23 - Suspeitas.

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22:30

Izuku deixou seus sapatos na porta antes de entrar. Quando abriu a porta, assustou-se ao ver uma das empregadas vindo até si.

- Senhor, Toshinori está o chamado em sua sala. - Disse após tirar com gentileza a jaqueta de Izuku.

Estranhou. - Tá, eu só vou me trocar e...

- Ele mandou que fosse imediatamente assim que chegasse.

- Ah... - Olhou confuso para a mulher. - Você sabe o que aconteceu?

- Não, senhor. - O esverdeado apenas afirmou e sumiu em meio as escadas.

A casa estava um tanto silenciosa. Subiu os degraus rapidamente, estranhando o fato de seu pai o chamar de repente.

Foi até a sala e, sem ao menos bater algumas vezes, a abriu e entrou.

Toshinori usava seus óculos de descanso enquanto lia algo em seu telefone. Quando seus olhos encontraram Izuku, lentamente baixou o telefone e fez um gesto para que se sentasse na cadeira, e assim ele fez.

A expressão séria de Toshinori fez Izuku rir para si mesmo nervosamente.

- O que foi que eu fiz agora? - Desfez o sorriso.

- Pode dizer onde estava? Você saiu de 11 da manhã e até agora não deu notícia alguma.

- Foi mal, eu fui... - Desviou seu olhar. - No restaurante com uns amigos.

- Izuku, não minta.

- Eu não tô mentindo, pai. - Confortou-se em sua cadeira. - Não avisei porque não tinha wi-fi e eu estou sem crédito, acredita?

O mais velho manteve sua mesma expressão.

- O que é? - Toshinori tirou algumas folhas de sua gaveta e o entregou. - Que porra é essa, pai?

- O lugar onde foi hoje. - Izuku se aproximou da imagem e arregalou seus olhos ao ver a perfeita casa de Shoto ali. - Pode me dizer que casa é essa que você entrou? Que eu saiba, você nunca foi a esse lugar antes.

- Sério que chegou ao ponto de me vigiar? Você está ficando maluco... Quem te mandou essa foto?

- Não seja complicado e responda que lugar é esse. - Izuku o olhou incrédulo.

Silêncio...

- Desculpa, paizinho, mas isso não é da sua conta. - O loiro franziu o cenho.

- Izuku, eu lhe conheço e não é de hoje. Se seu plano é me enrolar, saiba que isso não vai funcionar.

De repente, o celular de Izuku vibrou em uma notificação.

"Oi, meu amor. Chegou bem em casa?
Por favor, fale comigo quando puder."

Rapidamente, o esverdeado escondeu a tela de seu telefone e olhou nervoso para o pai.

- Você está muito estranho nesses últimos dias, Izuku. - Cruzou os braços.

- Estranho, eu? Jamais, isso é coisa da sua cabeça... - Sorriu amarelo. - Por que acha isso?

- Seu comportamento está mudando, nunca o vi tão focado no telefone.

- Ah, pai... Sobre isso é que eu tenho muitas atividades da escola pra fazer, sabe? Aí eu preciso sempre me comunicar com os professores e tals. - O enrolou.

- E então passa o dia inteiro conversando com seus professores? - Ele afirmou freneticamente. - Por que está mentindo?

- Eu não posso fazer nada se acha isso. Eu estou falando a verdade.

📖 "𝐆𝐨𝐨𝐝 𝐛𝐨𝐲" - [𝐓𝐨𝐝𝐨𝐝𝐞𝐤𝐮]Onde histórias criam vida. Descubra agora