17 | Sentimentos confusos e vazios.

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   ME SENTO MA CAMA enquanto minha respiração está ofegante e rápida, sinto gotas de suor escorrerem pela minha testa. Olho ao redor e eu estou no meu quarto, "foi tudo um sonho". Minha respiração se tranquiliza aos poucos e eu passo a mão pelos cabelos tentando afastar todos os pensamentos do que aconteceu, "parecia tão real...". Respiro fundo e me levanto da cama indo para o banheiro.

  Ao chegar, viro de costas para o meu próprio reflexo e subo meu pijama exibindo minhas costas nuas e lisas, não havia nenhum sinal de cicatrizes nem nada. Um suspiro de alivio é solto e eu abaixo o pijama deixando-o me cobrir novamente, caminho para fora do banheiro e da suíte logo após descendo as escadas. "Cadê todo mundo?", ao chegar no ultimo andar posso ouvir Alice dizendo algo, caminho até os fundos da casa e encontro Bella se desequilibrando enquanto tenta andar reto com um salto 15.

   Rosalie carrega um tronco de uma arvore nas mãos como se fosse a coisa mais leve do mundo, sendo acompanhada por Emmet e Jasper. Bocejo enquanto observo todos trabalharem.

- Credo Diana, parece que foi atropelada por um caminhão. - Emmet comenta rindo junto com Jasper, reviro os olhos.

- Obrigada pela opinião sincera, Emmet.

(...)

   Eu já estava ensaiando a mais de uma hora, não estava tão difícil quanto pensei que estaria. Na verdade, depois que aprendi nunca ficou difícil só faltava eu voltar ao costume de tocar com frequência. Pensar em tocar para varias pessoas e me deixava com frio na barriga, quando menor eu participava da orquestra da escola, foi lá que me aperfeiçoei. Mas quando decidi sair, foram raras as vezes que toquei depois disto.

   Seguro o arco e o deslizo delicadamente pelas cordas fazendo a melodia preencher a sala silenciosa. Fecho os olhos me concentrando e imergindo nas notas que eram emitidas após o arco toca-las. A cada nota, minha expressão facial reflete uma mistura de concentração e emoção. Mergulho profundamente na música, deixando-me levar pelas harmonias melancólicas que ecoam pela sala. Cada movimento do arco é cuidadosamente planejado, cada vibrato executado com precisão cirúrgica. O som do violino preenche o espaço, enchendo-o com uma sensação de nostalgia e esperança.

   Enquanto ensaio, fecho os olhos ocasionalmente, perdendo-me nas memórias evocadas pela música. Cada acorde parecia contar uma história, cada frase melódica uma jornada emocional. Estou completamente imersa no momento, entregando-me ao poder transformador da música, deixando que as notas me envolvesse com um abraço caloroso. E assim, no silêncio daquela tarde serena,  o ensaio da musica se encerrou.

(...)

  Pequenos fechos luz invadem meu quarto, o sol já estava se pondo. Sem nada para fazer me sento na cama e fixo meus olhos no chão. Lembranças de Seth acabam voltando me fazendo fechar os olhos em negação, um ponto de angustia toma meu peito. O que eu havia feito de tão errado pra ele estar me evitando durante esse tempo todo? Provavelmente irei descobrir isto amanha durante a festa de casamento, mas a curiosidade não ia embora.

   Me levanto e pego meu telefone que estava em cima da escrivaninha branca. Abro a lista de contatos e vejo o contato de Seth que eu havia ligado mais de 5 vezes em poucas semanas. Será uma boa ideia tentar ligar novamente ou é melhor esperar até o dia seguinte? Dúvidas e mais duvidas invadiam minha mente, mas nenhuma decisão concreta a ser tomada. Meu dedo está ansioso para tocar a tecla para pelo menos ter a falsa sensação de que ele vai atender, jogo meu celular na cama e solto um gruindo de frustração e afundo minha cabeça no travesseiro.

   Não consigo entender o que sinto, e isso é uma das piores partes. É tudo tão confuso para mim, nunca tive esta sensação, é tão vazia, mas ao mesmo tempo tão cheia. Uma coisa que não consigo negar é a falta que sinto de Seth, do seu sorriso largo e branco, do seu perfume forte que me alcoolizava, da temperatura intensa que me fazia arrepiar com um simples toque, das caminhadas em La Push...E de seu beijo, principalmente o nosso beijo. Certo que só nos beijamos uma vez, mas já foi o suficiente para que eu o queira por todo o resto da minha vida.

   E não ter ele mais por perto me deixava profundamente magoada e com o peito vazio. 

SETH, 3 SEMANAS ANTES...

   Caminho até a residência Black, afim de tentar receber alguma noticia de Jacke. Bato na porta e após alguns segundos Billy abre, ele estava na sua típica cadeira de rodas com uma aparência nada boa. Seus cabelos que normalmente se encontravam penteados e alinhados, agora estão levemente bagunçados, olheiras fundas e olhos inchados faziam parte da sua nova aparência. Ao ver sua situação atual, meu coração apertou de tristeza, vê-lo naquele estado não era nada agradável e sim lamentável. Billy sempre foi como um pai para mim, e agora que meu pai morreu, ele se tornou ainda mais especial.

- Boa tarde, Billy. O senhor teve noticias do Jacke? - Eu estava torcendo para que a resposta fosse sim.

- Boa tarde, garoto. Ainda não, Sam está organizando uma equipe de busca. - Seu tom é tristonho e sem esperança.

(...) 

   Após falar com Black fui até a casa de Emilly tentar encontrar Sam para ver se eu podia participar da busca de Jacob. Quando chego entro direto já que a porta estava aberta, vejo Emilly na cozinha pondo algo para assar.

- Seth? Veio ver o Sam? 

- Sim, sabe onde ele está? - Sem ela precisar responder ouço ao longe Sam falando junto com alguns garotos do bando. - Já o encontrei, obrigada pela ajuda, Emilly. - Vou para o fundo da casa e encontro Sam, Jared, Paul, Quill, Embry e Leah em uma roda, mas antes que eu consiga chegar até eles, todos conseguem sentir minha presença.

- O que está fazendo aqui, Seth? - Leah indaga em seu tom grosseiro de sempre.

- Vim ajudar a encontrar Jacke.

- De jeito nenhum, você fica fora dessa. - Leah responde autoritária.

- Jacke é meu amigo Leah!

- Pode ser perigoso Seth!

- Já chega, se Seth quer ajudar, então ele vai. Ele também faz parte da matilha. - Sam a interrompe e ela lança um olhar mortal pra ele, ela sempre detestou ser contrariada, mas Sam só a ignora e continua com sua fala. - Vamos começar amanhã de madrugada, as 03h00 esteja pronto, nos encontramos aqui.

(...)

   Pego meu telefone e havia duas ligações perdidas de Diana, não sabia se devia tentar ligar para ela mais tarde ou não, olho no relógio que marcava 02h48 da madrugada. "Mais tarde eu retorno." E assim foram quase três semanas fora de casa tentando achar Jacob.

" E assim foram quase três semanas fora de casa tentando achar Jacob

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Notᥲs:

‹𝟹 Olá pessoal, aqui é o fim do capítulo, fico muito feliz que tenham chegado até aqui.

‹𝟹 Não se esqueçam de votar e comentar o que acharam, isso me ajuda a ter vontade de continuar escrevendo. Se tiver algum erro ortográfico ou cronológico, peço encarecidamente que me avisem nos comentários.

‹𝟹 𝗡𝗼𝘁𝗮𝘀 𝗢𝗳𝗶𝗰𝗶𝗮𝗶𝘀: Oiee, mais um capitulo postado. Postei um atrás do outro pra poder compensar vocês pelo meu atraso. Espero que gostem, comecei a escrever ele ontem e terminei agora, foi até que rápido. É isso beijoss <33333

𝐇𝐔𝐍𝐓𝐄𝐑 𝐕𝐀𝐌𝐏𝐈𝐑𝐄𝐒' sᥱth ᥴᥣᥱᥲrᥕᥲtᥱrOnde histórias criam vida. Descubra agora