Edward permanecia com a cabeça encostada na janela do ônibus, perguntado-se quando chegaria a Forks. Estava com saudades da sua família — mesmo que não soubesse falar isso abertamente.
Seu olhar se voltava para Jacob, sentado ao seu lado, de cara fechada e amuado. — ele também estava com saudade de casa e sempre admitia isso a cada dois segundos.
Darius estava sentado nos primeiros bancos, seu olhar perdido igual um caminho sem direção, o vampiro charlatão sabia, que, agora o seu apelido condiz a sua postura, mesmo que não pudesse voltar ao passado, ele ainda sentia a dor de ter pedido tudo aquilo — além de ter dado tanto trabalho pro seu irmão e o magoado.
Bom, ele era um monstro. — E os monstros apenas machucam pessoas incríveis.
— Você acha que ele está bem? — sussurou Jacob para Edward que permanecia inerte de vida real.
— Quem? — se ajeitou no banco
— O Darius — observou o mesmo — Ele não me parece bem.
— Ele nunca está bem — declarou Edward encostando o braço na janela — Quando foi que nós o vimos bem?
— Quando ele mata — inspirou fundo — Ele só fica feliz nesses momentos. Deve trazer calmaria pros vampiros, não é?
— Eu não sou assim — o vampiro cruzou os braços, encarando Jacob.
— Em nenhum momento eu disse isso — Jacob arqueou uma sobrancelha, olhando o ônibus fazer a curva para entrar em um posto, ao lado de um hotel.
Franzindo o cenho. Edward virou novamente para a janela, seu corpo todo balançando ao mesmo tempo que o ônibus girava de forma busca para se encaixar.
Assim que estacionou. Os dois vampiros e o lobo não perderam tempo em descer rapidamente. O nome do ônibus estava manchado com sangue, o que chamou a atenção de todos do lado de fora.
Darius havia matado alguns vampiros, e claro que passou a cabeça deles no ônibus, esfregando com tanta brutalidade que até os miolos ficaram grudados.
— Compre algo pra você comer, Jacob — Darius disse encarando o horizonte — A viagem vai ser longa, e você é tecnicamente um ser vivo que vive de alimentos.
Fazendo um beicinho, Jacob encarou Darius tirando algumas notas do bolso, com quase uma alegria estampada na cara, correu até o estabelecimento do posto, deixando os dois vampiros sozinhos.
— Como se sente? — Edward parou do lado do charlatão — Ficou calado a viagem toda, você não é assim.
— Não finja que se importa com a minha sanidade, loirinho — deu de ombros.
— Dado a os seus pensamentos exuberantes, creio que você não esteja com a sanidade intacta — observou um tumulto pra cima do ônibus.
— Isso é algo que eu nunca tive — se sentou em uma pedra — E provavelmente nunca irei ter.
— Por? — seguiu
— Você lê mentes, não precisa me perguntar o óbvio. — resmungou e Edward segurou o riso.
— Só não quero invadir a sua privacidade, horas — deu de ombros
— Você fez isso minutos atrás, criatura — cruzou os braços, encarando-o fixamente.
— Não pude evitar, seus pensamentos são praticamente gritos desesperados e memórias brutais de assassinatos — Edward rebateu, com um sorriso discreto.
— Gritos desesperados? — Darius soltou uma risada seca. — Não seja dramático.
Edward o observou por um instante, seus olhos estreitando-se, como se tentasse sondar mais a fundo. Ele sabia que Darius estava farto demais de pensar em Sylas, mas seu coração e a sua mente o faziam se acorrentar no próprio corpo, como uma punição. Edward temeu — por um momento, que se isso acontecesse com ele, seria uma tortura.
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Crepúsculo - Lua Vermelha
FanfictionOs Volturi sempre se achavam o clã mais poderoso de vampiros, até que eles fazem Isabella Cullen ser uma deles. Mas, eles descobrem que a humana tem a mente incapaz de ser lida, e por isso, a transformam. Contudo, os anos se passam e a vida humana...