"Okay I know that you are not my type
(still I fall)
[...]
A rush at the beginning
I get caught up, just for a minute
But lover, you're the one to blame
All that you're doing
Can you hear the violence?"
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"[...] como você sabe o meu nome? E o que eu fiz de tão terrível?"Porque obviamente não bastava a chateação e confusão de James ter decidido ir sozinho a um lugar que sempre sonhei ir e pensei que poderíamos ir juntos. Porque não bastava que eu tivesse me controlado e não tivesse jogado toda minha raiva em cima dele. Porque não bastava haver outra pessoa que se sentia no direito de invadir qualquer privacidade que eu pudesse ter.
De alguma forma não bastava, e tudo isso precisava se juntar em uma coisa só. Tornando tudo mais estranhamente lancinante e confuso."[...] como você sabe o meu nome? E o que eu fiz de tão terrível?"
As palavras fizeram com que um arrepio terrível subisse pela minha espinha, imediatamente fechei a tela do notebook, que fez um barulho definitivamente preocupante.
A raiva que eu sinto às vezes pode ser passível de julgamento, porque talvez eu não devesse sentir tanta raiva de coisas tão bobas. Mas isso tudo bateu em mim como uma traição. E eu mal percebi quando estava em pé na cozinha tentando tomar um copo d'água que logo foi parar na parede junto com um grito impulsivo. Por que tudo sempre precisa dar errado?Passei as horas seguintes longe do computador, do celular, tentei me acalmar – realmente tentei. Mas as ondas de enjoo, a vontade de gritar o mais alto possível e de quebrar tudo e qualquer coisa só continuavam a vir e agir sobre mim como se eu fosse uma maldita marionete.
Então, perto das dez da noite, quando todas as luzes estavam apagadas e todos pareciam ter dormido - sai novamente do quarto. Ainda trêmulo e angustiado, com aquele sentimento que parece nos pegar pelo pescoço e apertar cada vez mais forte - mas não no bom sentido. Tentei andar o máximo possível até o apartamento de James, na esperança de tudo que havia de ruim no meu coração se dissipar no caminho, na esperança de desistir e agir como se nada houvesse acontecido.Eu ainda estava muito longe quando minhas pernas começaram a arder, coloquei a mão no bolso e me amaldiçoei - no meio da rua, ganhando alguns poucos olhares preocupados. Deixei o celular em casa, e honestamente eu não sabia como voltar, ou para qual caminho específico seguir e chegar ao centro, fui obrigado a me render ao transporte público.
Não levou tanto tempo até eu chegar perto o suficiente do apartamento de Potter para descer e andar mais duas quadras.O porteiro não teve dificuldade para me deixar entrar, mas tive que tocar a campainha ao chegar, e James abriu a porta com uma expressão de felicidade e confusão tão adorável que as lágrimas de raiva subiram instantaneamente. Todo e qualquer sentimento disperso na breve aventura me puxou para baixo tão forte quanto a gravidade de Júpiter o faria.
"Reg! Por que você não avisou que vinha? Eu teria-" Ele falava um pouco envergonhado coçando a nuca e sorrindo levemente feito o idiota que era. Contudo, o interrompi com um leve empurrão para que entrássemos logo.
Assim que fechou a porta percebeu que minha expressão não era tão amigável quanto a dele, mas não houve tempo para que James Potter pudesse se defender.
"Você sabia!" Falei alto, o nojo vindo aos poucos. "Você sabia e me fez de idiota, você sabia e usou isso como piada ou um jeito esquisito para se aproximar de mim!"

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Ghosting; Starchaser
FanfictionJames sempre teve o péssimo hábito de quebrar as coisas - então quando queima seu laptop mais novo, decide que não vai pedir um novo para Monty e Effie. Ao invés disso, Lily o ajuda a comprar um usado, contudo, o último dono parece ter esquecido de...