Capítulo 38

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Quinze segundos

Narrador| Point of View.

- Austin, você acredita em destino?

- Não, não acredito. Acho que somos responsáveis por nossas escolhas e ações, e que nosso futuro é moldado por elas.

- Interessante. Eu sempre pensei que o destino tinha um papel maior em nossas vidas, que tudo já estava predestinado de alguma forma.

A morena sentindo a adrenalina correndo pelas veias conforme a velocidade aumentava. As gotas de chuva batiam contra seu capacete, mas ela mantinha os olhos fixos na estrada, concentrada em seguir as pegadas deixadas pelos pneus que buscava rastrear. A gasolina estava quase acabando, mas Lauren não podia parar agora, não depois de ter chegado tão perto de encontrar o que procurava.

A tempestade começou a se intensificar, o vento soprando forte e dificultando sua condução. No entanto, o foco de Lauren era ainda maior. Ela acelerou ainda mais, sentindo a motocicleta tremer sob ela. O barulho do motor misturava-se com o som da chuva, criando uma sinfonia de emoções e adrenalina.

Finalmente, após horas de perseguição implacável, Lauren avistou um alvo à distância. Um sorriso triunfante se formou em seus lábios encharcados pela chuva. Ela havia conseguido. Com um último impulso de velocidade, ela alcançou o veículo que buscava rastrear, pondo fim à sua perigosa jornada naquela noite de chuva intensa.

- Entendo o seu ponto de vista, mas acredito que nossas escolhas têm consequências e é isso que determina nosso caminho.

- Então, você acha que somos completamente responsáveis pelo que acontece conosco? Ela enxugou os lábios com o pano e olhando o lado de fora da janela viu a chuva piorar a vista e ela só conseguiu ver os faróis de algumas motos se aproximando.

Lauren acelerou tanto a moto que ao frear quase caiu da moto e desceu dela, derrubando-a no chão para pegar o machado e caminhar rapidamente até a entrada da lanchonete. A adrenalina corria solta no corpo de Lauren enquanto ela se aproximava da entrada da lanchonete. Seus passos eram firmes e decididos, sua expressão séria e focada. O homem que limpava o chão não percebeu sua chegada iminente, mergulhado em seus pensamentos.

Ao levantar o machado, o brilho de decisão em seus olhos era visível, o sorriso no rosto era puro êxtase. O homem finalmente notou sua presença e ergueu os antebraços em um gesto de defesa, mas era tarde demais.

O machado cortou o ar com precisão, o som metálico ecoando pela lanchonete. O sangue jorrou e manchou as paredes, uma cena grotesca e aterrorizante se desenrolando diante dos olhos atônitos de todos os presentes. Lauren não hesitou, não lamentou. Ela agiu com precisão e eficiência, como se estivesse cumprindo uma missão há muito tempo planejada.

E após o ato violento ser consumado, ela lançou um olhar gélido para os presentes, o machado ainda em suas mãos ensanguentadas. Um silêncio tenso pairava no ar, interrompido apenas pelo som das batidas aceleradas dos corações presentes naquela lanchonete. Lauren acenou de forma casual para o homem caído no chão, antes de se afastar lentamente, desaparecendo na escuridão da noite.

- Sim, em grande parte sim. Claro que há fatores externos que influenciam, mas no final das contas somos nós que decidimos nossas ações e lidamos com as consequências.

As pessoas da lanchonete estavam petrificadas de medo, com expressões de terror estampadas em seus rostos. Alguns estavam tremendo, enquanto outros tinham os olhos arregalados, em choque com a situação. Todos estavam encolhidos em seus lugares, sem coragem de se mover, temendo ser a próxima vítima de Lauren.

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