Narrador
A Universidade de Pordue possuía algumas peculiares tradições, como por exemplo, a festa na casa do lago todas as vezes que seus times, de qualquer esporte, ganhavam contra os adversários, de universidades vizinhas.
Geralmente, as comemorações eram para os atletas e para as líderes de torcida, no entanto, quase sempre apareciam "agregados". E naquela manhã de quinta feira, não foi diferente. Alguns jovens que nem mesmo eram universitários, mas eram amigos dos envolvidos, estavam presentes ao redor da tradicional fogueira, enquanto se embebedavam de cervejas bem geladas e baratas.
O dia havia amanhecido frio em Indiana e as pequenas chamas da fogueira feita pelo capitão, estavam aquecendo os corpos pequenos e "frágeis" das garotas.
— Sabe, minha mãe vai para a casa dos meus avós amanhã, eu estava pensando que...depois da festa de boas vindas aos calouros, você pudesse ir pra lá... — a loira, por nome Ashley, disse levando ambos os braços ao redor do pescoço do capitão do time de Rugby, Paul.
— Eu não sei gatinha, a gente vê amanhã, tá? — o capitão disse com um meio sorriso enquanto levava suas mãos para as coxas nuas da loira, enquanto a encarava.
— Mas você disse a mesma coisa semana passada, Paul! — ela protestou com um certo bico nos lábios, mas que em nada comoveu o homem.
— Olha Ashley, acho que você está confundindo as coisas, ok? Nós ficamos uma vez, mas eu não tenho compromisso nenhum com você, gata.— ele sorriu quase de maneira debochada e a tirou da maneira mais delicada que conseguiu, de seu colo.— Se você me der licença, eu vou pegar mais cerveja!
E antes que a loira pudesse processar que estava levando um belo de um fora do cara que estava tendo uma grande queda, o dito cujo já estava caminhando em direção a um grupo de caras que estavam mais afastados, dentre eles, seus amigos próximos.
— E aí cara, a Ashley finalmente saiu do seu pé? — Nate perguntou em deboche enquanto olhava para algo além de Paul. Provavelmente, a feição emburrada da loira enquanto os encarava de longe.— Fala sério, ela estava agindo como se vocês estivessem juntos!
— E olha que eu deixei bem claro que era só uma ficada hein? Emocionou demais... — Paul disse levando as mãos em sinal de rendição enquanto ria.— Não é minha culpa.
— Ela está olhando pra cá com uma expressão bem assustadora, devemos nos preocupar? — Cole questiona de maneira divertida enquanto ergue a garrafa de cerveja que estava em sua mão direita na direção da garota, que rola os olhos e sai andando para longe.— Ela já foi...
— Mas e você cara? Faz uns dias que não te vejo com ninguém, desde a Paola... — Paul questiona para o tatuado que apenas dá de ombros goleando sua cerveja, que já estava no fim.
— Ah...eu simplesmente tô enjoado dessas garotas, as bonitas eu já peguei quase todas, não tem nenhuma novidade... — ele diz em um tom entediado e os caras ao seu redor riem, mas concordam.
— Mas há uma novata no CAMPUS.— Jimmy diz pensativo. — Quer dizer, há muitas calouras, mas eu quero dizer a que entrou por último, ouvi algumas pessoas comentando sobre ela nos corredores, quer dizer...alguns caras... — ele riu.— Disseram que ela é bonitinha de rosto, mas é gorda.
— Ah, Maxine? — Cole questiona com um sorriso contido.
— Você conhece ela?— Jimmy questiona com curiosidade.
— Bom, só ouvi falar...— mentiu meio sem jeito. O álcool que começava a correr em seu corpo, quase entregando o segredo do quarteto.— E vi de longe, ela é...bom...
— Eu não sei se eu diria bonita.— Paul disse com uma risadinha.— Mas também não é muito feia ou algo assim...ela só me parece meio...sem sal, não é muito atraente.
— É, ela é bem... — Alex fez gestos para demonstrar que a garota era bem "grande". — Não é feia, só não é...
— Bonita também.— Paul e diz e os caras dão risada.— Com certeza, não é o tipo de novidade que esperávamos!
— Vocês são cruéis, sabem disso, não é?— Jimmy questiona em um tom divertido.
Paul dá de ombros e os caras apenas riem. E algum momento se juntaram ao restante das pessoas em volta da fogueira, e então, alguém teve a brilhante ideia de usar sua garrafa de cerveja vazia para que eles pudesse jogar verdade ou desafio. O jogo que sempre dava problema, e daquela vez não seria diferente.
Demorou algumas rodadas até que a garrafa parasse entre Jimmy e Paul.
Paul escolheu desafio, tinha que manter seu ego masculino inabalável.
Mas Jimmy sorriu, um sorriso um tanto quanto assustador para quem via de fora, principalmente para quem entendia de sorrisos maldosos.
— Eu tenho um desafio pra você. — disse com certa euforia.— No entanto, não só pra você.— Ele diz e olha ao redor, tentando encontrar o restante dos amigos de Paul.
— Como assim? — ele perguntou confuso.
— O desafio é coletivo, é para você e seus amigos.— e assim que Jimmy terminou de dizer, algumas pessoas começaram a cochichar entre si, causando um pequeno alvoroço.— Não é nada demais, mas, eu quero desafiar vocês...
Ele disse e parou enquanto seu sorriso se alargava observando a confusão estampada nos rostos de todos.
— Eu desafio vocês a ficarem com a garota que vocês disseram que não é atraente. Mas, calma, eu não sou do tipo que sugere uma coisa assim a troco de nada! — ele riu e acrescentou.— Meu pai vai me dar um carro novo no meu aniversário, então, dos quatro, o que conseguir fisgar ela, vai ficar com o meu carro.
— O Po-orshe? — Paul pergunta de olhos arregalados.
— Você tem certeza disso?— Alex questiona boquiaberto — Tipo, é o seu carro, cara. Um maldito Porsche!
— Eu sei...— ele sorri.— Mas vocês sabem, vou fazer uma certa caridade a vocês e... não é como se não tivéssemos precisando de uma boa diversão...
— Você realmente vai dar o carro? — Cole questiona ainda sem acreditar. Assim como todas as pessoas que estavam jogando. Algumas, nem mesmo entendiam ou sabiam de qual garota eles estavam falando.
— Sim, eu vou dar o carro.— Jimmy garante.— O objetivo é fazer com que ela fique gamada em vocês... mas só um vai levar o carro, aquele que fazer ela ficar mais apaixonadinha...
Os garotos olham um para o outro, incertos. Isso dura alguns segundos, Nate é o único que não participa dos olhares coletivos, ele está de cabeça abaixada. Mas Cole é o primeiro a assentir, enquanto olha para Jimmy.
— Fechado, nós topamos.
— Boa sorte, Ts. — Jimmy sorriu largamente.
Naquele momento, iniciavam não apenas um desafio, até porque eles não queriam apenas provar alguma coisa, mas ganhariam algo em troca. Era nada mais nada menos que, uma aposta idiota.
Estavam apostando no coração de alguém.
Uma pena que estivessem tão envolvidos no desfecho daquele assunto, que não perceberam que alguém os observava e gravava de longe, com um sorriso triunfante nos lábios.
Como é que dizem por aí mesmo?
Que vingança é um prato que se come frio?
Naquele momento, na cabeça de alguém, os Ts mereciam ser desmascarados. E se eles rejeitavam tão facilmente, também poderiam ser rejeitados.
Será?
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:) eu avisei.
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REPÚBLICA DE TESTOSTERONA
Ficção AdolescenteEm andamento, portanto possui erros de digitação. Quando a obra for concluída, os erros serão corrigidos ✓ Maxine Smith havia acabado de receber um e-mail confirmando sua admissão na universidade de seus sonhos. Porém, devido a um problema no siste...