condições e uma pergunta antes de aceitar. – Samanun fez uma pausa para refletir sua próxima fala. – Eu quero levar o Arun, primeira condição. – Ok, nada demais e seria até legal para ela não se sentir deslocada. Concordei no mesmo minuto. – Segunda condição, assim que você voltar para Chiang Mai vamos explanar tudo o que rolou entre a gente para a Nueng, juntas. – Só dela falar no nome da irmã senti um arrepio nas costas. Deixo bem claro que não um arrepio de prazer, mas de medo. – Kornkamon, eu não quero que a minha irmã pense que está sendo enganada. Não gosto de fazer nada pelas costas. Você me entende?

É claro que entendia. Só tinha que convencer minhas pernas a pararem de tremer feito vara verde e meu coração parar de errar as batidas cada vez que eu pensasse em encarar Nueng e dizer:

"Oi Nueng, como tem passado? Tudo bem? Também estou passando muito bem. A propósito, sua irmã é ótima de cama."

Não, não, não. Ela ia me odiar a vida inteira. Está certo que não estávamos mais juntas, mas eu não a odiava e nem queria vê-la afastada e com raiva de mim como se eu fosse o pior ser existente do mundo. E tenho certeza que se eu contasse o que estava acontecendo ela ia me encarar dessa forma. Por outro lado, eu não queria e não precisava viver escondido de ninguém. Oras, Kornkamon, você não terminou o namoro justamente porque queria tudo às claras? Agora você quer voltar atrás? Seria muito pior, por exemplo, se algum dia ela pegasse nós duas na cama. Ou pior, eu dissesse um não a Samanun e ela desistisse do "sei lá o que" que estava rolando entre nós. E ainda outra questão me esquentava a cabeça: Eu iria voltar para Chiang Mai? De maneira inteligente ela me fazia ver que na verdade eu tinha um monte de dúvidas e não podia cobrar certezas de ninguém. Dei os ombros a Samanun.

- Desculpa...

Em resposta Samanun me fez um carinho e me abraçou.

- Não precisa me pedir desculpa por nada minha linda, a gente não fez nada de errado, aconteceu. – Samanun me deu um beijo no rosto e fez um carinho. – Só quero deixar tudo bem claro. – Nos entreolhamos um tanto entristecidas, ninguém fica cem por cento contente em uma situação daquelas. – Quando é esse aniversário da sua amiga Risa? Eu vou!

A encarei incrédula.

- Sério?

Samanun deu de ombros.

- É só um aniversário. – Ela me encarou com um risinho divertido. – AAAAAh, eu quase ia esquecendo, faltou uma última pergunta...

- O que?

- Eu não vou atrapalhar seu encontro com o mauricinho?

Ela usou aquele tom de quem quer implicar. Era uma boba mesmo. Eu ia conseguir me lembrar do Phoom com ela do meu lado? Em resposta lhe dei um beijo na boca entrelaçando minhas mãos em sua nuca e a puxando para mim reacendendo nosso contato. Caímos na cama, eu por cima de Samanun e ela acabou me confidenciando com um sorriso no rosto.

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