Uma Longa Noite

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Voltei para passar o finalzinho do feriado com vocês, amou?

Obs.: Preparem os lencinhos...

VOTEM!!

Boa Leitura.

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Acompanhar aquela cena que assistiam naquele momento doía em Juliette, doía muito. Ver Sarah mole sobre aquela maca, totalmente inconsciente, sendo arrastada para dentro da ambulância, era desesperador. Os socorristas tinham seu sangue em suas mãos, a máscara de oxigênio foi colocada em seu rosto de forma apressada. Cobriram seu corpo com uma manta térmica para que a temperatura não caísse ainda mais.

A maca foi colocada dentro da ambulância, Juliette viu a cabeça de Sarah balançar com a movimentação, ela estava mole, não tinha reação, nada. Os socorristas correram afim de conectarem os cabos dos monitores em Sarah, os batimentos eram fracos, muito fracos. Viu no olhar espantado da médica que não era um bom sinal, muito longe disso.

:- PRECISAMOS CORRER PARA O HOSPITAL! – a médica gritou. – VAMOS!

Todos os outros médicos assentiram. O motorista preparou a marcha, estavam prontos para correr até o pronto atendimento.

:- DEIXA EU IR COM ELA! – Juliette grita se aproximando, sua mão impedindo a porta da ambulância ser fechada enquanto já tentava subir no automóvel.

:- Me desculpe, mas não pode vir aqui. – a médica diz com pesar, mas precisavam correr.

:- POR FAVOR! – a menina quase implorou.

:- Juliette! – Fátima correu até a filha a puxado.

:- Não, mãe. – se agita nos braços de sua mãe. – Por favor! – suas falas era desesperadas entre as lágrimas enquanto tentava alcançar a ambulância que acabava de fechar as portas. – Deixa eu ir!

Ela pediu no mesmo instante em que o carro arrancou. A ambulância acelerou se afastando da delegacia enquanto Juliette correu atrás dela, até que já estava longe de mais e ela parou no meio da rua, seu olhar viu a ambulância dobrar na esquina e sumir de sua vista. As lágrimas molhavam seu rosto enquanto seus braços abraçaram o próprio corpo tentando se aquecer da brisa fria daquela noite.

Juliette sentia seu corpo tremer, sua respiração se acelerava, seu coração estava rápido demais. Fátima correu até a filha, suas mãos seguraram os braços da menina virando seu corpo, fazendo com que ficasse de frente para ela. Sua filha chorava de forma intensa.

:- Isso aconteceu porque ela me salvou, mãe. – diz entre seus soluços. – Foi para me salvar!! - Seu olhar desceu para suas mãos e vendo seus dedos manchado de vermelho. – Ai meu Deus! – agitou seus dedos de forma apressada tentando se livrar do sangue já seco. – MEU DEUS! – esfregou os dedos em seu vestido manchando o tecido branco. – Ah! – viu os dedos ainda sujo. – Não sai!! – diz desesperada.

:- Juliette. – Fátima diz apressada ao ver a situação da filha. – Juliette!! – a menina parecia não a escutar. Os olhos castanhos estavam arregalados, o rosto banhado em lágrimas, as mãos se esfregavam agitadas no vestido. – JULIETTE!! – grita segurando as mãos da filha, se preocupou ao ver que a garota estava à beira de uma crise. – Olha para mim!! – Pediu.

O olhar castanho caiu sobre sua mãe. Seu corpo ainda tremia, ainda sentia seu coração pulsar acelerado, acelerado de mais. Sentia culpa, mesmo sabendo que a culpa não era sua, mas a sensação irritante de "culpada" estava lá em sua consciência, a importunando, piscando a cada segundo. Em sua mente apenas se passava que estava prestes a perder Sarah, que Sarah não estava nada bem e era tudo por sua causa, se a loira não a tentasse salvar, nada daquilo estaria acontecendo.

Tentação - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora