Capítulo 17

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Siga meu comando

Narrador| Point of View

Na manhã seguinte Austin acordou desnorteado e a luz solar atrapalhava sua visão, encosta o rosto na frente do volante e se assustou com o barulho da buzina ao pressionar o botão sem querer.

Era de manhã e estava dentro do seu carro nos fundos da mansão Jauregui, as caixas de entregas estavam vazias no banco de trás e passou a mão pelos cabelos sentindo uma dor latejante.

Lentamente seu subconsciente estava voltando a processar e saiu do carro em passos lentos, quando notou aquele taco de beisebol no banco da frente se lembrou um pouco dos acontecimentos e rapidamente subiu as escadas para tocar a companhia.

De imediato ninguém atendeu e se desesperou entrando às pressas em busca por Camila, os cômodos estavam vazios e ao encontrar na sala de música os móveis estavam no lugar, o espelho inteiro e sem sinal da mensagem escrita a sangue nas paredes.

Ao seguir aquele som musical viu uma mulher de frente para a pia terminando de lavar os pratos, estava de vestido azul e cabelos soltos.

- Camila...

- Austin! - virou-se com a mão sobre o peito - Quantas vezes irá me assustar?

- Camila...Onde ela está? - se aproximar analisando seu rosto - Machucou você?

Ela franziu as sobrancelhas o analisando e suas roupas estavam esfarrapadas demais, não parecia o Austin que conhecia e ele murmurava acontecimentos catastróficos demais para a mulher assimilar.

- Austin...- retirou as mãos do homem de perto das suas bochechas. Ele notou esse gesto, olhou para suas mãos e nunca viu unhas tão bem feitas quanto aquelas, tinha quase certeza que ela não estava usando esmalte na noite anterior.- Fique calmo, porque não senta para me acompanhar no café da manhã antes de ir para a cidade.

- Mas...a noite passada.

- Ah...a noite passada

Olhou para cima soltando uma baixa risada e se afastou dele.

- Não sabia que você bebia tanto a ponto de esquecer o que aconteceu, aliás. Está me devendo uma caixa de legumes grátis.

Desnorteado ele sentou na primeira cadeira que viu, repousa o cotovelo na mesa e tentou lembrar-se de ontem a noite.

- Minha cabeça parece que vai explodir, preciso de algum remédio.- com dificuldade semicerrou os olhos, repousa a mão sobre sua testa não escondendo a expressão de dor.

- Vou preparar um chá para essa ressaca e procurar um remédio.

Quando ele retirou a mão da testa olhou automaticamente para a mesa que continha mais um prato com legumes e a colher ao lado, aquela boneca estava intacta.

- Merda! - sobressalta da cadeira ao notar a boneca no ambiente.- Essa coisa não tinha explodido?

Camila retornou para a cozinha segurando uma cartela de remédios, e pegou água para ele não engolir no seco.

- Não é necessário xingamentos a essa hora da manhã e ainda mais na frente de Lauren. Odeio que você faça isso com ela presente, controle suas palavras, Austin. - repreendeu o homem e colocou a cartela na mesa ao lado do copo.

- Mas... A boneca...

- Ela está o vendo agir como um lunático. Tome o remédio e se não quiser tomar café da manhã pode se retirar.

A Boneca ~ CAMREN Onde histórias criam vida. Descubra agora