Fase

152 9 1
                                    


𝑺𝒐𝒇𝒊𝒂 𝑴𝒂𝒚𝒆𝒓

Pablo me ligou não muito tempo depois de sair daqui.
Mas ao contrário do que eu esperava que fosse era uma notícia ruim.

Aparentemente eles iam jantar fora,mas a mãe e a irmã dele sofreram um acidente de carro.

Eu não sei se é isso mesmo,até porque Pablo disse as coisas enroladas. Provavelmente por causa do nervosismo.

Visto apenas uma calça e troco o tênis,penteio o cabelo e já saio do apartamento. Confesso que quase levei um tombo descendo as escadas do duplex da Júlia. Mas isso a gente releva.

Tranco a porta da casa e já chamo o elevador.

Tento enviar uma mensagem para Júlia dizendo que estava saindo de casa e não tinha hora pra voltar,mas ela não recebeu.

Assim que saio do estacionamento do condomínio já com meu carro eu dirijo rapidamente até o hospital que Pablo me disse que estava com a mãe.

Não demoro muito para chegar,o trânsito hoje estava bem tranquilo. Talvez seja também por causa do horário.

— Oi,boa noite. Você pode me dizer em qual quarto está a senhora Gavira? — Pergunto para a recepcionista que me acompanha até o quarto.

Eu achei estranho ela me acompanhar,até porque não é a "função" dela.
Mas assim que ela arrastou uma bolinha para o lado de Pablo eu entendi as intenções dela.

Mas com a situação de Pablo ele nem respondeu ela.

— Oi — digo assim que vejo o garoto que por incrível que pareça sorri quando me vê e se levanta da poltrona já me dando um selinho e um abraço.

Eu achei que iríamos manter segredo,ou pelo menos nessa ocasião. Mas ele aparentemente não quis.

Confesso que eu me assustei um pouco,até porque eu estou acostumada com um tratamento bem diferente. Os homens do Brasil são tão diferentes.

— Oi — respondo para o garoto com um leve sorriso no rosto.

— Então você que é a minha cunhada? — ouço uma voz feminina atrás de mim e quando me viro vejo Aurora,irmã de Pablo.

Gente,eu gelei.

Sem brincadeira nenhuma. Eu acho que se o meu dia continuar no mesmo ritmo que está o meu coração não vai aguentar muito.

— Oi,Aurora né? —  pergunto pra a mesma com um sorriso simpático no rosto e nos cumprimentamos.

— Sim! Sofia,não é? — ela pergunta assim que sai do nosso abraço.

— isso mesmo! — respondo

— Pablo tem passado os dias viajando em você e falando de você pra gente. — ela diz e ouço Pablo limpar a garganta do nosso lado.

— Espero que tenha falado bem — digo e nos duas damos uma leve risada baixa.

— Nos dias atuais já não se apresentam mais as sogras para as noras? — outra voz feminina toma destaque.

— Claro que apresentam,mãe. — Pablo diz para a mulher que estava deitada na maca nos olhando e com um sorriso gentil no rosto.

Os quatro ali olham um para o outro e quando a mãe de Pablo coça a garganta ele pega na minha mão e me leva até o lado da mãe dele.

Você sabe o que é amor?  | Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora