Capítulo 44 - Incêndio

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- Que exagero, Sam

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- Que exagero, Sam... – Dona Yo advertia a neta. Sam media a pressão arterial da avó com o aparelho próprio. Depois do susto que elas nos deu reclamando de dor no peito, se dependesse de Samanun, Dona Yo só sairia de casa após uma bateria de exames completa. – Eu estou ótima, não esquente... Eu me preocupo com você. – Fez um carinho na bochecha de Samanun. – Como você está meu anjinho?

Samanun deu uma olhada no aparelho de pressão. Também passei meus olhos de relance. 12/8. Pressão de menina. Estava ótima.

- A mesma sem vergonha de sempre, vó. – Samanun brincou. – Sua pressão está perfeita. Pronta para outra Dona Yo. Mas pega leve, viu? – Debochada. – Balada nem pensar, quer diversão vai ter que se contentar em uma biriba com as amigas...

- Eu apostei com os monges mais antigos e ainda estou por aqui... Nunca faço uma aposta que eu sei que vou perder... – Disse dando uma piscadinha marota. - Logo hoje que eu tinha uma festa com as meninas... Vou ter que telefonar e desmarcar com o DJ... – Não se enganem, esse "as meninas" eram tudo acima dos 80 anos. Art a encarou surpreso. – Que foi menino? Acha também que velha não sabe usar telefone? AAAAAAH! – Demos uma risadinha. Claro que o porre da minha sogra não riu. – Pois vocês saibam que quando Graham Bell fez a primeira ligação e disse alô eu que atendi do outro lado da linha!

- Graham Bell?

- Sim, o inventor do telefone. – Sim, ela estava se referindo AO criador do telefone, aquele cara que vemos nos livros de história. – Foi o homem que deu o primeiro telefonema, vocês não têm mais aulas de História no colégio, não?

Samanun deu uma gargalhada, abraçou a avó.

- Hoje eu já falei que amo você? – Deu um beijo estalado em sua bochecha. – Sua gatona!

Já falei que eu amava essas tiradas da Dona Yo? E o cuidado e carinho dos netos e bisnetos com ela então?

Graças a Deus que o seu mal estar foi apenas passageiro. Pelo menos serviu para baixar os ânimos de mãe e filha. Eu estava vendo a hora que a Samanun ia perder a cabeça e voar no pescoço da mãe. Dona Waan "agradável" como sempre começou a apressar dona Yo para irem embora. Art, esperto, sacou que iria sobrar pra ele e tratou de se enfiar na cozinha com a desculpa de pegar um copo d'água. Eu fui atrás dele e deixei Samanun tomando conta da Malee. Quando o encontrei na cozinha sua cara não era nada boa. Como eu imaginava, ele não queria ir.

- A vó Yo é legal, mas a vó Waan só fica dando bronca... Eu pedi para o motorista avisar pra tia Nueng que eu ia dormir com a minha... Com a Samanun. Ela nem dormiu direito. – E então ele me confessou. – Eu quero ficar aqui Kornkamon, a Samanun disse que eu podia ficar. – Bobo, era o que ela mais queria nesse mundo. – Inventa uma desculpa, Kornkamon.

Desculpas não me faltavam. Eu podia dizer que ele estava indisposto, que estava doente, ligar pra Nueng, informá-la da situação e pedir pra ela derreter o coração da bruxa entre outras n situações. Achei melhor agir de forma estratégica e diplomática. Tá certo que não era ideal entretanto julguei que seria melhor para todos.

Between - Fanfic MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora