A segunda-feira chegou e com ela a responsabilidade de estar na universidade um pouco antes de começarem as aulas, até mesmo para conhecer o prédio e a minha sala.
A maior parte das coisas, eu já havia resolvido por e-mail, como a minha inscrição e tudo mais. Não deu tanto trabalho assim, até porque não foi culpa minha ter me atrasado para as aulas. Minha matrícula, estava sendo processada, mas o pessoal da secretaria me garantiu que eu poderia comparecer às aulas mesmo assim.
Quando eu era apenas uma garotinha, por volta dos meus quatro anos de idade, eu sonhava em ser veterinária, cuidar dos pobres bichinhos indefesos. Acho que toda garota, pelo menos, já teve essa fase na vida, mas passou.
E quando eu fiz quatorze anos, percebi que gostava muito de crianças e também adorava dar aulas de reforço para os meus colegas e primos mais novos. Eu gostava de ensinar. Porém, era melhor com os meus primos, crianças.
Pois é, a Pedagogia me escolheu.
Olhando meu reflexo no espelho (o mesmo que já estava na parede quando cheguei), achei meu look apresentável. Peguei minha bolsa em cima da cama e joguei no ombro.
— Opa, bom dia! — disse animada e levemente surpresa, ao sair do quarto e dar de cara com Paul.
— Bom dia, Max. — ele sorriu, um sorriso fofo de covinhas. Céus, Paul era tão bonito que chegava a ser ilegal. E alto! Muito alto! — Está indo para a faculdade?
— Sim!! — eu respondi sorridente e observei de cima a baixo, ele estava bem arrumado. — E você?
— Também, eu vou de carro, com o Alex. Você não deve ter visto, mas a gente tem um carro, é que fica nos fundos da casa, em uma pequena garagem. — explicou. — Até te daríamos uma carona mas, não seria legal verem você sair do nosso carro... — ele coçou a nuca sem graça.
Confesso que fiquei um pouco sem graça e desanimada quando ele disse aquilo. Será que eles tinham vergonha de mim? Vergonha da minha aparência? Eu sabia que não era nenhuma garota dentro dos padrões, mas também não me achava tão horripilante assim. E além disso, estávamos indo para o mesmo lugar, o que custava?
— Desculpa, Max. — Paul pediu meio sem jeito.— Se fosse por mim, você podia ir sem problemas, mas o Nate, ele não gosta de levar garotas, nem mesmo a namorada. Ele não gosta de ser visto com ninguém.
— Eu... não entendo... — digo confusa. — Mas, tudo bem... é...
— Mas, eu vim te dizer que passa um ônibus aqui em frente de casa, em...— ele olha o relógio de pulso de maneira adorável.— quinze minutos. E ele passa em frente à faculdade! Primeiro dia, achei que você pudesse estar meio perdida...
— É... mais ou menos.— eu disse sorrindo de lado.— Obrigada, Paul.
Ele apenas sorriu em resposta e se afastou, sumindo no corredor. Paul era agradável, talvez, o mais agradável de todos. Mas não tanto também, ele só estava tentando me deixar confortável. Só estava sendo educado e prestativo.
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REPÚBLICA DE TESTOSTERONA
Fiksi RemajaEm andamento, portanto possui erros de digitação. Quando a obra for concluída, os erros serão corrigidos ✓ Maxine Smith havia acabado de receber um e-mail confirmando sua admissão na universidade de seus sonhos. Porém, devido a um problema no siste...