"Eu desafio vocês a ficarem com a garota que vocês disseram que não é atraente. Mas, calma, eu não sou do tipo que sugere uma coisa assim a troco de nada! Meu pai vai me dar um carro novo no meu aniversário, então, dos quatro, o que conseguir fisgar ela, vai ficar com o meu carro..."
"O Po-orshe?"
"Você tem certeza disso? Tipo, é o seu carro, cara. Um maldito Porsche!"
"Eu sei...mas vocês sabem, vou fazer uma certa caridade a vocês e... não é como se não tivéssemos precisando de uma boa diversão..."
"Você realmente vai dar o carro?"
"Sim, eu vou dar o carro.O objetivo é fazer com que ela fique gamada em vocês... mas só um vai levar o carro, aquele que fazer ela ficar mais apaixonadinha..."
Eu não percebi quando foi que meu rosto começou a se molhar pelas lágrimas. Talvez, eu não perceberia até que uma grossa e pesada lágrima caísse na tela, bem em cima do rosto de Cole. Uma expressão eufórica e confiante enquanto topava o desafio em nome de todos.
Eu não precisava ter ouvido meu nome, porque eu sabia perfeitamente que a garota que eles não achavam atraente era eu, Maxine Smith.
E o que mais me incomodava, não era o fato de que eles me enganaram ou estavam brincando com os meus sentimentos. O que mais estava me incomodando, é porque eu acreditei. Eu realmente acreditava que eles tinham começado a gostar de mim, me achar no mínimo interessante.
Cole tinha me beijado, Nate tinha dito que estava atraído, Paul me tratou como se realmente fôssemos namorados, Alex flertando o tempo todo pelos cantos da casa. Eu devia imaginar, eu realmente devia ter desconfiado sobre isso tudo.
Eu era apenas uma garota sem qualquer atributo físico que chamasse a atenção, de uma maneira boa.
Enquanto eles, eram os quatro Ts. Todos perfeitamente bonitos e populares. Em que mundo, quatro garotos bonitos e populares como eles estariam interessados em mim? Todos, ao mesmo tempo?
Burra.
Eu me sentia completamente burra, principalmente quando o vídeo acabou bem na parte em que eles selaram o acordo, "colocando as mãos uma por cima da outra".
O vídeo já havia acabado há mais ou menos uns dez minutos, mas eu não conseguia parar de chorar. Não era um choro alto nem nada, estava mais para um choro sufocante. Um choro de humilhação. E de repente, como se o vídeo tivesse sido uma pequena chave, lembranças do passado foram acessadas.
Lembranças essas, nas quais eu sofria bullying no ensino fundamental. Sofria bullying por ser acima do peso e usar óculos. Prova de que não adianta ter dinheiro, tudo que importa é a aparência.
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REPÚBLICA DE TESTOSTERONA
Novela JuvenilEm andamento, portanto possui erros de digitação. Quando a obra for concluída, os erros serão corrigidos ✓ Maxine Smith havia acabado de receber um e-mail confirmando sua admissão na universidade de seus sonhos. Porém, devido a um problema no siste...