Olhos de Sangue (IMAGINE SASUKE)

Capítulo 12

  Eu caminhei por mais um tempinho e logo cheguei no vasto campo esverdeado e vazio. Mais para frente estava o riacho. Sem querer perder tempo eu começo um treinamento intenso . Eu concentro meu chakra pelo meu corpo e começo a lutar contra o vento e o vazio, dando chutes no ar e socos em sequência. Estou disposta a fazer o meu melhor. Nunca mais quero ficar para trás, vou mostrar para meu pai que serei uma boa governanta, e Asami morrerá de inveja da minha força.

  Eu alimento a minha determinação e o meu foco deixando meu corpo completamente cansado. Me assusto ao ver o anel de rubi brilhar em um tom vermelho intenso. 

 - O que é isso? Por que ele ta brilhando? - Eu paro e encaro o anel me sentindo intrigada. Sem me importar eu volto a treinar  tentando manter o foco sem me distrair com o brilho do anel. 

  Após o treinamento eu caminho até o riacho. Eu tiro minhas sandálias e permito-me deixar meus pés correrem pela grama esverdeada. A grama passa pelos meus dedos fazendo uma leve cósquinha.  Eu caminho lentamente até que meus pés possam encostar na água gelada do riacho. Eu mergulho meus pés na água até os tornozelos. O vento bate com força em meu rosto levando meus cachos bagunçados para longe de minha face. O vento causa pequenas ondulações na água. Eu fecho meus olhos e respiro fundo levando a tensão para longe de meu corpo. Eu tento ativar meu Byakugan, mas falho miseravelmente.

 Diferente dos outros olhos especiais deste mundo o Byakugan é um olho que não precisa ser despertado, ele é apenas um olho do qual precisa ser exercitado, mas eu não consigo fazer isso. Pergunto-me qual é o problema que a comigo. Será que eu sou mesmo uma Hyuga? Por que eu não consigo usa-los? Será que eu preciso de um impulso como o ódio ou o amor? Mas não faz sentido... Por que eu não consigo? ...

 Eu solto um suspiro frustrado. Eu saio da água e volto para o gramado. Caminho lentamente e calço minhas sandálias novamente. Eu começo a caminhar em direção a minha casa. estava exausta e minhas roupas estavam completamente sujas. Eu caminho pelas estradas de Konoha lentamente, apenas observando os moradores da vila. alguns eram senhores de idade e outros apenas criancinhas jogando bola com seus amigos. De repente vejo Hikari andando com Amaia. Eu corro para um beco para que elas não me vejam. Eu suspiro aliviada ao saber que elas não sentiram a minha presença. eu ando com mais presa até chegar em minha casa. 

 Eu entro em casa e vejo meu pai na sala conversando com Hinata.

 - Olá Pai, olá Hinata. - Eu os saúdo subindo as escadas em direção ao meu quarto.

- Olá- Eles cumprimentam sem nem se importar por eu ter saído.

 Eu entro em meu quarto e pego minhas roupas, seguindo em direção ao banheiro. Eu começo a me despir e logo começo a tomar um banho quente. A água leva toda a sujeira de meu corpo pelo ralo. Eu passo o sabonete pelo meu corpo com cuidado e começo a lavar e enxaguar meus cabelos. 

  Eu termino meu banho, me seco e me visto com minhas novas vestes, as quais eram pijamas quentinhos e limpos. Eu vou para meu quarto e me sento na penteadeira. Pego a escova e começo a pentear meus cachos negros e embaraçados, eles exalavam um doce perfume de coco por conta do creme. Eu começo a modelar meus cachos com a ajuda de meu dedo indicador.

  A noite la fora já estava começando a surgir. O sol se despedia de mais um dia cansativo para os trabalhadores  de Konoha. Repentinamente a chuva começou a cair lá fora, junto de alguns trovões. Meu quarto estava com as luzes apagadas, nem me dei ao luxo de acende-las. Só queria terminar meu cabelo e me deitar, estava exausta do dia de hoje.

  Olho-me no espelho e ao invés de meus olhos de cristais percorrerem pelo meu reflexo eles vagueiam pela escuridão do meu quarto atrás de mim  e me assusto ao ver dois olhos vermelhos com cor de sangue me encarando no escuro. Meu semblante cansado e relaxado se torna em espanto e terror. Seus olhos eram tão brilhantes quanto o brilho do anel de rubi.

 -  Boa noite leãozinho. - Uma voz aveludada me cumprimenta das sombras.