📖 "𝐆𝐨𝐨𝐝 𝐛𝐨𝐲" - [𝐓𝐨𝐝𝐨𝐝𝐞𝐤𝐮]

5 - Autoritário.

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No dia seguinte, Shoto havia acordado bem melhor. Não sentia mais dores e seu corpo não estava mais quente. Realmente precisava descansar um pouco do trabalho. Levantou da cama, fez suas higienes pessoais e foi para a cozinha, onde comeu algumas peças de sushi e seguiu para a casa de Izuku.

Chegando lá, foi recebido por alguns funcionários. Cumprimentou-os e foi em direção à sua sala para arrumar suas coisas. Não demorou muito para que o doce perfume de lavanda e a cabeleira verde se fizessem presentes.

— Boa tarde, Izuku. Como foi o seu dia hoje? — Perguntou gentil enquanto Izuku entrava na sala e fechava a porta.

— Bom. — Respondeu ríspido. Shoto apenas ignorou.

— Ótimo. Sente-se, hoje vamos focar em história.

— Por que história? — Sentou-se na cadeira e cruzou os braços.

— Porque é a matéria em que mais suas notas são vermelhas.

— Como sabe disso?

— Antes de pisar nesta sala pela primeira vez, pedi aos seus pais que me mostrassem seu boletim. Zerar a prova desse bimestre não foi nada legal.

— Eu nunca zerei as provas. — Mente.

— Não é isso que suas notas me dizem. — Olha Izuku profundamente.

— ...Para de me olhar assim. — Shoto estranha.

— Assim como?

— Como se estivesse olhando no fundo da minha alma... É desconfortável pra cacete.

— É a única forma que eu encontrei de te fazer obedecer. — Mantém seus olhos fixados no esverdeado.

— Tipo uma hipnose?

— Tipo uma hipnose. — Afirma passivo.

Izuku levanta-se da sua cadeira e vai em direção à Shoto.

— Vamos começar a aula, sente-se por favor. — Izuku não obedece e finalmente se aproxima do professor. — Izuku, mandei que se sentasse.

— Por que você é tão mandão? — Cruzou os braços, mantendo-se com um ar autoritário.

— Porque sou seu professor. Não vou deixar que passe por cima das minhas ordens. — O intimidou. — Sente-se em seu lugar agora, Izuku.

O esverdeado continuou quieto o encarando.

— Agora. — Disse firme e pausadamente.

Izuku odiava aquela palavra. Trazia um sentimento de que era obrigado a obedecer, coisa que o garoto jamais faria a um meio ruivo metido a autoritário.

— Você só está recebendo seu salário por minha causa. Quem deve dar as ordens sou eu. — Shoto arqueou as sobrancelhas e soltou uma risada sarcástico.

— Você cresceu acostumado a ditar regras mesmo, mas eu vou te fazer entender que aqui eu mando e você obedece. — Aproximava-se lentamente de Izuku, esse que pouco a pouco recuava. — Eu tenho o máximo de paciência e cautela com você, mas não vou tolerar suas críticas e revoltas mimadas. Agora sente-se.

Assim o esverdeado o fez. Sua raiva ultrapassava seus limites, e sentiu que a qualquer momento poderia gritar e chorar em prova disto.

Shoto virou-se para o quadro e iniciou-se algumas anotações.

— Ei, Sh--

— Quieto. — Disse com firmeza e olhou de relance para o esverdeado que cerrou os olhos diante do professor. Então voltou a escrever.