Capítulo 16 - Vi enfim a luz brilhar.

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▪︎Pov Rebecca:▪︎

Meses se passaram depois do aniversário do Aran e finalmente chegamos no mês que estávamos esperando tanto.

O mês em que eu finalmente iria me casar.

Bem, poucos sabem o quanto eu esperei por esse momento, finalmente poder me casar com a Freen? Isso parece um sonho.

Nossa semana está sendo muito corrida, o avô de Freen me ligou para eu ir buscar as alianças que ficaram prontas. Segundo ele, membros da família real devem ter alianças dignas.

Nesse momento eu estou com o Aran indo em direção a saída do shopping, eu estava comprando o terno dele para o nosso casamento.

Até que ele viu um brinquedo de massinha na vitrine de uma loja de brinquedos. Ele tem quase todos esses brinquedos, mas esse era lançamento e ele correu até lá.

-Mamãe, compra pra mim!-Ele pediu para mim sorrindo. Eu posso comprar esse brinquedo, mas não é bom dizer sim o tempo todo.

Eu sei que não estive presente na vida dele durante 5 anos mas agora que estou eu vou ser. Tenho o direito de educa-lo e não acho certo dizer não o tempo todo.

-Não meu filho, agora não.-Respondi e ele fez uma cara de desentendido.

-Mas você sempre me dá...-Ele olhou para baixo. Eu notei que ele estava triste esses dias devido a nossa rotina corrida, não estamos tendo muito tempo para ele, infelizmente.

-Mas hoje não, Aran.-Falei e tentei puxar ele pela mão para continuarmos andando.

-M-mas eu quero...-Ele soltou minha mão e cruzou os braços.

-Meu filho...outro dia vemos isso, mamãe tá com pressa, ainda temos que passar em outro lugar...por favor, não dificulte as coisas...-Falei mas ele fingiu que não me ouviu e se sentou no chão.-Aran, por favor! Vamos!-Elevei o tom de voz, estava começando a ficar estressada.

Eu havia começado a treinar recrutas no exército, isso faz com que eu me estresse facilmente, perdendo a paciência fácil e acabo gritando. Lembrando desse fato, eu coloquei a mão na cintura, virei de costas para ele, respirei fundo e apenas tentei não chorar.

Foi aí que eu percebi que ser mãe não é uma tarefa fácil. Eu não sabia lidar com certas situações. Por isso comecei a cogitar a ligar para Freen. Mas eu pensei em outra coisa.

-Vamos logo!-Deixei a sacola com as compras no chão, peguei Aran no colo e ele começou a chorar e bater as pernas e os braços. Logo em seguida, eu peguei as sacolas e comecei a andar em direção a saída novamente.

-Mamãe, eu quero!-Ele ainda chorava, esperneando mas eu nada disse, apenas segui em silêncio.

Por sorte, eu estava no tesla, que é mais fácil de colocar ele na cadeirinha. Coloquei as sacolas no banco do carona e logo depois abri a porta onde ficava a cadeirinha dele.

Coloquei o cinto de segurança nele e ele começou a chutar o banco na frente, que por coincidência era o meu.

E metade do caminho foi ele chorando e chutando o banco, falando que eu sou má e que ele queria a Freen.

Quando ele finalmente aceitou que não iria ganhar o brinquedo, ele ficou quieto e eu notei sua cara emburrada e os braços cruzados. Ele tem todo o jeito da Freen quando está chateado.

-Fiquei chateada com isso que fez hoje.-Comecei a falar.-E eu espero que não se repita, e espero também que você entenda que não pode ter tudo que quer na hora que quer. Você precisa de limites.-Ele nada falou, continuou com aquela cara.

AU FreenBecky: 𝚂𝚞𝚛𝚙𝚛𝚒𝚜𝚎 𝙻𝚘𝚟𝚎   Onde histórias criam vida. Descubra agora