Olhos de Sangue (IMAGINE SASUKE)

Capítulo 24

 Meus olhos se arregalam com suas palavras. Como assim? Ele sabe do Sora? Como? Ele esteve me observando será? Eu me pergunto em choque, diversas coisas se passaram pela minha cabeça.

- fala... O que ele disse pra você de mim? - Ele diz entre os dentes.

- Disse que você era mal e que era para eu me afastar... - Eu digo chorando baixinho em seu ouvido, isso parecia ser prazeroso para ele, já que riu.

- e por que ele disse isso?

- Ele já sabia... Ele disse que eu cometi um erro...

- Pensar em um bem pra si não é errado...- Ele diz com um sorriso começando a distribuir beijos em meu pescoço. - Mas fazer o que?.. Agora você ja é minha, e não pode escapar mais

- Sasuke por favor me solta.... - Eu digo com a voz embargada de medo. Eu coloco minha mão sutilmente em seu peito e empurro de leve para afasta-lo mas ele não se afasta. - Sasuke...

- A sua prima vai levar o cargo... Você vai ter que mata-la, sabe disso não sabe? - Meus olhos se arregalam em choque, matar? mas eu nunca matei ninguém, será que estou pronta pra isso?... - Não duvide de si mesma meu leãozinho, você tem melhorado bastante. - Dito isso o Uchiha coloca suas mãos em meus olhos e sinto uma ardência surgir no local por trás das lágrimas, oque ele estava fazendo? Sentia meu peito doer. Uma ira se alastrar, eu sinto meus dentes ranger, sinto uma dor em meu peito, como se uma estaca estivesse me perfurando. Eu reprimo um grito feroz que queria sair de minha garganta. Eu levo minha mão até meu peito e o aperto, queria poder arrancar meu coração inflamado. 

- Chegou a sua vez de mostrar o que é capaz! - Uma névoa avermelhada começa a nos rodear balançando meu cabelos rebeldes com seu vento violento

- Deus, eu imploro! Que eu não me arrependa! - Eu grito alto chorando sentindo minha cabeça girar e meu corpo começar a se sentir dormente. Sasuke ri alto de forma malévola, como se tudo fosse uma brincadeira de criança para ele. A névoa a nossa volta se dissipa revelando a sala de minha casa. Estava minha prima ajoelhada na frente de meu pai. Ela usava um kimono lilás lindo. E todos estavam ali, todos de minha família e até mesmo Fuyumi. Sinto meus olhos arderem e o ódio se aflorar por meu peito, me dando uma visão vermelha de tudo, vermelho, vermelho sangue, vermelho carmesim era o que eu via. Eu me boto de pé e encaro a sala  de minha casa por todos os lados, até Sora, meu anjo traidor estava ali, eu vi o medo em seus olhos, ele viu o erro que cometeu. 

- O que ela esta fazendo aqui? - Pergunta meu pai me olhando com desgosto enquanto declara que minha prima tomaria meu lugar como a sucessora de nosso clã, aquela que governaria para ajudar os mais fracos, aquela que seria amada pela família.

- Eu vim curtir a festa papai, foi uma pena não me chamarem - Eu digo completamente possessa com uma voz calma e angelical. Meus pulsos fechados tremiam. Minha prima se coloca de pé a minha frente.

- Não se preocupe, eu irei acabar com ela! - Diz Asami de forma feroz, mas isso era patético, ela tinha a força de seu Byakugan, mas eu tinha a força de um demônio, ,melhor... Eu tenho a força do meu ódio. Meus olhos pulsam e sinto minha visão se clarear pela primeira vez, pela primeira vez usaria meu Byakugan, pela primeira vez mostraria para os tolos que a maioral sou eu. Meus olhos me permitiram ver seus pontos vitais, seu chakra, e meu passado, eu finalmente vi a possibilidade de ser a mais forte. O chakra que me circulava brilhava em um tom carmesim. Minhas mechas negras e onduladas levitavam com tamanho poder que exalava de mim. Pude ver os olhos se arregalarem de pavor de cada familiar. De cada um que disse ser meu amigo, e até mesmo de meu amor fracassado. 

 Eu parto para cima de minha maior inimiga, com os olhos manchados de fúria. Sem ela nem ter tempo para reagir, minha mão atravessa seu peito, arrancando para fora seu coração sangrento. Conseguia ver Sasuke sorrir dentro de minha mente. Não era eu, não mais.

- Youko o que você fez?! - Grita meu pai raivoso. As outras pessoas na sala gritam apavoradas. Meu tio Agari coloca as mãos na boca em espanto e dor ao ver sua sobrinha doce e inofensiva, matar sua outra sobrinha sem nem pensar duas vezes, como um animal selvagem. Sora sensei pula até mim e o corpo atirado no chão de Asami. Eu me viro e chuto seu abdômen fazendo voar longe.

- Eu sou mais forte! - Eu grito em fúria, mas não era apenas minha voz que saia, a voz de Sasuke saia juntamente da minha.

- Por que fez isso Youko?! - Grita Hinata chorando

- É simples! Eu sempre fui um bicho para todos vocês, nunca fui o suficiente por não ter o Byakugan. Será que eu sou o suficiente para você agora papai?! - Eu grito rindo completamente fora de mim,.

 - Você não é mais a minha filha!

 - Eu deixei de ser a muito tempo, desdo dia em que você me destruiu. Só você foi tolo para não ver que eu te amputei de minha vida, como uma perna amputada. - Eu digo arrancando uma perna de Asami que já estava morta no chão.  Algo chamou minha atenção, eu só não via o interior de cada um naquela sala, como estava vendo mortos também. O senhor que havia morrido a um tempo atrás do qual meu pai e meus tios estavam discutindo sobre a herança. Pessoas que tiveram uma morte dolorosa que eu nem fazia a menor ideia de quem eram, o pai de Neji e aqueles olhos doces e gentis, os olhos de minha mão encarando o mostro que eu me tornei, ela chorava com dor e aquilo me desmanchou. 

- Eu só queria o seu amor... Por que esta chorando papai?... Você criou este monstro, e agora chora por que ele te matou? - Eu digo com um sorriso desaparecendo e reaparecendo atrás de meu pai, acerto cada ponto de chakra com força fazendo o local tocado ficar com uma marca levemente avermelhada. 8 Trigramas. E la  estava meu pai jogado no chão sem vida  no meu de toda aquela gente após eu ter perfurado seu coração com minha própria mão.  As pessoas gritavam desesperadas enquanto choravam. Minha irmãzinha Hanabi chorava abraçada em Hinata. - Esse é o triste dos seres humanos, Eles criam seus próprios monstros, e depois que eles os destroem eles acham ruim... - Eu pude ouvir eles me chamarem de monstro, perguntando onde estava a verdadeira e doce Youko, mas... Onde estava ela?... Quem era aquela ali? Eu realmente matei meu pai e minha prima?! O desespero começa a afundar meu peito, Eu realmente havia feito isso? Mão me perdoe... Eu queria tanto ser doce como você, forte como o papai... Perdoa-me Deus, não era eu. Eu fui apenas um fantoche de Sasuke.

  A mesma neblina avermelhada de antes me cerca, me impossibilitando de ver o estrago que minhas mãos fizeram. Mas eu sei que os únicos que sobraram na casa, foram Sora, meu tio favorito Agari e Fuyumi que chorava como uma criança, e os corpos mortos de meu pai e minha prima. 

- Eu completei a minha vingança... - Eu digo sem acreditar enquanto choro. A culpa caindo sobre mim lentamente ao ver minhas mãos sujas de sangue, eu era um monstro. Eu era o lixo que Asami disse que eu era. Me recordar do corpo deles ali na sala, só provou que o quão baixa eu era...

- Youko! - Eu ouso Sora gritar a plenos pulmões enquanto aquela nevoa escarlate me rodeia

- Me perdoe Sora-sensei... Isso só mostra o quão baixa eu sou....

- Você foi manipulada! Se você se arrepender, talvez signifique que tenha uma chance pra você!- Sora grita com os olhos encharcados. E Sasuke me abraça por trás fazendo a névoa se dissipar. 

- Não tem não... Ela já esta ligada a mim agora - Sasuke diz com uma voz doce enquanto me prende em seus braços. A única coisa que eu posso fazer era chorar.  Era só o que eu sabia fazer.

- O que eu fiz?... - Eu direciono os meus olhos para sora tendo medo e desgosto de mim mesma. Eu o vejo em sua forma angelical, mas acho que era tarde demais para ser salva. - Sora- sensei... Por que não me salvou?... - Eu pergunto chorando vendo o mais velho ajoelhado chorando junto. 

- Você completou a sua vingança meu leãozinho... Agora você é toda minha. - Sua névoa nos rodeia mais uma vez, e eu posso sentir minha visão ficar completamente escura, não podendo ver mais nada e nem sentir mais nada. Talvez este seja o meu fim...

- Agora você sera toda minha... Como sempre teve que ser - Ele sussurra com suas palavras quentes em minha orelha.