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Em algum momento, precisei me resolver com Louis, afinal, ela foi a primeira amiga de verdade que eu havia feito desde que cheguei e o fato de esconder dela o meu plano de vingança em andamento, que inclusive envolvia o seu irmão, me deixava mal. Todavia, eu não podia mesmo contar a ela. Então, eu simplesmente inventei que estava com problemas em casa, o que não era de tudo uma mentira, já que o fato de Julie ter aceitado advogar para nossa querida tia não era lá uma atitude muito esperta, eu não confiava nela.
Ela aparentemente acreditou ou fingiu acreditar e não perguntou sobre isso, apenas sobre minha estranha aproximação com Ashley, o que justifiquei com uma desculpa esfarrapada sobre ela ter me ajudado em meio à uma crise de choro no meio do banheiro feminino e que me sentia grata e confortável perto dela.
Louis parecia não gostar muito de Ashley, ou talvez estivesse apenas chateada por eu ter me distanciado nos últimos dias e o motivo ser a loira. Mas no fim, ela apenas me fez jurar que não me afastaria assim do nada, sem me explicar ou desabafar.
Me senti mal por ela. Louis era adorável.
— Precisamos decidir quando começaremos a produzir o seminário.
Ela disse enquanto sugava o último resquício de suco de groselha.
Já era sexta-feira e estávamos no intervalo nos alimentando e discutindo sobre os trabalhos e provas a serem feitos, o drama que todo universitário compartilha.
— Podemos começar amanhã? Não teremos muito tempo para este, e o senhor Harrisson é meio exigente. — ela disse fazendo careta enquanto levava a coxa de frango meio gordurenta até os lábios.
Eu estava pronta para aceitar, mas uma lâmpada se acendeu em minha cabeça e me lembrou de que eu tinha um date com Paul, no cinema.
E por falar neste, ele havia ficado o resto da semana flertando comigo pelos cantos da casa, enquanto Nate se recusava a falar comigo, me dando o famoso gelo. Eu até entendia, ele provavelmente estava putinho comigo porque eu havia aceitado sair com o seu amigo.
Mas, o que ele esperava? Que eu fosse jogar o meu plano para o alto e tornar ele exclusivo? Que eu o assumiria?
Será que eu estava realmente me tornando uma vilã? Talvez, mas a ideia não me parecia tão ruim assim.
Eu até contaria à Louis sobre o date, mas ela ainda nutria uma quedinha/penhasco por Paul e eu não arriscaria a magoar seus sentimentos daquela forma. Não quando eu não tinha nenhuma intenção profunda e sincera com ele, nada além de vingança.
— Então amiga, amanhã eu tenho um compromisso. — digo sorrindo um pouco sem graça.
— Não me diga que é com a sua nova amiguinha... — ela rola os olhos.
— Não, não é isso... — sorrio com humor diante sua implicância/ciúmes. — Eu apenas tenho um encontro.
— Um encontro? — questiona e seus olhos brilham em animação. — Com quem?
Eu penso, penso muito no que falar para ela pois eu não fazia a mínima ideia. Eu precisava inventar um nome, inventar um alguém. Só não podia contar a verdade.
— Você não conhece... — eu digo sentindo o nervosismo tentar me dominar.— Troye...
Eu digo ao olhar para além dela em uma tentativa rápida de fuga e encontrar uma garota com uma blusa do Troye Sivan. Salva pelo divo!
— Troye? Não conheço nenhum cara com esse nome aqui na Pedagogia.— ela diz confusa.
— É porque ele é do prédio de cima, da Psicologia... — continuo mentindo.— É um...conhecido do Cole... — suspiro e me levanto às pressas pegando minha bolsa.— Bom, eu preciso ir agora, tenho aula de Didática I.
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REPÚBLICA DE TESTOSTERONA
Novela JuvenilEm andamento, portanto possui erros de digitação. Quando a obra for concluída, os erros serão corrigidos ✓ Maxine Smith havia acabado de receber um e-mail confirmando sua admissão na universidade de seus sonhos. Porém, devido a um problema no siste...